21 - Tentando Uma Chance

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(Autora: Eu juro que tentei não demorar muito! Sorry! Boa Leitura!)

Desde pequena, sempre tive o sonho em estar ao lado dos meus pais —mesmo não conhecendo papai, mas mamãe já me mostrou uma foto deles — com eles juntos. Já até imaginei eles se casando de novo! Mamãe com um belo vestido branco de noiva, e papai estando com um terno bem caro preto. Sempre imaginei ganhando presentes dos dois. Não só presentes, mas o carinho dos mesmos.

Mamãe me contou a história do dia que Wise atacou papai, me contou depois de muito eu pedir e até chorar.
Quando eu era criança, minha mãe estava passando por uma fase difícil na vida. Depressão. Ela até bebia. E fiquei feliz por ela ter parado.

Várias vezes, tive que ser só eu, eu mesma, para tentar sobreviver com arroz e ovo quando ela foi mandada embora do trabalho e não queria fazer mais nada em casa.

Quantas vezes vinha um envelope com dinheiro para nós duas, vindo de papai, e ela recusava em usar?

Agora que o conheci, ele foi tirado de mim. Não sei se mamãe já sabe, com certeza os losers já tenham falado para ela.

Suspirei pesado enquanto estava deitada na cama. Havia acabado de acordar. Pennywise havia ficado no quarto desta vez, pouco me importei com sua presença ali.

Me levantei e fui no banheiro fazer minhas necessidades, e por fim, saí do quarto enquanto o palhaço ainda estava na cama. Acredito que agora que ele está saciado ele não vá fazer muita coisa. Espero que ele fique dormindo por três dias!

- Isso não vai acontecer. - Sua voz soou bem próxima do meu ouvido. Apertei os punhos e contei até dez mentalmente, tentando me controlar.

- Trágico.    - Murmurei e caminhei indo para a cozinha e dessa vez, a mesa estava limpa. Olhei para o palhaço com tédio e apontei para a mesa, Wise deu um sorrisinho folgado e se sentou no sofá e não fez nada.

Com raiva, caminhei até ele e cruzei os braços.

- Pennywise.

- Não era só.. Wise?

- Está chateado por eu não ter te chamado pelo apelido? Para sua informação, isso foi antes de você.. Matar meu pai. - Sua resposta foi uma de suas risadas irritantes. E eu fiz o que faço de melhor, o ignorar.

Percebendo que terei que me virar sozinha, voltei para a cozinha e abri todos os armários e comecei a arrumar a mesa com pães e bolachas - alimentos que apareciam magicamente -.

Me servi e por fim, tomei um café digno além de ser só cereal à cada dia. Assim que acabei, tive que guardar tudo e lavar minha pequena louça.

Eu fiquei na cozinha, não queria ficar no mesmo lugar que ele; a raiva por ele é algo que estou ainda controlando para não falar mil e umas coisas na cara dele.

O dia passou lento, e ele não se aproximou, fez alguma gracinha, ou me dirigiu a palavra. Não estranhei, só fiquei tranquila na minha. Às vezes ele desaparecia, e só quando eu notava que ele desapareceu, ele voltava. Talvez pelo motivo de eu tentar fugir; não é que eu não esteja planejando fazer isso. Sim, estou.

Meu plano poderia dar mil vezes errado. Mas eu irei tentar. Irei tentar até de alguma forma, sair daqui. Viva ou morta.

Estava desenhando em um pequeno caderno que veio junto com os livros; estava tudo numa certa paz, estava tudo ótimo! Até ele aparecer com um olhar de poucos amigos, e se sentou ao meu lado na cama.

- Você calada.. É um saco...  

Não o respondi.

- Vai continuar com isso até quando?

𝐴 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐷𝑎 𝐶𝑜𝑖𝑠𝑎 | IT A COISA +18Where stories live. Discover now