conquest • hes

11. Virando amante por ela

HARRY

Às 17h em ponto, eu vejo uma cabeça loira sair pela porta da frente da lanchonete Hunter's.

Lake.

Ela olha em volta, aparentemente, procurando por mim até me encontrar em frente ao meu carro encostado e começa a caminhar em minha direção.

Observo a maneira como ela anda, como sua expressão no rosto é serena e como isso me atinge de todas as formas possíveis.

Ela era linda pra caralho.

E precisava ser minha.

"Oi." Eu digo quando ela para na minha frente. Ela me olha com esses grandes olhos verdes e cruza os seus braços finos sobre seu uniforme, querendo se esquentar pelo vento frio que surgiu entre nós no mesmo instante. "Está sentindo frio?"

"Sim." Ela concorda e continua me olhando com esses olhos hipnotizantes. Eu aceno, enquanto ela decide voltar a olhar em volta do estacionamento. Ela parece apreensiva com alguma coisa, mas acredito que seja apenas bobeira da minha parte.

Abro o meu carro e entrego um dos meus casacos mais quentes para a loira. Ela agradece e coloca em seu corpo rapidamente. O casaco, como o esperado, fica enorme nela. Mas vai fazê-la ficar aquecida pelo tempo que nós conversaremos.

"Podemos ir para outro lugar?" Ela me questiona, olhando em volta do estacionamento. Mais uma vez. Franzo o cenho na mesma hora, surpreso.

Eu fico confuso também, mas apenas dou de ombros. Ela entra do outro lado do meu carro e se acomoda no banco, ainda dando uma olhada ao redor.

O que será que está acontecendo?

Quero perguntar imediatamente à ela, mas também começo a pensar no quanto está sendo estranho quando imaginei diversas vezes em tudo isso acontecendo desde o dia em que eu me apaixonei por ela.

Estarmos tão próximos, termos nos beijado daquela maneira no banheiro e agora encontrar com ela em seu trabalho, tê-la em meu carro...

Lake fica confortável ao meu lado, isso eu posso notar. Sinto ela relaxar quando estamos lado a lado dentro do carro. Sozinhos. Apenas os dois sentados e esperando a minha vontade de ligar o carro, quando minha mente parar de pensar milhões de coisas ao mesmo tempo.

É estranho que eu pensei tanto sobre essas coisas e quando está acontecendo, é de uma maneira louca.

Ela continua olhando pelo estacionamento, mas parece mais relaxada que antes.

"Onde fica esse lugar?" Eu quebro o silêncio. Eu seguro o meu telefone em minhas mãos, esperando que ela me dê o endereço para colocar no aplicativo de GPS.

Ela, finalmente, volta a me encarar como antes. Dessa vez, seus olhos verdes estão profundamente e totalmente em minha direção e me responde em seguida.

"Eu posso guiar o caminho."

Eu dou de ombros e ela realmente me ajuda a chegar no local, me dando instruções de onde virar e onde parar quando necessário. Nós demos muitas voltas pelo quarteirão e eu dirigi por uns longos vinte minutos em completo silêncio.

Chegamos em um local que era um campo de futebol abandonado e realmente não tinha ninguém por perto. Nenhuma pessoa, literalmente.

Por que ela quis vir pra cá?

"Se você me trouxe aqui para me matar..." Eu comento tentando descontrair com o clima entre nós, enquanto observo o local com atenção. Era realmente um lugar deserto, além de ter um espaço de brinquedos que provavelmente nenhuma criança da região do bairro usava.