A princesa de Gotham

Capítulo 62 - Ansiedade

Bruce dirigia atenciosamente em direção a Gotham, fitava a paisagem silvestre sumir e dar lugar aos prédios cinzas e altos, minhas mãos suavam, os batimentos cardíacos aumentavam a cada segundo e a ansiedade batia forte no peito, conversei com Thomás ontem, disse que a empresa estava uma caos, Filipe ainda não tinha tomado o seu posto de presidente, pois eu tinha que comparecer à reunião e nomeá-lo, porém tudo tinha se tornado um furacão, os sócios surtaram, as ações caíram drasticamente e perdemos muitos patrocínios, a empresa que meu pai trabalhou tanto para construir á destrui por puro capricho, só podia sentir decepção de mim mesma e desgosto das minhas escolhas irresponsáveis

- E se não conseguirmos provar nossa inocência? - viro o rosto para Bruce e pergunto aflita

- Não pensei nisso, vamos conseguir sair dessa - Bruce disse calmo

- Vamos ser presos - viro meu rosto para a janela novamente - Como será que é na prisão? Como vou sobreviver lá?

Estava apavorada, as acusações de Henry era fortes, não sei como conseguiríamos provar que éramos vítimas daquele lunático, o carro para e sinto as mãos de Bruce tocando meu queixo o virando para si

- Não vamos ser presos, nunca deixaria você em um lugar como aquele - seus olhos fitavam os meus

- Estou com medo Bruce, não temos provar que somos inocentes! - digo angustiada - E...eu não s...sei - o estresse dominou meu corpo

Comecei a suar frio e ficar ofegante, tantas coisas passavam pela minha cabeça, a empresa, Thomás, as manchetes absurdas e naquela noite infeliz, tudo passando como um filme na minha cabeça

- Amor respira - Bruce segurou meu rosto com ambas as mãos - Está tendo um crise de ansiedade, calma

- Só quero que isso acabe logo - minha garganta se apertou

No meu instante ele me abraço forte tirando todo aquele medo que estava me assombrando desde de ontem, ele se separa do abraço e olha meus olhos com atenção

- Podemos voltar para a mansão, digo a Gordon que você não está pronta - ele fala suave

- Não podemos fazer isso, por mais que esteva apavorada não vou ser derrotada tão facilmente pelo Henry - digo confiante

- Querida você não está bem, é melhor deixarmos isso para quando estiver mais calma - seus dedos alcançam meu rosto deslizando pela pele macia

- Bruce estou bem agora - dou um pequeno sorriso - Quanto antes fizer isso, melhor será

Seus olhos percorriam pelo meu rosto com preocupação, ele sabia que estava transtornada e que provavelmente não estava nada bem, mas me esforcei ao máximo para tranquiliza-ló um pouco, se prologasse o interrogatório só me deixaria mais nervosa e a mídia seria ainda mais severa com as palavras sobre nós, com ser relutância ele se soltou de mim voltando a dividir até a delegacia de polícia, respirei fundo e tentei diminuir minha frequência cardíaca, assim que o carro entro na rua da delegacia avistamos a multidão de jornalistas e fotógrafos, obviamente Leonard e Victor não conseguiriam evitar que eles estivessem lá, tinhas vários policiais os segurando e esperando por nos dois, estaciona o carro e os polícias vem até nós evitando que os jornalistas se atirem encima das nossas cabeças

- Senhorita Katherine é verdade que vem sendo abusada psicologicamente e fisicamente do Senhor Wayne? - um homem de cabelos castanhos pergunta

- Porque a Senhorita o defendeu sendo que foi agredida pelo mesmo? - uma loira faz outra pergunta indesejada

Estava em choque parada em frente todos eles, os flashes das câmeras me cegavam algumas vezes, as coisas que eles falavam me deixaram enjoada, cada uma mais absurda que a outra, eram um bando de lobos insaciável por carne fresca, senti o braço de Bruce rodear minha cintura e me puxa para o lado do seu corpo

- Respire fundo - ele sussurrou para mim

Praticamente me arrastou até a porta principal da delegacia enquanto éramos escoltados por inúmeros polícias, desde do momento em que Bruce tocou em mim eles o atacaram com palavras discretamente ofensivas, o com certeza deixando irado, logo saímos daquele caos e entramos no local, todos que estavam lá nos observaram com receio, tínhamos nos tornado monstros temidos por todos, um polícia nos guiou até a sala de interrogatório e começou a explicar as regras que tínhamos que cumprir

- Cada um vai ser interrogado separadamente com a presença do Capitão Gordon - diz sério - Assim que entrarem deverão permanecer calados e apenas responder o que foi perguntado

Assentimos e ele se aproximou da porta de onde tínhamos entrado

- Senhor Wayne pode me acompanhar? Sua sala fica ao lado - diz abrindo a porta

Bruce me virou para ficar em sua frente e segurou meu rosto com cuidado

- Fique calma - Diz atencioso - Vai dar tudo certo - sorri docemente

Dei um sorriso forçado e seus lábios deixam um selar na minha testa, se separou de mim e vou em direção ao policial que o levou para fora da sala, mas antes me lançou um olhar acolhedor me deixando mais tranquila, alguns instantes depois a porta se abre revelando Jim Gordon com um semblante cansado

- Olá Senhorita Foster - ele estende a mão para mim com um pequeno sorriso

- Olá Capitão Gordon - retribuo o comprimento e sorrio fraco

- Está pronta? - pergunta atencioso

- Estou sim - minto convincente

Pediu para me sentar entre a mesa ao centro da sala, confesso que não foi desagradável ou perturbador, Jim foi muito paciente e sabia que estava nervosa com a conversa, contei tudo ao mínimos detalhes desde do dia que reencontrei com Henry até o dia do baile, me escutava atentamente, me senti livre em contar tudo para ele com sinceridade, não tinha a sensação de estar em um interrogatório, parecia mais uma conversa de desabafo, assim que terminei de explicar a minha versão da história e suspirei aliviada, ele agradeceu por ter me disposto a conversar com ele, como se eu tivesse tido escolhas de estar ou não ali, me leva até a sua sala e pedi para mim esperar até interrogar Bruce deixando um polícia na porta, será mesmo que ele pensou que iria fugir correndo de uma delegacia cheia de policiais? Ri para mim mesma imaginando a cena engraçada que seria, me sento em uma das cadeiras em frente a mesa de Gordon e espero, mais ou menos meia hora tinha si passado, estava nervosa, por mais que soubesse que um interrogatório demorasse a ansiedade tomava meu corpo, passavam minhas mãos inúmeras vezes sobre o tecido caro do blazer branco comprido que me aquecia e batia os saltos altos vermelhos incessantemente sobre o chão surrado até que ouso a porta se abrir, vejo Bruce entrar por ela e vir até que mim

- Doçura como você está? - ele diz atencioso

- Estou bem melhor agora - falo me aproximando dele aliviada

- Você estão dispensados - Jim diz vindo até nós - Quero que vocês evitem sair de casa e não façam nenhuma besteira, certo Bruce? - lança um olhar desconfiado para o Wayne

- Não vou fazer nada Gordon - Bruce diz com um leve sorriso

- Obrigado por colaborem - fala aliviado

Nos despedimos dele e nos acompanhou até a saída da delegacia, tivemos que ser escoltados por ainda mais policiais, pois agora também tinha algumas pessoas gritando palavras de ódio junto com os jornalistas, começou a ficar um caos total, entramos às pressas no carro e Bruce saiu cantando pneu, amanhã teria inúmeras fotos nossas com machetes nojentas nos jornais e ofensas camufladas