Lágrimas

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Catleya Bennet

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Catleya Bennet

-- Catleya, quero que você encontre Harry Potter para mim. - Disse Voldemort em uma de suas reuniões. Tive de me sentar ao seu lado.

Sei o que ele quer. Acabar comigo. Se nem Lucius ou algum comensal adulto seu conseguiu, como apenas uma adolecente arrogante de dezessete anos conseguira? Quer que eu fracasse para me matar. Esta me punindo de uma forma indireta.

-- Como quer que eu faça isso? - Se eu iria morrer de qualquer forma, quem se importa de ser um pouco mais cedo? Ele me observou severo.

-- Eu suponho que deva encontrar uma forma solitariamente, senhorita Bennet... - Pronunciou sem questão, simplesmente. -- Ou sera que precisarei encontrar uma maneira menos calma de lidar com a senhorita? - Questionou voltando seus olhos persuasivos para mim. 

-- Bem... Eu prefiro, na verdade, que Harry Potter termine o que começou. - Cochichei, sabendo que ele havia entendido minhas palavras. 

O homem permaneceu parado, apenas em silencio, observando-me com alguma coisa no olhar. Ele parecia... Não tenho certeza se devo colocar assim, mas parecia que estava faminto pela minha dor.

-- Devo continuar? - Questionei. -- Que lorde tão podereso é este que não é capaz de encontrar um simples e patetico bruxinho de dezessete anos? - Observei seu semblante transpor para odio, observando ao mesmo tempo, nagine rastejar sobre a mesa com calma.

-- Um tipo de lorde, que pode decidir se você continua perambulando pela terra, ou não. - Fitou-me instigantemente. -- Na verdade, ambos temos esta decisão, senhorita Bennet. Diga-me, quais serão suas proximas palavras... Voce deve continuar, ou não? - Nos encaramos ferozmente em silencio por alguns segundos.

-- Por raios, você não consegue nem matar um garoto de dezessete anos e quer decidir qual será o meu destino? - Ele se levantou. Talvez eu tenha passado dos limites, mas vou morrer de qualquer jeito. Ele caminhou até minha mãe.

-- Acho que é tão fraca que nao aguentaria um só  crucio. Então, sendo tal figura misericordiosa, vou conceder este presente a sua querida mãe. - Sorriu adoravelmente para mim. -- Crucio! - Mamãe começou a se debater e espumar pela boca, imediatalmente soltando gritos de desespero bem audíveis.

A cobra humana estava olhando para mim, não desviou seus olhos dos meus por um só segundo. Eu não deixei transparecer sentimentos. Mesmo que eu suplicasse para ele parar, não pararia. Todos na sala estavam tensos, até mesmo Bella, sua protegida e acompanhante noturna.

Eu realmente quis me usar como legilimente para adentrar a cabeça de mamãe e pedir desculpas, então foi isso que eu fiz.

"  Desculpe, mamãe " 

" Ele passou uma tarefa muito difícil. Se nem ele conseguiu acha-lo, quem diria você. Se algo acontecer, eu a amo, minha tão amada e preciosa menina... "

" Ele ainda terá o que merece, mamãe. Não se preocupe, tudo o que voce planta, um dia vai colher.. '' 

-- Catleya Bennet, a senhorita esta ultrapassando os limites! - Voltei meus olhos para ele imediatamente, assustada. -- Como ousa?! - Indagou fuzilando-me com seus olhos.

Ele pegou meu braço com violência e me arrastou até um cômodo que eu se quer sabia da existência. Parecia furioso, e por alguns segundos eu realmente senti um pingo de medo.

Assim que adentramos o cômodo, ele me joga contra o chão com violencia, trancando a porta e se voltando para mim com um semblante furioso no rosto enquanto eu me arrasto pelo chão para mais longe.

-- Acredita que é a única legilimente entre nós? - Eu o observava com ódio do chão. -- Estava dizendo a sua amada mãe que vou colher o que plantei, além de atrapalhar seu castigo? Agora sim, voce passou dos limites. Eu a ultimei, Catleya. - Empunha sua varinha, apontando-a para mim.

-- Estou mentindo? Você vai ter o que merece! - Começa a gargalhar malignamente, trazendo terror ao cômodo. 

-- Crucio... - Pronúncia a maldição com leveza, fitando-me com um sorriso perverso no rosto enquanto eu senti uma onda muito forte atingir meu corpo. 

Senti uma forte tensão elétrica atingir meu corpo com violência. Eu tremia tenebrosamente, mas não permiti que um só gemido de dor ecoasse de meus lábios. Eu jamais daria este prazer a ele. 

Enquanto eu me debatia contra o chão, quase desmaiando de dor, ele me fitava com um odioso sorriso perverso em seu rosto. 

Por conta do meu estimado orgulho de não demonstrar dor ao crucio dele, mordi meus lábios com tanta força, que consequentemente acabei sentindo meu próprio sangue escorrer pelo meu queixo, encontrando-se pingando contra o chão. 

Apesar de bloquear os gemidos de dor, não pude conter as diversas lágrimas silenciosas que encharcaram meu rosto. 

-- Você é muito astuta. Isto explica ser da sonserina. Contudo, sua coragem é muito curiosa. - Se agachou ao meu lado. -- Como pode desperdiçar tanto? - Limpou meus lábios com seu polegar direito.

 Eu estava prestes a tapear seu rosto, porém eu tinha de me concentrar na oclumencia. Se ele ousasse entrar em minha mente, descobriria meu plano.

-- Isso é sua culpa. - Gargalhou perversamente mais uma vez, limpando novamente meus labios com seu polegar e observando meu sangue extremamente vermelho com.. fascinio.

-- Não. Isto foi apenas uma consequência de suas ações, meu bem... - Segurou meu queixo, pressionando-o. 

Observou-me deitada no chão, imóvel. Eu não conseguia me mexer. Então ele se levantou. Um sorriso já não estampava mais seu rosto. Observou-me até sair pela porta, onde cinco minutos mais tarde, adentraram Draco e Narcisa, enquanto eu ainda me mantia imovel no chao.

Contemplaram a visão de meu corpo molenga  paralisado no chão, enquanto algumas poucas lágrimas desciam para a madeira. Ambos correram até mim preocupados, ao encontrarem sangue em meus labios.

-- Catleya! - Clamou Malfoy, agachando-se ao meu lado enquanto colocava meu corpo sobre seu colo, confortando-me. 

-- Garota, por que fez isso? Você pediu para que isso acontecesse. - Observou-me de pé, reprovando minhas palavras. 

Malfoy me endireitou em seu colo e acariciou meu cabelo, enquanto Narcisa me perguntou quantos dedos ela tinha nas mãos.

-- Quatro... - Respondi baixo, ainda um tanto desnorteada, enxergando tudo a minha frente como um borrão.

-- Ah minha querida, você vai melhorar. Tome mais cuidado da proxima vez, está bem? - Assenti fracamente. 

Guerras no tempo - Tom RiddleWhere stories live. Discover now