Among the stars

Capítulo 18: Queria escrever uma coisa feliz mas...

Capítulo 18: Queria escrever uma coisa feliz mas...

Queria escrever uma coisa feliz, mas hoje eu não consigo, sinto que a ventania cinza me pegou de surpresa e agora não sei outro meio de como sair dela se não afundar meus olhos em lágrimas. Mas lágrimas também não saem dos meus olhos, meu coração bate, eu penso, até demais para um ser humano qualquer, como sempre. Eu não quero ser só mais uma pessoa comum, eu quero mudar a vida de alguém, sabe? Às vezes nos minutos em que eu fico calada penso se esse é o mesmo sonho de todas outras pessoas: as que voam em aviões, como este que passa pelo céu agora, as pessoas que andam apressadamente pelas avenidas em que vejo pela tela da televisão.

Coisas simples fazem tanta falta, não? Acredito que sou um dicionário com trechos guardados em minha cabeça na forma humana. E antes que você tire suas conclusões do motivo em que disse isso no meio do nada é porque lembrei de mais uma, SIM, mais uma frase daquelas. Uma habilidade meio brega para uma garota de 15 anos, não acha? E um pouco melancólica também. " Só damos valor às coisas quando perdemos"

Pois é, eu realmente aprendi a dar muito valor após perder muita coisa, mas essa não é a parte legal. E junto com essa frase, vem também meu dilema de vida: tratar as pessoas gentilmente, seja gentil, seja a esperança do mundo. Era para eu estar fazendo duas provas agora, mas eu não quero saber sobre cálculos estranhos com essas tais funções ou em que estrutura ABABA o poema foi escrito. Eu tô atordoada com minha vida e não tenho ninguém para falar.

Ontem foi uma luta, só pra conseguir estudar, a ansiedade me pegou, eu me senti uma inútil, uma sem nada na vida. Poxa eu não consigo nem me concentrar pra estudar uma matéria ridícula, que eu só tirava dez dois anos atrás. Às vezes me questiono, será que eu sou o suficiente? Se eu quiser pegar minhas malas e ir para a Califórnia um dia estudar numa das escolas que sempre sonhei, será que conseguiria? Eu temo demais as coisas.

Medo talvez seja o meu humor de sempre, até que gosto do medo e melancolia tomando conta do meu corpo, às vezes é bom. Não é tão ruim assim, mas também não é extraordinário, tantas coisas que deixei de fazer por medo, e principalmente por conta de traumas. Mas eu não quero deixar isso pesado, não foi o propósito deste livro. NÃO. Nem de longe, eu quero que vocês saiam felizes e incentivados.

Com isso eu só gostaria de dizer: Sim, também somos seres humanos e temos dias difíceis pra caramba! E tá tudo bem se algum capítulo da sua história você não se sentir bem. Sei que meus medos não vão sumir de uma hora para outra, mas aos poucos vou tentando superar eles, um a um. Vençam seus medos também, nem que seja uma coisa pouca, meio passo é mais do que ficar parado no mesmo lugar.

Dizem que quando uma pessoa acredita no seu potencial, tudo ao seu redor chega a ser mais fácil de realizar, eu acredito plenamente em cada um de vocês. Vocês são capazes, vocês são válidos e com toda certeza são grandes valores para esse planeta azul.