Quando o destino resolve cruzar os caminhos de dois seres totalmente diferentes, ele não brinca em serviço, não é?! E isso vai acontecer através de uma criança doce e que luta pela vida desde bebê. Uma missão difícil mas, que no final irá juntar e r...
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Brian permanecia em coma após a cirurgia. Aquilo destruía o coração de todos. Chris não sabia o que era dormir a três dias, Amélia estava em plantão no hospital desde a cirurgia e, não saía do lado do garotinho.
Pela consequência da parada cardíaca, o cérebro de Brian ficou algum tempo sem oxigênio, causando o coma. Ele respirava pela ajuda de aparelhos, e não tinha apresentado algum sinal de consciência ou de movimentos.
- Quanto tempo isso vai durar? - Amélia ouviu a voz de Chris embargada, ela o encarou.
O rosto pálido de Chris, a barba por fazer, as bolsas de olheiras a baixo de seus olhos denunciavam que o homem não dormia a dias, aquilo preocupava Amy, por mais que os dois não estivessem mais juntos, ela ainda sentia que deveria intervir e fazer alguma coisa por ele.
- Não sabemos... - suspirou - Estamos fazendo testes, exames diários para localizar cada sinal de atividade.
- O que eu posso fazer para ele voltar?
Amélia pensou por um instante, alternando o olhar entre Chris e Brian.
- Você pode conversar com ele.
- Ele escuta?
- Não sabemos ao certo mas, alguns pacientes voltam a apresentar sinais que estão escutando quando apertam a mão, mexem dedos e mais algumas coisas.
- Pode funcionar?
- Eu acredito que sim!
- Mas sobre o que eu vou falar?
- Coisas diárias - sorriu - Já vi pais falando sobre o jogo de futebol, ou sobre o de basquete e até mesmo noticias do dia.
Chris fitou Brian pensando em alguma coisa para falar com Brian, que poderia fazê-lo voltar ou apenas mover o dedinho da mão.
- Ok - se aproximou de Brian - Oi meu filho! - segurou na pequena mãozinha de Brian - Eu não tenho assistido os jogos ou notícias mas, eu posso te contar uma das suas histórias favoritas, a do Toy Story. - Amy sorriu e sentou-se na poltrona, também escutando a história. - No filme, os brinquedos ganham vida enquanto o humano não está por perto, quando um dia um outro brinquedo que se acha astronauta chega ao quarto da criança, fazendo o caubói sentir ciúmes.
Amélia sorriu com a forma que Chris contava a história, meio atrapalhado e as vezes precisava parar e lembrar da história. Ela precisou ajudar em alguns momentos, fazendo aquele momento ser um dos poucos de felicidade que tiveram nos últimos dias.
Ao final da história, a tristeza pairou novamente, quando perceberam que Brian não teve nenhuma resposta. A frustração tomou conta deles, fazendo com que Amélia saísse do hospital o mais rápido que pode. Ela caminhou por entre as avenidas da cidade, e só parou quando sentiu a areia sob seus sapatos, as lágrimas tomaram conta de seus olhos, fazendo Amy desabar e cair sentada no chão. Abraçou suas pernas e abaixou a cabeça contra seus joelhos, sentiram as lágrimas molharem cada vez mais seu rosto e suas roupas.
