XV | Intenções.

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O que eu poderia fazer? Não posso simplesmente chegar em Penn e dizer "Ariane não gosta de você, sabe o motivo?" , se a Syckle não soubesse que esta na lista de não-amigos da doidinha eu posso acabar criando um dos maiores climas entre nós todos e...

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O que eu poderia fazer? Não posso simplesmente chegar em Penn e dizer "Ariane não gosta de você, sabe o motivo?" , se a Syckle não soubesse que esta na lista de não-amigos da doidinha eu posso acabar criando um dos maiores climas entre nós todos e também o que me garante que cada um dos lados não vão distorcer seus motivos? Ariane esta certa, terei de descobrir, e como tudo nessa nova vida, sozinha.

Já era final da tarde e depois do dia inteiro me questionando a quem deveria ligar ou se eu poderia simplesmente não ligar para ninguém cheguei a conclusão que Callie será minha melhor pedida. Se me lembro bem, ela adora falar sobre si mesma e não me dará muitas chances de comentar sobre mim talvez assim ela não repare que sua melhor amiga foi substituída.

──── Nunca mais me assuste assim! ── A voz aguda, agitada e com leve discordância me repreendeu assim que a ligação foi atendida. Ela me lembra um pouco Ariane. ── , prometemos que não ficaríamos uma hora se quer sem se falar, eu imaginei que tinham cortado você em pedacinhos e dado aos lobos, ou que estivesse presa numa solitária com aquelas camisas de força e tudo o que tem direito de um tratamento intensivo, ah sim, isso seria como filme de terror, imagina? Teria que rasgar as mangas com os dentes para coçar o nariz ou seria mais pratico esfregar a cara contra a parede? Não, não, seria doloroso e inútil a menos que as paredes fossem revestidas com almofado branco e se...

Como imaginava, uma tagarela nata. Essa garota consegue bater o recorde de Penn, os trinta minutos vão passar num estalo.

──── ... até aonde eu sei, de repente você poderia decido até os quintos do...

──── Ok mamãezinha! tá bom, agora relaxa. ── Consegui interrompe-la.

──── Não me venha com essa de mamãezinha. ── Resmungou do outro lado. ── , agora comece a falar! Como são os outros alunos? Eles são assustadores e se reúnem em rituais de pacto com velas pretas e desenhos estranhos? E as aulas? E a comida?

──── A comida é sugestionável, algumas são na verdade muito boa mas outras poderia te colocar em coma. ── Respondi, um pouco desinteressada, ter que descrever este lugar é tão tedioso quanto viver nele. ── , as aulas são estupendamente chatas, indescritíveis e quanto os alunos, eu não sei... a maioria é desiquilibrado e tem uma forte tendência suicida-psicopata mas eu queria ouvir mais sobre você, o que anda fazendo?.

──── Sobre mim? Nem vem, eu sou oficialmente dependente de "Lucinda Price e a nova escola", eu preciso saber, hum, e sobre garotos? Algum furtou seu coraçãozinho ou pelo chegou perto de chamar sua atenção?

──── Bom, tem um garoto aqui. ── Admite descansando a cabeça nas paredes beges do cubículo.

Um garoto... que mentira. Estava na metade da minha primeira semana em Sword & Cross e já estava balançada entre dois garotos. Como cheguei até isso? Daniel pode ser um gato, um garoto de roubar suspiros por onde passa mas é um baita de um mal educado, nossa primeira vista não foi nada com olhos hipnotizados e corações batendo em uma única sintonia como nos romances, e sim, um simples ─ porém ofensivo ─ gesto com a mão, o dedo do meio. Quanto a Cam, como poderia descreve-lo? O moreno tem a beleza de um demônio, capaz de desviar até a mais pura ovelha, ele sim há olhos desconcertantes, puro verde magnetizantes e uma boca que morreriam para provar um pedaço mas ainda assim há um lado obscuro, talvez segundas intensões bem mais profundas do que seu desejo e aqui estou, indecisa, sobre qual palma escolher.

𝐹𝒶𝓁𝓁𝑒𝓃 𝑜𝓊𝓉𝓇𝒶 𝓋𝑒𝓏Onde histórias criam vida. Descubra agora