XVIII | Os primórdios de jura

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Me despertei praticamente na mesma hora que o dia anterior e novamente assombrada com outro pesadelo, eles parecem estar ficando pior a cada dia

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Me despertei praticamente na mesma hora que o dia anterior e novamente assombrada com outro pesadelo, eles parecem estar ficando pior a cada dia. Se eu fechar os olhos consigo me recordar perfeitamente da dor e angústia de estar sendo ferida enquanto não podia fazer nada para evitar, dormindo mesmo sentindo a tortura incapaz de se proteger.

De pé, joguei água fria em meu rosto e enquanto enxugava as gotas com a toalha a lembrança do sonho piscou de novo na minha memoria. Diferente dos outros pesadelos, nesse havia uma única de mim apesar de parecer ser visto por uma segunda pessoa, como assistido por outros olhos.

Ainda incomodada, troquei o pijama da noite pelas vestimentas pretas notando que o roxo do meu pé aonde Molly havia despejado sua fúria na segunda-feira agora estava com um tom mais claro e no lugar um rosa alaranjado com as extremidades de um fraco amarelo salientava-se. Subindo o olhar, antes de vestir o sutiã e as peças superiores tentei espremer minha visão no espelho e observar as minhas costas na tentativa de encontrar nada além de espinhas e superar esse pesadelo de uma vez por todas.

No lado interior da porta do quarto, o grande espelho e extenso me dava a perfeita visão do meu corpo desde os calcanhares até acima da cabeça porém as costas é mais complicado e tive que retorcer ao máximo o meu pescoço inclinando o corpo numa posição desconfortável para consegui ver.

Meu coração parou, nem que por alguns instantes, ele parou.

Na região torácica, um pouco abaixo das escapulas entre cada uma delas, bem ao centro havia uma tatuagem. O desenho em tinta preta tem cerca de dez a treze centímetros em um círculo perfeito, nele há algumas palavras em outra língua escritas acompanhando a forma globular, nada que eu soubesse a tradução, e tanto no centro como nos limites há marcas, traços e esboços aleatórios sem formas concretas espalhadas nos confim da tatuagem.

Será que Luce tinha aquela tatuagem a muito tempo? Não, não, aquilo não fazia a cara dela. Ao julgar pelo pesadelo, aquela marca deve ter vindo junto comigo.

As minhas vistas estavam doendo pelo esforço e minha cabeça pronta para explodir mas consegui anotar o que diziam aquelas palavras numa folha de papel. Eu não entendia o que aquilo significava mas parecia se tratar de latim e quanto aos desenhos tentei memorizar o máximo que eu pude. É uma hora dessas que uma câmera faz tanta falta.

Terminando de me vestir tive que me abster do café da manhã de hoje e recorrer a única pessoa que poderia me ajudar, infelizmente, terei que pedir amparo para a pessoa que odeio mais que a valentona da Molly, a senhora falsidade de duas caras: Srta. Sophia Bliss.

Fora dos dormitórios procurei a tutora inicialmente na sala dos professores aonde todas as manhãs os funcionários se reúnem contudo ela não estava lá. Segui, correndo contra o tempo até a biblioteca rezando para que a mulher estivesse por lá.

𝐹𝒶𝓁𝓁𝑒𝓃 𝑜𝓊𝓉𝓇𝒶 𝓋𝑒𝓏Where stories live. Discover now