03 - MISSÕES.

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DOIS ANOS DEPOIS

Dois anos foram o bastante para eu virar uma hashira.

O que realmente me faltava era um físico bom. Agradeço muito ao Sanemi por ter me chamado de palito, graças a ele consegui esse corpo.

Minha amizade com Shinobu virou uma relação de irmandade. O jeito que ela é cuidadosa comigo me contagiou, era como se fosse uma irmã mais velha que nunca tive, apesar de eu ter 23 anos e ela 18.

Agora estou correndo pelo os telhados das casas indo para uma missão perto de um vilarejo pequeno e simples. Notícias eram espalhadas, falando sobre vários onis que estão matando muitas pessoas por lá.

Chegando na entrada da vila consegui ver um homem aparentemente bêbado indo até mim, não sei o que ele quer comigo, mas sei que não deve se tratar de boas intenções.

— Está perdida, linda? Quer que eu te ajude? Manca desse jeito não vai conseguir chegar ao seu destino. – falou segurando meu pulso.

Desde que eu queimei e machuquei a minha perna naquela pedra pontuda fiquei manca, mas consigo disfarçar as vezes.

— Manca? — dei uma pequena risada —Moço o senhor pode se afastar? Vejo que não sabe o que fala. Se você não se afastar vou ter que tomar uma decisão que não irá gostar muito. – Digo, esperando a sua resposta

— E o que uma pirralhinha como você pode fazer comigo? – aproximou seu rosto, dava para sentir o cheiro de mal hálito causado pela bebida. Que nojo.

— Uma pirralhinha como eu pode fazer isso — dei uma joelhada em seus testículos – e isso aqui – meti meu cotovelo em sua barriga e o mesmo caiu no chão se contorcendo de dor. — e isso aqui também — dei um chute na sua cabeça, o fazendo desmaiar.

Depois disso o peguei pela gola da roupa e o joguei para longe.

— Bêbados são patéticos. – continuei o meu caminho, mas antes olhei para trás uma última vez vendo o seu corpo desmaiado que estava a metros de distância.

Fui andando por todo o vilarejo em busca de rastros ou cheiro de oni e percebi que o sol já iria se pôr. Minha barriga estava roncando de fome

Tive a leve sensação de que estava sendo observada e seguida por alguém, mas só deve ser impressão ou as minhas paranóias doidas.

Cheguei numa barraca de lanche e fui fazer meu pedido.

— Olá moço! Poderia me dar um prato de llamén? – vou até a bancada que servia as comidas

— Claro! Pode ir se sentando em uma das cadeiras ali ao lado! Seu pedido chega já já!

Terminei a minha refeição e agora estava indo atrás dos tais onis, sendo interrompida ao ouvir gritos desesperados de crianças.

Os onis devem estar por aqui, preciso me apressar antes que seje tarde demais.

Dobrei a esquina e vi três crianças abraçadas umas nas outras chorando desesperadas por socorro e com uma expressão de medo.

— Olá! Me chamo Kiyoshi, poderiam me contar o que houve por aqui? – me aproximei com cuidado, tentando ser compreensível com elas.

— U-Um monstro ficou nos seguindo, nós entramos junto com os nossos pais dentro dessa casa para despistar ele! O p-papai e a m-mamãe ficaram para t-trás e eu e m-meus irmãos conseguimos f-fugir - um deles fala soluçando por ainda estar chorando.

— Certo, fiquem quietinhos aí que eu cuido do pais de vocês! Sei que não é fácil, mas tentem colaborar – afaguei os cabelos dos pequenos, dando um sorriso confortador.

Onis. Criaturas sem perdão e cruéis. Fico me perguntando como pude ser salva por um, me envergonho por isso até hoje.

Eu entrei dentro da casa. Já havia marcas de sangue pela parede. Aposto que outras pessoas morreram aqui.

— Consigo ouvir os gritos de socorro daqui, os pais deles devem estar por perto, só preciso me concentrar em achar o cheiro.

Achei o lugar em que os onis estavam. O homem e a mulher que devem ser os pais das crianças já tinha hematomas e marcas de sangue por todo o corpo, pelo menos ainda estão com vida.

Sem enrolar peguei os dois e levei para o lado de fora pulando pela janela antes que os onis tivessem alguma reação, logo voltei para dentro da casa com um pulo alto, entrando pela janela.

— Ei seus onis sarnentos! Digam adeus as suas vidas! – fui para cima dos dois com um sorriso estampado no rosto

Terceira forma - flocos de neve - agulhas de gelo.

Flocos de neve se formaram, mas logo se transformaram em centenas de agulhas que prenderam os onis pela carne deles.

Aproveitando que eles estavam presos cortei o pescoço de um dos três e sendo rápida apareci atrás dos outros dois e os matei, logo em seguida guardando minha nichirin.

Isso foi rápido.

Suas cabeças iam se desfazendo, e como eu sempre fazia me ajoelhei e disse:

— Apodreçam no inferno, abutres.

Dei um olhar de pena para eles e fui até a parte de fora da casa abandonada e vi a família são e salva. Tudo isso só acontecesse por causa de Muzan, se ele não existisse todos poderiam viver suas vidas sem se preocupar.

— Bom, meu trabalho acabou por aqui, espero lhes ver novamente algum dia, adeus! – acenei com minha mão, mas senti a calça do meu uniforme ser puxado.

— O-Obrigada moça....! – a criança deu um sorriso.

— Não precisa agradecer, esse é o meu trabalho!

— Muito obrigada moça  siga o seu caminho em paz, obrigada por ter salvo nossas pobres vidas – todos se ajoelharam no chão em forma de reverência.

— N-Não precisam se ajoelhar! Como eu já disse, eu só fiz o meu trabalho! Melhor irem ao médico para cuidarem de seus ferimentos, tenho que ir, adeus!

CROWWW CROWWWWW , SIGA EM UMA MISSÃO JUNTO AO PILAR DAS CHAMAS RENGOKU! , BOATOS ESTÃO SENDO ESPALHADOS DE QUE PESSOAS ESTÃO SUMINDO DE UM TREM!!!

CROWW SE JUNTAR AO PILAR DAS CHAMA—

— EU JÁ OUVI CASSETE! EU POSSO SER MANCA, MAS NÃO SOU SURDA!!

— E onde o pilar das chamas está?!
Não adiantava eu perguntar a ave já tinha ido embora.

— EI SUA AVE PODRE! VOLTE AQUI!!! – Saí correndo atrás do corvo, mas não adiantou.

— Uma missão atrás da outra, que saco! – Resmunguei pisando forte na terra.

Pessoas sumindo de um trem, né? Porque sinto uma má sensação sobre isso?

N/A: Me desculpem caso tenha erros ortográficos!

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