Capítulo 27

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Meredith

- E você tem certeza de que vamos conseguir as assinaturas a tempo? - perguntei para minha assistente, que checou seu relógio e escreveu alguma coisa em seu bloco de notas.

- Sim. Aaron está vindo agora mesmo. Elas estarão aqui até o meio-dia.

- Ótimo - eu disse, fechando e devolvendo os arquivos.

- Vamos dar uma última olhada antes da reunião e, se tudo der certo...

A porta da recepção se abriu e Addison entrou com um olhar muito determinado. Minha assistente soltou uma exclamação aterrorizada e eu fiz um gesto dispensando-a. Ela praticamente saiu correndo.

As longas pernas de Addison a carregaram através da sala em poucos passos. Ela parou em frente à minha mesa e jogou dois envelopes brancos em cima de uma pilha de relatórios de marketing.

Olhei para os envelopes e depois para o seu rosto.

- Algo aqui parece muito familiar - eu disse. - Quem de nós vai escancarar a porta e correr escada abaixo?

Ela revirou os olhos.

- Apenas abra.

- Bom dia para você também, Srtª Montgomery.

- Meredith, não seja mal-humorada.

- Por quê? Só você tem esse direito?

Seu olhar ficou mais suave e ela se inclinou na mesa para me beijar. Na noite anterior ela voltara tarde para casa, e eu já estava dormindo fazia tempo. Acordei com o som do despertador e encontrei seu corpo quente e nu junto ao meu. Eu merecia algum tipo de medalha por ter conseguido sair daquela cama.

- Bom dia, Srtª Grey - ela disse suavemente. - Agora, abra os malditos envelopes.

- Se você insiste. Mas não diga que eu não avisei. Geralmente, quando você joga algo na minha mesa, as coisas nunca ficam bem. Bom, pelo menos não para mim. Talvez você possa corrigir isso...

- Meredith.

- Tá bom, tá bom - abri o envelope que tinha meu nome e puxei um papel. - É uma passagem de avião. Chicago para França - olhei em seu rosto. - A empresa vai me enviar para algum lugar?

Addison parecia brilhar e, francamente, ela ficava tão bonita assim que fiquei aliviada por estar sentada.

- França. Marselha, para ser exata. A outra passagem também está aí.

Passagens aéreas, um envelope para cada uma de nós. Saída marcada para sexta-feira. Estávamos na terça.

- Eu... não estou entendendo. Nós vamos para a França? Isso tem alguma coisa a ver com a noite passada? Nós temos uma vida ocupada, Addison. Esse tipo de coisa sempre vai acontecer. Eu juro que não fiquei brava.

Ela circulou a mesa e se ajoelhou na minha frente.

- Não. Não tem nada a ver com a noite passada. Tem a ver com muitas noites. Tem a ver com colocar em primeiro lugar aquilo que importa. E isto - ela disse, apontando para nós duas-, isto é o que importa. Nós mal nos vemos nos últimos tempos, Meredith, e isso não vai mudar quando chegarmos em Nova York. Eu te amo. Eu sinto falta de você.

- Também sinto sua falta. Mas... estou um pouco surpresa. A França é... realmente longe, e ainda temos tanta coisa para fazer e...

- Não é só a França. Vamos para uma casa particular, uma casa de a um amigo meu, o Max, aquele que fez faculdade comigo, lembra? É uma casa linda, grande e vazia - ela acrescentou. - campo. Pertence Com uma cama gigante, várias camas. Uma piscina. Podemos cozinhar e andar peladas, e nem precisamos atender ao telefone se não quisermos. Vamos lá, leãozinho.

Explicit 1.0Onde histórias criam vida. Descubra agora