Capítulo 27

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Capítulo XXVII

Pansy enxugou o rosto e alisou a saia do vestido, ajustando-o a sua barriga. Parecia surreal que ela estivesse de volta, que Blaise a tivesse deixado ir. Ela soltou a respiração que nem sabia que estava presa e se pôs a caminhar apressadamente até a casa de Harry. Ela lembrava exatamente o caminho que havia feito tantas fezes junto a Rony. Temia apenas que Harry a tivesse bloqueado. Esperava ainda ter permissão para encontrar a casa dele.

Alguns minutos depois seu coração se encheu de alegria quando ela vislumbrou a residência que fora seu lar por alguns meses, onde morava o homem que amava, apesar de todo o seu passado juntos. Ela não conseguiu evitar correr até a porta, batendo em seguida desesperadamente. Seu coração batia num ritmo alucinante, as mãos suavam de ansiedade. Não sabia o que encontrar, como ele estava ou como reagiria, mas ela sabia que não podia temer, ela tinha que vê-lo, nem que fosse para descobrir que ele estava casado e nunca ficariam juntos.

Harry estava tomando café na cozinha quando ouviu as batidas na porta. Ele se perguntou se devia ignorar ou não, uma leve dor de cabeça devido a bebida da noite anterior o incomodava. Talvez fosse Ginny, ele ainda não a tinha bloqueado por via terrestre só por flu, e ele não queria falar com ela agora.

— Harry!

Harry congelou quando ouviu alguém chamando seu nome. Por um instante ele pensou ter ouvido Pansy chamá-lo, mas não podia ser, podia?

— Harry! Harry você está aí? Abra! Sou eu, Pansy!

Harry correu para a porta e abrindo-a em seguida. Suas mãos tremiam e ele teve alguma dificuldade em usar a chave. Seu coração quase explodiu de seu peito quando a viu ali parada, sorrindo para ele.

Pansy se jogou sobre ele em um abraço desesperado. Harry envolveu os braços nela, sentindo a barriga proeminente pressionada sobre a sua, plana e lisa.

— Eu senti tanto a sua falta — Pansy confessou com um gemido estrangulado.

Harry estava preso em um estupor, ele não podia acreditar que era ela, que Pansy estava realmente aqui. Ele soltou-a e envolveu o rosto dela com as mãos, como que para ter certeza de que não era um sonho. Ele a encarou e percebeu que ela chorava.

— É você mesma? Eu não estou sonhando?

— Não Harry, sou eu, eu estou mesmo aqui. — Ela riu entre lágrimas.

Harry pousou os lábios sobre os dela, sentindo toda a eletricidade do contato e toda a enxurrada de sentimentos com a proximidade do corpo dela. Pansy se derreteu com o gesto, correspondendo ao beijo. Foi um beijo calmo, explorador e doce. Quando ele quebrou o beijo, ele a encarou por completo, examinando-a, buscando algum indício de que ela estava ferida.

— Estou bem — Pansy disse, como se lesse seus pensamentos.

— Venha! — Ele a trouxe para dentro.

Harry a guiou até o sofá, fechando a porta atrás de si e murmurando um feitiço bloqueador. Ele não queria que alguém aparecesse, toda sua atenção voltada a Pansy. Fazendo-a se sentar e sentando-se na mesa de centro em frente a ela, ele segurou as mãos dela e a encarou.

— Eu a procurei tanto, não tínhamos pistas, como...

— Blaise me deixou vir.

— Ele fez? — Harry estava surpreso.

— Ele não queria, mas sim, ele o fez.

— Como?

— Conversamos. Ele entendeu que não podia ser assim, que eu não podia ficar com ele.

Despedida de solteiro - HANSYOnde histórias criam vida. Descubra agora