CAPÍTULO 31

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O som de algo se quebrando é a primeira coisa que ouço assim que entro no quarto, e quando olho ao meu lado, vejo um objeto de decoração quebrado em centenas de pedaços depois de ter atingido a parede logo atrás de mim

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O som de algo se quebrando é a primeira coisa que ouço assim que entro no quarto, e quando olho ao meu lado, vejo um objeto de decoração quebrado em centenas de pedaços depois de ter atingido a parede logo atrás de mim.

Sinto todo meu corpo ficar tenso e meu sangue queimar ao ver aquela cena, e preciso de muito controle para levantar meu olhar e encontrar com a minha primeira esposa no meio do quarto, parecendo tão furiosa quanto eu, com mais um objeto em sua mão.

- Aconselho você melhorar sua pontaria. - falo entredentes vendo seus ombros se moverem com sua respiração pesada.

Layla está transtornada e irreconhecível. Não que eu já não a tenha visto assim antes. A primeira vez foi logo depois que nossas famílias fecharam o acordo do nosso casamento, e ela soube de uma das mulheres que eu me envolvia na época. Layla ainda era inocente, mas muito ardilosa, ela driblou nossas famílias e se escondeu no escritório do meu pai, onde ela me esperou depois de enviar um recado por um dos empregados. Mas aquela não foi uma briga, ela mais chorou e esperniou como a garotinha que era do que ficou realmente furiosa. Porém, hoje ela era mulher, e nossas posições estavam um pouco diferentes.

- Eu não costumo errar duas vezes. - sua voz me responde demonstrando sua fúria, mas assim que ela levanta seu braço pensando em arremessar o objeto contra mim outra vez, eu invado o quarto e seguro se pulso com tal força no ar, que ela mal consegue o mover, nem usando toda sua força.

- Só pode estar realmente louca se acha que algum dia vai poder me enfrentar. Você não é párea, nem em força nem em inteligência, contra mim. - rosno, a encarando a menos de um passo de mim, e sinto a raiva fluindo dos seus poros.

Na mesma hora Layla me responde com xingamentos direcionados a mim, a Isadora e a nossos filhos em um dialeto árabe antigo, dominada pela tribo dos ancestrais da sua familia. Mas ela se engana se acha que eu não reconheço as palavras baixas que ela usa, e com a mão livre eu agarro seu maximar afundando meus dedos em seu rosto a fazendo se calar, quando encaro mais de perto seus olhos vermelhos que começam a acumular lágrimas que não pareciam nem um pouco verdadeiras.

- CALE SUA BOCA. - altero minha voz com minha mandíbula ainda trincada - Não ouse se referir a minha esposa e aos meus filhos com suas palavras baixas e vulgares, ou eu a devolvo para o deserto de onde sua família veio.

No mesmo instante Layla se cala, pois sabe que sou capaz de cumprir minha promessa, mas ela não deixa de me encarar um segundo sequer. E não conseguindo se manter daquela forma por muito tempo, sinto que ela desiste quando abre sua mão soltando o objeto que cai no chão se estilhaçado em vários pedaços, e solto meu aperto do seu pulso e do seu rosto, fazendo com que ela leve sua mão até seu pulso, e por segurança, dela, dou alguns passos para trás me afastando.

- Não consigo acreditar que foi capaz disso. De se casar antes mesmo de termos nossa lua de mel. Você me prometeu que não se casaria antes do primeiro ano e de termos nosso primeiro filho. - ela usa lembranças de muitos anos atrás contra mim e eu ando impaciente pelo quarto, vendo que essa conversa iria longe demais.

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora