IV-Quando ele a viu

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Taehyung chegou em casa, e foi recebido pelo mordomo, que não tardou em perguntar como havia sido sua saida.

"Foi excelente, obrigado por perguntar, Shisu "o homem mais velho olhou para as mãos do omega, curioso com o que havia sido enrolado tão cuidadosamente em um tecido, mas não cabia a si questionar, apenas servir e obedecer.

Outro fato curioso, Sr.Kim saiu cedo para o cartório, aparentemente com a intenção de oficializar um documento importante.

"Senhor, seu pai mandou que lhe fosse avisado que sera feito um jantar hoje, e ele tem sua presença como essencial"o homem disse, e Taehyung conteve sua vontade de bater na própria testa.

Com certeza tinha algo haver com o tal novo pretendente, já que em jantares onde haviam socios ou amigos, seu pai não exigia sua presença, na verdade até preferia que ele nao comparecesse, afinal Taehyung ja não era tão jovem e ja deveria ter um marca e ao menos um filho.

De qualquer modo nao era como se ele tivesse a ambição de jantar com um bando de engravatados que quando o citavam no assunto era para o reprender, ou tarados que faziam questão de citar seu cios.

E ele sempre tinha uma resposta excelente na ponta da língua.

  Esta querendo passar o cio comigo? pensei que ja fosse comprometido...ele dizia de forma inocente.

  Eles sempre ficavam constrangidos e mudavam de assunto.

Se virou em direção ao corredor, porém parou em uma das portas, observando a mulher que dormia sobre a cama.

Engoliu o seco, contendo sua vontade de dar um longo suspiro.

As coisas podiam ser diferentes.

Após um breve silencio, ela;surpreendendo ao filho, falou.

"Querido, é você?"sentiu um amargor na garganta, é claro que ela sentiria seu aroma.

Ele se aproximou, não havia mais como fingir que não estava ali.

Se sentou na ponta da cama de casal, do lado da mulher, que com muito esforço se virou, querendo ver o rosto de seu filho.

"Como esta se sentindo, mãe?"perguntou, tocando as mãos gélidas dela, que estava tão magra, ao ponto dele sentir a elevação de suas veias e a rigidez de seus ossos, ele não conseguia olhar em seu rosto, porque sabia que se o fizesse, seus olhos se encheriam de lágrimas.

Era deprimente.

"Nada novo sobre o sol"ela deu um sorriso fraco, falava de forma lenta e com dificuldades que pronúnciar as palavras, ele não entrava muito naquele quarto, porque não conseguia ser como Nabi, que tocava Violino para a mãe, ou dormia ao lado dela, lendo um romance; como ela fazia para a jovem na infância, ou como Junmyeon, que se sentava na cadeira em frente a cama e contava como havia sido seu dia.

Era um filho horrível, sabia disso.

Toda vez que entrava ali, sentia uma imensa vontade de chorar, não conseguia aceitar o estado terminal dela, não era justo que uma pessoa tão doce e boa acabasse assim.

Ficava procurando alguém para culpar...

Durante sua pré-adolescência, isso quando Jennie ainda morava na casa, os dois passavam horas e horas desenhando como seriam seus futuros alfas, o garoto adorava imaginar que ele seria alto, gentil, e muito bonito, e se fosse uma Alfa, sempre a imaginou com olhos meigos e um sorriso gengival.

Ele tem que ser forte que nem o papai. era o que gostava de pensar.

Mas quando sua mae começou a adoecer, e ele viu a indiferença nos olhos do homem, foi como se tudo que ele acreditava disse uma farsa.

Cortejo- Jjk+kth Vkook taekook ABOWhere stories live. Discover now