Capítulo 15

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Carla
Quando eu finalmente pensei que iríamos nos beijar, fomos assustados com os gritos do Tierry.

Tierry: CHEGUEEEEEEI, pra fazer vocês chorarem.

Nos afastamos um pouco e Arthur voltou a pegar sua cerveja. E eu estava com mil dúvidas na cabeça.

Carla: Acho que você prefere que eu me afaste né?

Arthur: Nunca quis. -Me olhou com uma expressão triste e sem conseguir me olhar nos olhos.

Carla: Estou falando de agora, acho que você prefere não ser visto não muito perto de mim.

Arthur: Eu sei, e eu estou dizendo que quem tinha problema com isso era você. Eu nunca quis me afastar.

Carla: Sei la, só falei, pois você podia ter algum contatinhos aqui, ou alguma amiga de contatinho e eu não queria atrapalhar.

Arthur: Não devo satisfação da minha vida a nenhuma delas.

Carla: Então quer dizer que você tem?

Arthur: Queria que eu passasse o resto da minha vida esperando uma pessoa que já estava em outro relacionamento. E mostrava pros quatros  cantos do mundo que amava ele?

Carla: Pelo menos eu ainda sou uma boa atriz, e soube enganar todo mundo.

Arthur: Você não o amava?

Carla: Não, era só uma tentativa de fingir pra mim mesma que eu não lembrava de você.

Arthur: Entendi.

O silêncio entre nos durou alguns segundos, quando fomos interrompidos mais uma vez por Tierry.

Tierry: Cadê meu bastião Arthur? Quero ele cantando essa música aqui cmg.

Mesmo sem jeito Arthur caminhou em direção ao palco.

Tierry: Rapaz, pensa em dupla boa, é eu e esse Arthur, bebados, com saudade da loira. A gente se encontrou pela primeira na fazenda do Rodolffo, quando eu briguei com a Gabi, não brinquem não! Eu e esse moleque bebemos e choramos igual duas crianças. Mas essa música que a gente vai cantar agora, foi nosso marco histórico.

Arthur: Rapaz precisava me explanar assim?

Meu coração batia acelerado, a loira era eu?

Tierry: Se reclamar eu digo por quem era, acho que ela ainda tá por aqui.

Arthur: Cala a boca e vamo cantar.

Arthur começou cantando, e no finalzinho eu consegui sentir sua voz embargada.

Joguei as nossas fotos na lixeira
Pergunte se depois esvaziei
Não tive coragem
Tô vendo sempre que me bate saudade
Tô evitando os lugares para não te ver
Tô rejeitando os convites pra beber

Me dói falar em bebê
Bebê era como eu chamava você
Meu coração clonou meu chip
E só pra te avisar
Se essa noite eu te ligar
Não me atenda

Se acaso de madrugada
Chegar algum volta para mim
Hackearam-me, hackearam-me
Dizendo ainda te amo
É alguém que sabe que eu te perdi
Hackearam-me, hackearam-me.

Ele desceu do palco, um pouco tímido e desorientado. Falou com Juliette rapidamente e entrou na casa. Fui atrás, cheguei na cozinha e ele estava bebendo água, pelas minhas contas já havia bebido uns 6 copos.

Carla: Vai secar o garrafão desse jeito.

Arthur: Nem vi que você estava aí. Quer água também?

Carla: Não, vim só ver se eu conseguia falar com você.

Arthur: Pode falar, sou todos ouvidos.

Carla: Sera que a gente podia subir? É um pouco particular.

Arthur: Ah, sim! Podemos.

Carla: Meu quarto está vazio, acho que a gente pode ir lá.

Arthur: Todos estão, afinal tá todo mundo lá embaixo.

Carla: Esqueci desse detalhe. Mas acho que é melhor a Ju e Thais verem você cmg, do que a Sarah que...

Arthur: Nem termina a frase, por favor.

Subimos em silêncio, tranquei a porta, é óbvio. Ele se sentou na cama, enquanto eu permaneci em pé.

Arthur: O que você tem pra me falar é muito urgente?

Carla: Você tem algo importante pra fazer lá embaixo?

Arthur: Não, na verdade é aqui em cima mesmo.

Carla: O quê?

Arthur: Isso aqui. -ao concluir a fala, ele me beija.

Comentem.

sempre foi você...Where stories live. Discover now