Capítulo 1

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POV : NOAH.

Um ano atrás

Uma vez, me disseram que os momentos que passamos em nossa vida não são medidos pelos instantes que respiramos, mas pelos quais perdemos o fôlego.

Bem, eu concordo com isso totalmente.

Durante cada segundo da minha vida, fui guiado por grandes emoções. Fortes, intensas, impensadas e irracionais. Uma batida do coração e eu já estava beijando uma desconhecida; um fechar das pálpebras e a inspiração para uma nova música surgia; um falhar na voz e não havia como fugir: eu estava arrasado. Todos os memoráveis segundos entre a dor e o prazer que ditam as lembranças que são postas no mural da vida.

Mas havia algo errado.

Há muito tempo, meu coração não batia por alguém. Há muito tempo, a música não encontrava o caminho até a minha alma. Há muito tempo, eu me sentia amargurado e talvez cansado demais para ver colorido onde o mundo só pintava em preto e branco. Isso poderia ter a ver com o meu recente divórcio, porém, um vestígio de consciência me dizia que a influência das reações que a vida oferece não tem absolutamente nada a ver com quem você coloca nela, mas com as atitudes que você toma.

Quando partimos de nossas casas pela manhã e pegamos a rua à direita, tomamos uma decisão. A cada decisão, nos deparamos com um novo cenário com inúmeras variáveis. Quando conheci minha ex-esposa, tão deslumbrante naquele evento beneficente, estava ciente de que, se eu conversasse com ela, algo poderia acontecer. A iniciativa de dar o primeiro passo ia me levar a dois panoramas e, por sorte — ou azar —, Sina se interessou pelo ponto de vista romântico da coisa.

Em um piscar de olhos, me encantei.

Não de propósito, não porque eu quis me encantar, apenas porque era fácil demais olhar para ela e querê-la pra mim. Cabelos loiros, curtos, olhos cor avelã, curvas interessantes e sotaque levemente alemão. Atraente, sem dúvida. Ótima conversa, incrível opinião sobre as questões do evento, bom gosto musical e excelente paladar para bebidas.

Acontece que isso tudo mudou a minha vida. No momento em que me decidi por aquela mulher, Virei a dose de uísque e deixei que o líquido amadeirado zombasse da minha solidão. Eu não ia ser amargo sobre isso. Por mais que Sina tivesse ido embora há alguns meses, não seria um fodido filha da puta que sofre por gostar de alguém. Até porque aquilo não era amor, era? Não, não era. Um relacionamento fadado ao fracasso e ao interesse financeiro não pode ser amor.

Para ser amor, precisa acontecer entre as duas pessoas simultaneamente. Não precisa ter anos de duração, mas, se houver a faísca, a fidelidade, a durabilidade do sentimento, você pode se jogar sem pensar em puxar um paraquedas. Amar precisa ser com o corpo todo, com a alma completa e o coração entregue. Nada de amar mais ou menos, amar pela metade, amar apenas de segunda à quarta. Isso não existe. Sina não me amava com tudo o que tinha. E por que o faria?

Em sua cabeça, seu objetivo eram as notas de cem dólares. O meu?

Eu queria alguém que me completasse, que não tivesse medo da minha fama, que pudesse me amar além da porcaria financeira e da distância. Tinha que ser alguém que suportasse a minha mudança de humor, que variava apenas do cômico para o cara ligeiramente romântico... E, se eu não me engano, mulheres gostam disso, não é?

Talvez a bebida estivesse mexendo com o meu bom senso e a minha capacidade de pensar direito. Talvez eu só estivesse tão solitário, que preferia criar monólogos filosóficos sobre o amor e a capacidade que algumas pessoas têm para amar. Talvez eu só fosse um músico que estivesse sofrendo uma crise existencial. Quem se importa? Jogando a verdade em uma rodada final de cartas, ninguém se interessa se você sabe o que é o amor, se você sofre por ele ou se você vai viver para sempre sem conhecê-lo. As pessoas só querem viver.

Falling in love... Again 🔞 - UrridalgoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant