CAPÍTULO 13

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POV S/N

Como alguém podia viver assim.

A qualquer momento ele me deixaria. Eu podia sentir. Tê-lo era pior do que sonhar com ele. Era agonizante não ter certeza do seu amor.

Desde que ele chegara em casa as seis eu me tranquei em meu quarto. Não queria vê-lo ir. Era frustrante saber que haviam mulheres como Sina Deinert. Tão bonitas e atraentes, e eu era uma adolescente. Mas eu não queria perder Josh.

Eu não ia.

Lutei contra as lágrimas, mas quando ele forçou a maçaneta e me chamou, covardemente corri para o banheiro. Se eu o visse confessaria meu amor e imploraria para ele não me deixar.

Mas eu tinha que manter as dicas de Vic. Nunca encontrá-lo quando eu me sentia abalada pelos meus sentimentos. Tinha que me preparar para vê-lo quando ele chegasse mais tarde.

Eu podia suportar algumas horas. Mesmo que fossem as horas mais longas da minha vida. Voltei para o quarto quando ouvi seu carro saindo e peguei as roupas esperando que ele ainda me quisesse quando voltasse.

Fui até seu quarto e guardei algumas roupas em seu armário e senti lágrimas em meus olhos. Eu sonhei tanto com esse momento, e agora talvez nem durasse.

Eu e Joalin nunca pensamos que Josh com sua beleza devia atrair várias mulheres. Eu nunca me preparei para enfrentar o ciúme que me corroia.

- S/a? – ouvi a voz de Ana e ela me olhava com pesar. Ela estava perto da porta e quando me viu veio até mim.

- Oh Ana... – eu chorei e ela me abraçou. Levou-me até a cama de Josh e se sentou deitei a cabeça em seu colo, sentindo seus dedos em meus cabelos.

- Eu sei que você nunca teve um tempo com sua mãe. Sabe só para sentir o carinho de uma mãe. Mas eu estou aqui por você querida. – chorei mais lembrando de Fernanda. - Não chore querida. Pode me dizer o que há de errado. – eu funguei e suspirei.

- Ele não me ama. – ouvi seu riso baixo. De alguma forma eu sabia que Ana sempre soube como eu me sentia com relação a Josh. E sabia que ela não me julgaria.

- Sabia que desde a morte de Fernanda ele nunca trouxe ninguém aqui.

- Mesmo? – ela sorriu e levantei para encará-la.

- Sim. Ele nunca se abriu para ninguém e ele está fazendo isso agora. Eu não aprovo nem desaprovo o que vocês estão fazendo. Mas eu vi meu menino sofrer durante anos e pela primeira vez eu vejo seus olhos brilharem, e se você é a causadora eu só fico feliz.

- Mas há tantas mulheres... – ela sorriu e afagou meu rosto.

- S/n, Josh não é assim. Mesmo antes de Fernanda, Josh sempre foi discreto. Ele nunca foi mulherengo. – eu dei um sorriso fraco, não querendo enchê-la com meus temores.

- Obrigada. – sussurrei e ela beijou minha testa.

- Sempre que precisar. Vai querer jantar? – eu neguei a ultima coisa que queria era comer.

Ela suspirou e me deixou sozinha.

As horas se arrastavam e continuei remoendo meus medos de perdê-lo. Até ouvir o barulho do carro. Podia ser Sofya, mas eu sabia que era ele. Sequei meu rosto rapidamente e engoli o choro.

Desejo Proibido Where stories live. Discover now