capítulo 3.

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Chego numa pequena trilha de terra, lá haviam mais duas entradas de cada lado, todas acabavam na floresta. Sigo a estrada no meio e acabo nela, seguindo rápido eu a atravesso, vejo um pequeno vilarejo, casas antigas e algumas abandonadas, em ruínas e uma bluma que faziam me arrepiar. Paro de andar rápido quando vejo uma sombra passar pela porta da frente, um choramingo baixo e logo depois batidas, o medo some de mim, e a coragem toma o lugar, pego a adaga e a empunho, jogo a bolsa no chão e subo de vagar as escadas que levavam a varanda, abro a porta de madeira velha e corroída por cumpins. Logo mais a frente, vejo uma garota, cabelos idênticos aos meus, os olhos brilhavam por causa das lágrimas, nossos olhares se encontram e ela fica imóvel. Vejo que estava amordaçada, seus pulsos unidos por um fio de telefone e os tornozelos presos por uma corda, estava jogada no chão junto a parede.
Ela deixa escapar um grunido de dor quando se meche, olho em volta e vejo outro vulto na cozinha, vou rápido até ela.
- Calma, não vou te fazer mal.
Solto o pano da boca dela e desamarro as pressas ambas as coisas que a prendiam. Ela se levanta.
- Valeu - sussurra e vai até a mesinha e pega uma adaga... Idêntica a minha, eu não havia notado ela ali, mas minha expressão de espanto lhe causou curiosidade.
Pego minha adaga e ela olha com a mesma expressão.
- Vamos acabar com isso. - eu digo.
- Espera... Ele não é humano... Está possuído.
- Possuído?
- Sim.
Não da muito tempo boquiaberto, afinal, que papo era aquele?  quando o homem surge na porta do cômodo tudo que eu acreditava havia se ruido a pó, ele buscava o olhar em nós duas e Bufara, seus olhos completamente negros e vazios veias negras pelo seu rosto e algumas até estouradas. A garota não perde tempo e investe contra o homem, a adaga raspa em seu braço, e de lá sai uma luz vermelha, não era sangue, apenas um brilho vermelho translúcido. Caio na real e invisto contra ele também, cravando a adaga em seu ombro, aproveitando o momento em que ele estava destraído. O homem cai no chão e a garota crava a adaga no coração dele. Outro brilho vermelho e um fogo que começa a crepitar onde ele estava, o fogo queimava rápido consumindo o corpo.
- Vamos sair logo daqui! - ela grita indo pra porta.
Eu a sigo, não da tempo de pegar minha bolsa na varanda, pois o fogo nos manda pra longe, nos fazendo cair no chão a uma distancia de 5 metros da casa.
- Que foi isso? - meu peito doía a cada palavra.
- Um demônio... - ela se levanta e me ajuda a levantar também, seus olhos correm até meu pulso e ela a solta, seu olhar espantado, seu rosto pálido e boquiaberta. Olho para meu pulso e entendo, ela havia visto minha marca de nascença, no meu pulso, havia o que parecia ser uma estrela um pouco maos escura que minha pele, ela coloca nossos pulsos juntos, e eu também fico no meu estado de choque... Nossos pulsos se encaixam e uma ardência surge no local da cicatriz, vejo que os olhos dela ficam completamente brancos, logo depois os meus também, sinto lufadas de ar e tudo rodando rápido. Tudo para.
Olhamos juntas para nosso pulso e lá estava, um pentagrama em tinta negra.
- Nos somos... Irmãs?
- Parece que... Sim, eu te encontrei... SORAYA EU TE ACHEI!
ela fala num tom incrédulo e auto e eu não sabia o que estava acontecendo.

Nightmare (Atualização)Where stories live. Discover now