Capitulo 10

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A noite passou rápida, eu sonhava tranquilamente, meu sono foi o melhor em muitos dias.
- Acorda flor
- Só cinco minutos vaaai. - Resmungo e Megan puxa meu cobertor e me fazendo cair - Puta merda Megan
- Amor de irmã... Senti falta disso, e Bom dia pra você também - ela da risada e vai até a mala a arrumando - Vamos, acabei de ver uma noticia no jornal, coisa suspeita
- O que?
- Conhece a ponte de Nazaré? Ela não tem esse nome pela santa, e sim por uma senhora que se jogou da ponte após ter um colapso mental.
- Nossa, e o que esta acontecendo na ponte?
- Terceira pessoa que se joga da ponte em três dias.
- Pode ter alguma ligação com Nazaré?
- Creio que sim, almas que tiveram mortes por suicídio e morreram com angustia, costumam fazer as pessoas cometerem o mesmo ato que elas.
- Vamos pesquisar melhor, tem as identidades?
- Sim - Ela tira duas identidades com distintivo e me entrega - Mostra rápido, a estrela da sua identidade esta meio danificada.
- Espero nao me ferrar nessa
- Eu também
Dou uma olhada na identidade.
- Por que coloca nomes difíceis?
- Qual é o seu?
- Anally Monteiro.
- Nossa esse foi estranho
- Quem faz essas identidades?
- Não posso falar, aposto que você vai atrás dele e o estapiar
- Magina - Faço uma cara de retardada e ela ri - Vamos logo
Ela olha o nome
- Agora sou eu que vou bater nele.
- Qual é o seu?
- Maria das cruzes
- Sério? - Começo a rir muito, até coloquei a mao na barriga para enfatizar. - Vamos logo senhora das cruzes
- Vou bater nele.
- Calma ai parça
- Vou estrangular ele
- Deixa pra fazer isso com os demônios - puxo ela e a mala pra fora - Agora vamos
Derrubo o Castiçal sem querer e ela fecha a porta rápido
- Mais desastrada que eu? Achei que era impossible
- Vamos logo, a ponte fica muito longe daqui?
- Na rua de trás.
- Cruzes
Ela olha pra mim.
- Entendi a referência.
- Vamos logo Steve cruzes
- Para com a palhaçada - Ela torce o nariz para não rir.
- Desculpa se eu sou zueira never ands
- Ah vai te catar menina
Entramos no carro rindo e ela da partida.
~~~
Chegamos no local onde várias viaturas da policia estavam reunidas, havia uma equipe de busca pelo corpo no rio e outra equipe de investigação vasculhando o carro da vítima, uma equipe de telejornal e policiais os afastando da cena.
- Para trás senhoritas. - Um policial nos empurrava.
- Somos do departamento de suicídios de Nova Iorque
Mostramos as identidades rapidamente e ele resolve pegar justo a minha para conferir.
- Anally?
- Pais criativos - sorri forçado e pego a identidade dele novamente.
- Podem passar.
Megan e eu passamos por debaixo da fita policial e vamos até o carro, a primeira coisa que acho me chama a atenção, um liquido negro espesso preso ao volante, parecia gosma e tinha um cheiro péssimo.
- Enxofre.
Megan aparece atrás de mim e passado dedo naquilo.
- Os demônios presos a terra costumam soltar isso.
- Que nojo.
- Pois é, agora sabemos que ela pega as vítimas no carro mesmo.
- Tem mais alí. - Aponto para o banco do passageiro.
- Vamos ver os relatos da historia dela, deve ter algum parente ainda vivo e que não tenha alzheimer.
- O marido ainda esta vivo.
- Como sabe? - Megan me encara.
- Eu o vi... Ou foi sonho? Não me lembro bem.
- Ah sim... Vamos na biblioteca da cidade, aqui não tem internet.
- Vamos - Digo ainda intrigada pela falta de memória.

Chegamos na biblioteca e passamos a noite toda procurando em relatos da cidade de 20 anos atrás, jornais velhos e cartas estaduais... Não achamos basicamente nada, alem de um alergia nasal.
- Ah vamos embora, não tem nada.
Megan diz irritada e coçando o nariz.
Bem nessa hora pego em uma folha solta no jornal e abro, a matéria da morte de Nazaré McPherson estava na capa, lemos a matéria descobrimos duas coisas importantes, ela havia perdido o marido para uma mulher e havia suspeitas de homicídio culpando a mulher, a segunda coisa... Havia um diário, um diário na delegacia da cidade, torciamos para que esse diário ainda exista lá, ele nos levaria ao ponto mais forte da questão.
Era 09:00 da manhã, megan roncava no banco do passageiro e eu dirigia até a delegacia. Ouço o barulho de alguém se engasgando e olho para o lado, megan havia engolido um mosquito.
- Ah meu Deus, Megan!
Paro no estacionamento e chacoalho ela na esperança dela acordar, maos começo a rir.
- Para de rir da desgraça alheia - Ela diz depois de cuspir pra fora do carro o mosquitos atrevido
- Melhor não dormir mais de boca aberta.
- Você fala dormindo, Deus sabe o que deve ter passado por essa sua boca
- Vamos logo Cruzes
- Se fizer essa piadinha de novo eu te Bato
- Sim senhora - Dou risada e descemos do carro.
Após entrarmos na delegacia, um homem baixo de idade entre 50 e 55 anos, nos atende na recepção, ele vestia a farda azul e preta policial e carregava os bolsos com algemas.
- Senhor? - Megan chama a atenção dele com um sorriso simpático, quem a conhecia sabia que era falso, Megan não sorria assim.
- Senhoritas, em que posso ajudar?
- Queremos saber sobre o caso de Nazaré McPherson.
- O que querem exatamente?
- Soubemos do diário dela, e que ele estava aqui, é para um trabalho da faculdade - Megan mentia tão fácil, Parecia muito experiente.
- Ah sim. Sinto informar, mas o diário foi queimado, Nazaré tinha 3 filhos e eles queriam queimar tudo que trouxesse lembranças ruins da mãe
- Sabe onde podemos encontra-los?
- Eles moram na casa da mãe, Uma menina e dois meninos.
- Quantos anos?
- Um menino tem 24 e os outros dois são de menores.
- Ah sim. Tem o endereço? Ajudaria muito
- Isso fica entre nós. - ele suspira e olha em volta checando se havia alguem ali, tira um papel de um bloco amarelo e escreve algo nele, entrega para Megan e volta a carregar os bolsos
- Muito obrigado senhor

Nightmare (Atualização)Where stories live. Discover now