seven

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não se esqueçam de votar<3

𝐄𝐑𝐀 𝐃𝐎𝐌𝐈𝐍𝐆𝐎, 𝐄 𝐄𝐌 𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 os domingos Takashi não faria nada o dia todo. Talvez passasse na casa de sua mãe visitar as irmãs.

Não tinha compromissos com a Toman hoje, então pensou só em ficar na cama o dia inteiro sem se importar nas consequências que teria mais tarde.

Lembrou-se da garota que ficou ontem a noite, percebendo que ela provavelmente já havia ido embora de sua casa. As vezes fazia esse tipo de burrada quando bebia mais do que o esperado. Flashbacks da noite anterior passavam em sua cabeça até que ele lembrou de ter encontrado a mesma garota em que levou para casa naquela fria manhã.

Na verdade, ele talvez nunca falaria com ela se não tivesse bebido.

Percebeu sua presença na festa no momento em que passou os olhos na multidão e a viu dançando - na verdade era impossível não vê-la, ela era irreconhecível e simplesmente brilhava no meio das outras pessoas. Ela parecia estar bem e animada, diferente de como a viu no parque. Se havia a visto uma vez antes daquela, então por que se importava tanto?

Na verdade, não achava que a palavra "importar" se encaixava bem na situação.

Agora tinha o número dela, então podia ligar para a mesma a qualquer hora do dia.

Qualquer hora do dia.

Olhou para o relógio em sua escrivaninha, vendo ser onze da manhã. Estranhou o fato de ter acordado cedo, tendo em vista que foi para casa quatro horas da manhã com aquela garota de cabelos pretos que se juntou a você no bar.

Foi para o andar de baixo de sua casa, com destino a cozinha. Quando chegou lá se deparou com a moça de ontem, mesmo tendo achado que ela já havia saído de sua casa há muito tempo.

Seus longos e escuros fios de cabelo estavam amarrados em forma de um coque bagunçado e ela tinha os olhos para a frigideira, onde fazia algumas panquecas. Ele não ligou pelo fato dela ter se sentido em casa.

- Bom dia, você precisa de ajuda? - disse dirigindo a palavra a ela.

- Bom dia, meu amor - a garota disse desligando o fogo, colocando a última panqueca no prato - já terminei.

- Acordada a muito tempo? - perguntou se sentando na cadeira e sendo servido pela garota, sem ao menos ter pedido ou algo assim. Mitsuya odiava ser grosso com as pessoas, mas só queria mandar ela ir embora.

- Não muito - ela respondeu se instalando na cadeira a frente do homem - sua casa é muito grande - ela comentou tentando ter algum assunto com o homem que comia em silêncio.

A casa na verdade era uma mansão, o que ele achava um exagero por conta de morar só.

- É - você respondeu após uma garfada.

- Você dormiu bem, gato? - ela o olhou fixamente com um sorriso malicioso em seus lábios, que ele preferiu ignorar a existência.

Mitsuya nem ao menos se lembrava do nome dela.

- Claro. Uns caras da manji vão vir aqui hoje, não acho bom que você fique - tentou ser o mais delicado possível com a mentira que havia contado.

- Tudo bem - ela afirmou servindo-se e parando de ter qualquer assunto com o mesmo.

Takashi sabia que era uma situação chata e odiava precisar fazer aquilo.

O resto do que era pra ser o café da manhã foi silencioso, não que qualquer um dos dois se importasse tanto assim.

Ele a implorou para não se importar com a sujeira que havia deixado, ele poderia cuidar disso, como sempre havia feito. Ela cedeu e finalmente foi embora de lá.

De alguma forma, Mitsuya havia ficado com a consciência pesada.

Ele acabou nem saindo de casa e como o sono não aparecia ele decidiu enviar a tão esperada mensagem. Afinal, ele podia enviar a qualquer hora.

Ao sentir o curto toque de notificação em seu aparelho eletrônico, [Nome] o tirou de seu bolso da calça. Você não fazia ideia que de horas eram, mesmo tendo consciência que o Sol já havia deixado o Japão. Você olhava para a escuridão que se seguia nas ruas em que você andava.

Você andava e andava, como se estivesse procurando algo, e talvez você estava. Precisava de algo para fazer, não importa o que fosse. Precisava ocupar sua mente, o lugar mais barulhento em que você já esteve.

Seu celular marcava 22:02. Você não sabia que havia passado tanto tempo assim.

Viu a notificação de uma nova mensagem chegar em seu celular. Era um número desconhecido.

Você sabia exatamente quem era.
Não iria o responder, não agora.

Você sentia falta da raiva. Sentia falta da tristeza. Sentia falta do medo. Sentia falta de tudo. Sentia falta de como as coisas eram antes. Sentia falta. Sentia muita falta.

𝐒𝐇𝐈𝐍𝐄 | Takashi MitsuyaOnde histórias criam vida. Descubra agora