Dui

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"You should think about the consequence
Of your magnetic field being a little too strong
[...]
You're so cool, it makes me hate you so much (I hate you so much)
Whisky on ice, Sunset and Vine
You've ruined my life by not being mine
"
Gorgeous, Taylor Swift


Londres, Inglaterra, 1924

A família Barbosa Veloso Alighieri de Resende desembarcou em Londres para o casamento de Tommy Shelby. Maria Clara estava satisfeita porque, depois de dois anos, poderia mostrar aos pais e aos irmãos que se tornou uma "mulher de negócios"... Claro, dentro das proporções daquela época. E, assim como Michael, Marie também era uma Blinder (algo que esconderia deles a qualquer custo). Ela não se aventurava em nenhum dos serviços da gangue, mas em qualquer lugar que fosse, todos sabiam que estava sob a proteção dos Shelby.

-Marie, eles podem ficar aqui ao invés do hotel. – Ada sugeriu pela quarta vez. – não será nenhum incômodo! A casa é gigante e só estamos Karl e eu.

-Não, não. – Maria Clara negou. – prefiro meus pais longe. Já basta o motivo pelo qual vieram! Quando mamãe colocar os olhos nos meninos, mudará de personalidade. – riu, mas estava preocupada. – homens solteiros e mães casamenteiras não podem cruzar caminhos, principalmente quando elas estão furiosas por você cancelar um noivado.

-Isso foi há dois anos!

-Ela não superou. – Marie riu. – e por Robert permanecer solteiro, isso a magoa ainda mais.

-E você? Já superou?

-Claro que sim. – assentiu, terminando o chá. – sou muito mais feliz em Birmingham do que seria aqui, com Robert. Só preciso que minha mãe entenda que não desisti de casar, é que não quero fazer isso agora. – Marie encarou a janela. – a Shelby Company precisa de mim desocupada.

-Bem, é verdade. – Ada concordou.

Antes que continuassem a conversa, a campainha da casa de Ada tocou. Maria Clara não sabia quem Ada estava esperando, porém tinha certa ideia. Tommy estava em Londres para se encontrar com Churchill, e depois se reuniria com outras pessoas para resolver questões que não competiam à Shelby Co. exclusivamente.

Acontece que a pessoa que chegou não era Tommy, e sim, Polly. A mulher havia acabado de sair da costureira, pois era sua última prova de vestido para o casamento... E junto à ela, vinha Michael. Ele entrou no cômodo como se fosse dono do ambiente e dirigiu um sorriso debochado para Maria Clara antes de acender um cigarro.

-Sério, Michael? – ela rolou os olhos.

A maioria das pessoas evitava fumar perto de Marie, mas Michael... O imbecil maravilhoso... Ele fazia questão de fumar perto dela.

De quase usá-la como cinzeiro.

-Michael, olhe os modos. – Polly chamou sua atenção. – olá, querida. Ansiosa para rever os pais?

Estava claro que Polly parecia aflita. Desde que conhecera Marie, sentiu algo próximo à um carinho maternal, principalmente porque a dor de saber que Anna estava morta ainda era palpável. Como ela e Michael tinham a mesma idade, e Tommy os colocou no mesmo departamento fazendo diversas coisas juntos, Polly não conseguiu evitar imaginá-la como uma segunda filha. Não a substituta de Anna, mas uma nova garota para que tivesse outra chance de ser mãe, e então, fazer tudo o que não pôde fazer com Anna.

Marie gostava muito da senhora, até porque todos diziam que Polly não era amorosa facilmente, porém ganhara todo seu afeto em um piscar de olhos.

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