BÔNUS

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Fernanda Prado
(3 semanas depois)


Eu não poderia estar mais feliz, apesar de todo o ocorrido, agora está tudo bem. Quase 1 mês também né.

Aqui em casa está tudo indo bem, depois daquele episódio com o meu pai, nunca mais vimos eles.

Minha mãe só anda dentro de casa, a gente tenta tirar ela de casa, mas ela continua mesmo muito mal, então demos um tempo.

Minha irmã que anda saindo muito, na verdade ela anda mais na rua que em casa, rua quer dizer casa da Nega, maior love manas, só deu o tempo de uma semana e ela já foi pra lá.

Eu vivo perguntando se ela tá namorando ou algo assim, mas quem disse que ela responde!? Um sonho, a real mesmo é que nem ela sabe.

Eu só rindo elas vivem pra cima e pra baixo, não se desgrudam.

Eu to ótima! Vivendo e aprendendo, eu não penso em mais nada, a não ser o bem estar do meu filho ou minha filha, sim... Não sabemos o que é ainda, aliás vou ver hoje.

Tenho esse negócio de preferência não, o que vim está mais que ótimo. Tem gente que realmente quer escolher, fica até "triste" se não vem o que eles queriam, eu fico chocada, pra mim isso é uma das coisas mais ridículas.

Nathalia: Vai logo fia, quero saber logo - como sempre, me apressando.

Fernanda: Nossa como você é chata em - dei uma ajeitada no cabelo - a mãe vai?

Nathalia: Vai sim, mas só eu vou entrar com tu.

Fernanda: Vamo logo - Peguei o celular e sair do quarto.

Falando em quarto, tá a coisinha mais linda o do meu neném, pelo menos a decoração tá tudo certinho.

Caminho todo até o hospital eu fiquei nervosa, eu já fiz outras ultrassom, mas essa eu tenho quase certeza que vai dar pra ver.

Passamos na recepção eu já estava suando frio. Sentamos nas cadeiras que tinha lá e esperamos a médica chamar.

Nathalia: Irmã fica calma - segurou minha mão.

- Fernanda Prado! - já levantamos indo em direção da sala.

Fernanda: Boa tarde - entrei na sala junto com a Naty.

- Boa tarde, pode se deitar naquela maca, e levantar o vestido - fiz o que ela pediu.

Ela ficou fazendo os negócios que eu não entendia nada pô, mas ela falou falou falou e eu só queria saber o sexo do neném.

- A mamãe quer saber o sexo do neném?

Fernanda: Tô ansiosa pra isso - ela assentiu e começou a mexer no negócio, dando alguns detalhes sobre o neném, dava pra ver certinho, lógico não dava pra ver muitos detalhes, é apenas uma ultrassom em um hospital público.

- O que a gente tem aqui...

Nathalia: Eu acho que é uma menina - falou com um sorriso, maior que a cara, ela estava gravando, eu nem tinha visto.

- É uma menina! Uma princesa - na hora eu chorei.

A louca da Nathalia começou a gritar dizendo que acertou e a médica morrendo de rir dela.

Mas na hora eu me lembrei do dia que eu estava com o Thales e ele me disse que queria uma menina, ele estaria muito feliz nesse momento.

Eu queria que ele estivesse aqui, juntinho, comigo, mas sei que ele está vendo de algum lugar que o sonho dele se realizou.

Nathalia: Irmã eu vou ter uma sobrinha, eu não tô acreditando nisso não, aiii meu deus, vai ser minha boneca, vou levar pra todo canto, sim! - me abraçou.

A médica falou mais algumas coisas e logo dispensou a gente com alguns papéis, e dando mais algumas informações, que só a Naty prestou atenção, eu sinceramente estava com a cabeça na lua

Sai da casa com a Naty dizendo o quanto já amava a sobrinha.

Mãe da Fernanda: Me fala logo gente - se levantou assim que viu a gente.

Fernanda: É uma menina mãe, tu vai ter uma netinha - ela me abraçou apertado e comemorou junto com a Naty.

Depois que o momento melação passou, fomos embora do hospital.

Eu fui em direção a casa da mãe do Thales, eu estava ansiosa pra falar pra ela.

Essa sim, independente de tudo nunca me abandonou, sempre estava me dando apoio, muitas vezes me ofereceu até dinheiro, eu não aceitei lógico!

Fernanda: Só conta pras pessoas mais próximas viu Nathalia - ela me olhou com a cara de ofendida - isso aí, eu sei bem que do jeito que você tá, é capaz de sair gritando pela favela, te orienta viu!?

Nathalia: Pode deixar sua chata, mas tu tem certeza que quer ir sozinha pra lá? - assenti dando um abraço nela já me despedindo, falando que depois eu ia pra casa.

Segui meu caminho, sempre com algumas pessoas me encarando, outras já chegavam querendo tocar na barriga e eu só queria chegar lá logo.

Fernanda: Dona Hilda! - gritei no portão dela batendo palma - dona Hilda!

D. Hilda: Ooh minha filha lembrou que eu existo garota? - apareceu abrindo o portão - entra aí.

Fernanda: Olha o drama viu dona - abracei ela rindo.

D. Hilda: Tem bolo lá na cozinha, tá encima da mesa, bora lá - saiu em direção a cozinha e eu fui seguindo - sem enrolação, vamo logo me contando - pegou os negócios pra tomar um café, ela sabe que eu amo.

Fernanda: Ta abusada em dona - neguei com a cabeça rindo - mas tá vindo aí... uma Netinha bem linda pra você.

Iih gente depois daí só foi choro, falou do filho dela, quase passou mal, eu amo essa mulher e quase matei ela do coração gente.

D. Hilda: Mas você tem certeza? - cortou um pedaço de bolo.

Fernanda: Foi o que a médica falou, eu tô tão feliz.

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FEITICEIRA (Romance safico)Where stories live. Discover now