cap 73

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Nathalia Prado

Eu ainda não estou acreditando que ela voltou!

Eu estava indo pro trabalho, hoje eu fui mais tarde, acordei atrasada, ouvi uns tiros e eu achei que era invasão, já fiquei com medo.

Fui indo pelos cantos, até ouvi um "a patroa voltou porra!" E mais alguns tiros.

Minha perna fraquejou alí mesmo, mas eu segui pra ver se era isso mesmo, ou eu tinha ouvido errado.

Cheguei na pracinha, um monte de gente, fui chegando mais perto e vi minha Nega ali, ela virou pra mim, e eu simplesmente não conseguia me mover.

Não estava preparada, minha mulher ali na minha frente, quando ela me chamou, eu vi um monte de gente me olhando, fiquei toda sem jeito, mas eu fui dar um cheiro nela.

Nem liguei se ela estava suja, só queria sentir ela sabe?

Já tá todo mundo aqui em casa, em um ano que eu conheço ela, nunca vi essa casa tão cheia de manhã.

Só não vai ter nada, nem um almoço aqui, porque o samba vai ser em comemoração, a volta dela.

Fiquei mais afastada, pra mandar uma mensagem, dando uma desculpa, dizendo que não deu pra eu ir hoje trabalhar, porque estava tendo tiroteio na onde eu moro, ele vai ver na televisão mesmo.

Gael: Tu tá feliz né mana? - sorri pra ele - tô vendo esses teu olho aí brilhando, parece que tacou foi glitter - ri junto com a Laysa.

Nathalia: Bixa tu é fogo viu, nem hoje tu perdoa - ele jogou um beijo.

A gente ficou conversando e eu parei pra olhar pra Nega, que tava com a Ana no colo.

G2 disse que ela acordou com os tiros perguntando o que era, e quando ele falou, ela levantou correndo, dizendo que queria ver a tia dela, que estava com muita saudade.

Quando ele disse que só mais tarde, ela abriu o berro, falou que queria ver a tia agora, a Nega acabou pedindo pra Carol buscar ela, G2 tadinho, tinha ficado de plantão e estava muito cansado pra trazer ela.

Gael: Você já pensou em adotar ela? - olhei estranho pra ele - ela se dá tão bem com vocês, por mais que ela esteja lá com o G2 e a mulher dele, ela vive aqui.

Nathalia: Se eu falar que eu nunca pensei, eu vou ta mentindo, já pensei sim, e ainda tô pensando, mas eu achei que ela perdeu a mãe muito recente e tava deixando esse momento dela passar sabe? - ele assentiu.

Laysa: Se eu fosse você e tivesse uma criança que gostasse de mim e da Carol assim, eu já teria levado pra minha casa, desde o primeiro dia.

Nathalia: Mas a Raissa também tava presa, quem sabe agora que ela tá aqui, a gente não conversa melhor, nem com ela eu moro - eles assentiram dando o assunto por encerrado.

Eu estava pensando nisso muito antes deles falarem, até cheguei a conversar com a mãe da Alana, ela disse que tá com a guarda da Ana, mas eu posso adotar.

Mas tem muita responsabilidade no meio, eu amo ela, mas agora tem a Rayane, é como eu falei também, eu nem moro com a Nega, ta! Que eu vivo mais aqui do que na minha casa, mas enfim...

Passamos a manhã inteira só aproveitando o momento ali com todo mundo, era bom ver ela assim, sorrindo sabe.

Deu a hora da gente se arrumar pro Samba, tomei banho com a Raissa, agente não fez nada, só aproveitamos um momento nosso.

Sai do banheiro com ela, passei meu creme de corpo, cheirosa sempre, botei um vestido preto e um short bem curto por baixo, normalmente eu não coloco nada, mas esse fica subindo e eu quero tá confortável.

Uma preguiça de secar meu cabelo, minha nossa... Olhei pra Raissa, que nem tinha terminado de se vestir ainda, com uma cara de pidona.

Raissa: O que você não me pede rindo, que eu não faço chorando - ri e dei um selinho nela.

Enquanto ela foi secando, eu fui passando minha maquiagem só pra adiantar as coisas, acabou que fiz o cabelo dela também, é pouquinho, nem demorou.

Depois de terminar tudo, eu me levantei e peguei meu chinelo slide, admiro muito quem consegue ficar até de noite com salto no pé, fora que depois vai ter baile, não tô afim de não conseguir andar amanhã.

Fui pra frente só pra ver o quanto eu tô gostosa, a autoestima da gata lá em cima.

Senti um tapa na minha bunda estralado, botei a mão em cima e olhei pra Nega de cara feia, que riu.

Raissa: Tá gostosa pra caralho - chegou mais perto, afastou meu cabelo, me deu beijo no pescoço e eu me arrepiei inteira.

Nathalia: Assim você me maltrata - falei baixinho, nem queria sair, respirei fundo com dificuldade, quando eu senti ela subindo meu vestido, mas eu tirei a mão dela - a gente tem que ir vida.

Raissa: Porra... Eu tô com a maior saudade de tu e você estraga meu prazer - ri da cara que ela fez, virei pra trás dando uma encarada nela toda, ta gostosa demais - olha a baba aqui - apontou pro canto da minha boca.

Fui pegar algumas coisas da Rayane, ja coloquei tudo na bolsa, é iam coisas que minha mãe disse que tá faltando.

Minha mãe é outra, se eu confiasse em alguém que vai ficar em casa, eu pagava a pessoa pra ficar com a Rayane, pra ela poder curtir.

Mulher tá livre, é de uma boa idade, mas é lindona, tá bem melhor agora, mas parece que vive prós outros, ela até parou um pouco de sair com a mãe do Pedro.

Todo mundo estava falando que entre elas rolava alguma coisa e elas acabaram brigando, eu fiquei chocada, mas nem me intrometi, nem perguntei, do jeito que ela é? Prefiro esperar ela vim falar comigo.

Coloquei as coisas na bolsa e desci junto com a Nega, o povo tudo falando da demora, não sei porque, a gente espera todo mundo e nem fala nada.

Chegamos lá, estava cheio viu, minha nossa, eu não sei se é porque faz tempo que eu não saiu pra esses lugar, mas eu não lembro de ser assim não.

Já tinham separado uma lugar pra gente, sobrou espaço e eu até achei estranho, parece que estavam guardando pra mais gente.

Nathalia: Por que tem uns lugar vazio, do nosso lado? Da pro povo sentar - falei no ouvido da Raissa.

Raissa: Meus aliados tão vindo aí - assenti.

Ela pediu pra descer petisco e cerveja, é hoje que esse lugar lucra viu.

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FEITICEIRA (Romance safico)Where stories live. Discover now