Questões

78 14 76
                                    


Após ouvir as palavras do humano e apesar da ameaça evidente, todo o sadismo de Alucard vem à tona. E, evidentemente, a criatura patética não sabe o que acaba de dizer, muito menos entende a grande dimensão do que tudo isso significa. Seu inimigo acaba de confirmar o que já desconfiava, seus lábios se curvam em seu sorriso mais ameaçador, com todas as suas presas a mostra na direção do humano, que começa a suar frio ante a presença ameaçadora do Nosferatu.

― Está com medo, humano? – zomba o vampiro, sacando a sua Jackal – Eu o julgaria um tolo se não estivesse.

― E por que eu teria medo de um monstro como você? – diz Philip, se esforçando para manter o tom de voz controlado – Você é apenas um monstro, vampiro! E eu sou o homem desta casa! E que para você fique bem claro que agora, aqui quem dá as ordens sou eu!

― Cale-se, Philip! – ordena Integra – Você pode ser o meu marido, mas eu sou a líder da Ordem Real dos Cavaleiros Protestantes e Alucard é meu servo! E neste assunto eu já disse que você não se mete!

Philip escuta as palavras de Integra com uma fúria evidente. Está pronto para revidar, mas o Nosferatu se coloca entre os dois de forma ameaçadora, claramente pronto para defender sua mestra, sua arma posicionada para dar um tiro diretamente no coração do patife. O vampiro tem seu olhar mais sanguinário, e o humano sabe que neste momento, ele não é capaz de atingir Integra. Um bom jogador sabe o momento certo de se utilizar de uma retirada estratégica.

― Não tenho intenção de dar ordens a seu cachorro de estimação. – dispara o humano – E nossos assuntos, amor, resolveremos a sós, sem a irritante presença deste vampiro.

A Hellsing entende claramente o que Philip disse entre as entre linhas, mas não se deixa atingir nem desabar. Não na frente dele, não na frente de Alucard! O vampiro já anda bem desconfiado de que existe algo por trás de seu casamento de fachada, e não pode dar a ele motivos para investigar a fundo e descobrir a verdade, isto poderia significar a morte de Isabelle, e sua filha é a única coisa que lhe resta. Por ela, por Isabelle, é que deixa Philip fazer tudo o que bem quiser com ela. Pois sua filha é uma criança frágil, e não seria capaz de aguentar nem mesmo um por cento do que seu marido a faz passar.

Alucard também sente uma clara ameaça nas palavras do humano, e continua se colocando entre sua mestra e o homem que ela chama de marido, e deixando bem clara a sua posição ali.

O clima é bastante tenso e pesado, e, Philip claramente sente que o monstro é disposto a tudo por sua mestra, o que só serve para irritá-lo ainda mais.

― Integra, mande seu monstro ir embora. – diz Philip, com uma voz tão fria quanto o gelo – Não o quero entre nós!

― E por que eu faria isso? – Integra não consegue esconder um sorriso de satisfação.

Philip está prestes a responder, mas, a presença de Alucard o impede, e o clima entre os três é da mais pura tensão e o olhar assassino do vampiro lhe dá certo medo, embora tente não demonstrar, mas, nem esta besta dos infernos que se chama Alucard é capaz de lhe tirar Integra.

Sua Integra parece não se importar com sua presença ali, agindo com uma indiferença que faz com que todo o seu ser se exploda em ódio, que precisa ser contido neste momento. O olhar de sua esposa de repente se volta para a porta, que começa a se abrir revelando duas presenças femininas, Seras Victoria e sua filha Isabelle. O olhar da menina se volta para a mãe e o rosto da menina se abre em um largo sorriso, o mesmo sorriso que se estampa nos lábios de Integra ao olhar para a filha.

Integra desce as escadas, sem dar a mínima para a presença do vampiro ou do marido, enquanto sua filha corre de encontro a ela, a sufocando em um abraço apertado.

Festim de SagueOnde histórias criam vida. Descubra agora