Procurar e Destruir!

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Ouvir as palavras desesperadas de Isabelle Hellsing faz a fúria tomar conta de Alucard, todo o seu ódio eclodindo de uma só vez, como um vulcão prestes a entrar em erupção. Sente o corpo trêmulo da menina Hellsing e as lágrimas desesperadas dela molhando sua calça e, para não perder tempo, decide ler a mente da criança para obter respostas mais concretas ao invés de perguntar a ela o que está acontecendo.

Utilizando seus poderes, nem é preciso vasculhar muito para descobrir o que procura. A menina Hellsing se recorda perfeitamente bem de acordar, tomar um banho, trocar de roupa e vai ao quarto da mãe, assim como faz todas as manhãs. Bate várias vezes na porta, porém Integra não dá sinas de estar no quarto. A menina Hellsing então entra no aposento privado da mãe e, para sua surpresa, não a encontra. Encontra a cama totalmente desarrumada e uma arma caída no chão. A criança chama em vão por sua mãe, procura no closet e no toalete, mas não há sinais da presença de Integra. Isabelle deixa o quarto e começa a procurar pela mãe por toda a mansão, primeiro no escritório, depois nos outros aposentos da mansão Hellsing. Começando a se desesperar, a herdeira de Integra procura no último lugar em que acha que a mãe possa estar, no quarto de Philip e, novamente, entra no quarto do pai sem bater. Não encontra nada no quarto do homem, muito menos sinal do pai, e é então que deduz que seu pai levou sua mãe.

― Senhor vampiro...! – a menina Hellsing chora de forma descontrolada – Eu quero a minha mãe...! Quero que Philip a devolva...!

De forma brusca e sem se importar com a filha de sua mestra, Alucard se levanta, fazendo a pequena Hellsing perder o equilíbrio e cair no chão.

― Maldito humano!!! – rosna Alucard em toda a sua fúria!

A pequena Hellsing, ainda caída no cão, olha confusa para o vampiro que não é capaz de conter o ódio. Sente uma estranha sensação, um arrepio em seu corpo só de olhar para aquele ser das trevas! Compreende que Alucard desperta medo em qualquer humano, o vampiro desperta o pior de todos os medos, o medo da morte. Mas... Por mais estranho que possa parecer, ela não sente medo perto dele... Sente-se estranhamente... Segura...!

A pequena loira de cabelos platinados observa os cabelos negros da criatura das trevas voarem enquanto o vampiro deixa vir à tona todo o seu ódio. De repente e, em um gesto que a menina estranha, Alucard estende sua poderosa mão para aquela criança, que é tão parecida e, ao mesmo tempo, tão diferente de sua mãe.

Sem pensar duas vezes, Isabelle Hellsing segura a mão que Alucard lhe oferece e, sem ao menos se dar conta, é levantada do chão pelo vampiro como se pesasse menos do que uma pena.

― Vai trazer a mamãe de volta...? – pergunta a pequena Hellsing.

― Vou. – responde Alucard – Agora venha comigo, há perguntas que precisam ser respondidas.

Sem dizer uma única palavra, a menina segue o vampiro por entre os frios corredores do sub solo da mansão Hellsing, até chegarem ao destino de Alucard, o quarto de Seras Victoria. O lixeiro da Hellsing adentra o aposento de forma brusca, e encontra a vampira dormindo em seu caixão. Sem pensar duas vezes, o lixeiro da Hellsing dá um forte chute no caixão da vampira, fazendo com que ela acorde e se levante de forma abrupta.

― O que...?! Que...?! Onde...? – Seras Victoria questiona olhando de um lado para o outro sem parar.

― O que você pensa que está fazendo, idiota? – pergunta Alucard, sem esconder o tom de desaprovação em sua voz.

― Mestre?! – fala Seras Victoria, ainda confusa.

Imediatamente, a vampira serva de Alucard se levanta de seu caixão em uma velocidade que olhos humanos não são capazes de acompanhar. Ela encara seu mestre, que, olha furioso para ela, enquanto ela não é capaz de entender o motivo de tamanha raiva vindas do imortal a sua frente.

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