Capítulo 9 os caçadores

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Daniel estava diante de um salão sentado sobre uma cadeira próximo a mesa, à sua frente havia variáveis tipos de guloseimas, des das simples torradas até o mais soboroso bolo já feito, e naquele exato momento sentiu o próprio estomago roncar.

Estéfani por outro lado aguardava sentada a uma certa distância de Daniel, nenhuma palavra era dirigida entre ambos, apenas algumas trocas de olhares.

   — Achei que seu pai fosse me interrogar.

Daniel comentou quebrando o silêncio e conseguindo a atenção dela.

  — E vai, — Respondeu normalmente — Só estamos aguardando ele.

  — Entendi — Respondeu sutilmente olhando para o que parecia um banquete digno de rei — me permitiria fazer uma pergunta?

Estéfani olhou para Daniel demostrando uma certa curiosidade.

  — Qual seria a pergunta?

  — Como vim parar aqui?

Perguntou mostrando seriedade.

  — Meu pai nos encontrou e nos trouxe diretamente para minha casa por que? Está preocupado por ter acordado em uma casa estranha?

Estéfani perguntou demostrando um sorriso.

  — Não fazia idéia de que você fosse sarcástica, — comentou fitando-a — na verdade achei que eu fosse acordar em algum tipo de hospital.

  — Tipo GTA? — Estéfani brincou — enfim, brincadeiras a parte meu pai achou melhor nos trazer para casa.

Antes que Daniel podesse dizer alguma coisa o ecoar da porta se abrindo chama sua atenção, e por ela um homem alto passa, seus olhos eram dotados de um castanho claro, a pele porém pálida e o acompanhando uma mulher, seus cabelos eram longos e trajava um belo vestido preto de detalhes orientais.

Atrás deles havia ainda um adolescente que havia herdado as tonalidades da cor dos olhos do pai. Todos que entraram ali se juntaram a mesa.

  — Agradeço-lhes pela hospitalidade. — Disse Daniel olhando para o homem que havia sentado ao lado da mulher — eu me chamo...

   — Daniel, eu sei — disse o homem enquanto passava manteiga no pão — minha filha Estéfani comentou, meu nome é Guilherme, esta é minha esposa Isabela.

  — Espero que se sinta confortável — comentou Isabela sendo simpática.

   — E este é meu filho Harison, — Retomou Guilherme de forma serena — a minha filha você já a conhece.

   — Sim — Disse Daniel — já à conheci, o interrogatório acontecerá aqui?

  — Interrogatório? Não haverá interrogatório, só quero te fazer algumas perguntas.

  — Serei obrigado a responde-las?

  — Sim — Disse Guilherme — e caso recuse a cooperar o tratarei como sendo hostil.

  — Sabe — Comentou Daniel nada surpreso perante a tal ameaça — vendo melhor a minha posição eu posso falar o que sei.

  — Sabias palavras, o que você fazia no Culto Satânico?

  — Não lembro bem, eu fui puxado lá para dentro e chegando lá havia várias pessoas encapuzadas.

  — Seguidores — Concluiu Guilherme porém demostrando dúvidas — o que eles faziam?

  — Eles murmuravam sobre algo, eu não entendia muito bem... Tentei fugir e fui parar em um estranho corredor, — Disse Daniel mostrando a eles alguns fatos — havia vários simbolos estranhos, e foi quando eu ouvi um barulho.

  — Que barulho?

  — Vinha da última cela — Respondeu — depois de muita dificuldade consegui abrir a porta... Porém fiquei tonto derrepente, e acabei desmaiando.

  — Entendo.

  — Por acaso vão prender os criminosos?

  — Quando cheguei lá havia corpos para todos os lado, dos Seguidores só um sobreviveu e me disse algo estranho ao seu respeito.

  — Não me vem a cabeça do que seria.

Disse Daniel demostrando não entender bem.

   — Ele disse que você é um demônio e que havia massacrado todos os seguidores.

  — O QUÊ!? Demônios não existem...

  — Claro que existem — Disse Isabela ao encara-lo, pela tonalidade da voz deixara claro que ela desconfiava de Daniel — des dos tempos antigos.

  — Vocês acreditam mesmo nesta baboseira? Eu sou uma pessoa que fui arrastado por um grupo psicótico de seguidores satanistas — Disse Daniel mostrando estar exaltado — irão mesmo acreditar em um louco com sérios distúrbios psicológicos?

  — É algo que preciso conferir.

Respondeu Guilherme encarando-o, Daniel nada disse por breves momentos, como se ainda estivesse tentando ingerir tudo o que acontecera, até que por fim se acalmou.

  — Você não é um policial, é?

Daniel perguntou o encarando.

  — Eu nunca disse que era, — Respondeu pegando uma pequena carrafa com um liquido icolor — se não for realmente um demônio isso não lhe afetará.

  — O que é isso?

  — Apenas beba.

  — Se eu realmente o quisesse morto seria menos trabalhoso o ter trazido até minha casa e o tratado com medicamentos.

Daniel nada disse, apenas pegou o frasco e em uma única virada bebeu todo o líquido, não havia gosto e muito menos não sentira nada estranho, ao olhar para o frasco notara que no rótulo havia um símbolo, uma Estrela de Davi.

  — Isso é água benta?

Perguntou enquanto devolvia o frasco.

  — Quem são vocês?

  — Somos caçadores — Harison respondeu pela primeira vez, e ao olhar para o pai o notara com um ar de reprovação, porém o ignorara — mantemos a paz entre os reinos, então sinta-se agradecido por ainda estar vivo.

  — Caçadores? — Daniel perguntou, porém com um sorriso de divertimento — Tipo caçadores de fantasmas?

  — Somos apenas caçadores — Disse Estéfani ao dar um gole no copo de suco — e agora que sabe nossos segredos teremos que mata-lo...

  — Ninguém vai matar ninguém.

Protestou Isabela.

  — Onde você mora para que possanos envia-lo de volta?

Guilherme quis saber.

  — Eu não sou mais bem vindo em minha casa — Daniel respondeu ao lembrar de seus pais, uma imagem borrada vinha a sua mente o deixando deprimido — fui espulso de lá.

  — Você não teria algum parente proximo...

  — Eu não tenho ninguém — Disse Daniel — Realmente agradeço a hospitalidade e a ajuda que me deram.

Obrigado pelo apoio!
Daniel levantou-se, e apesar do interrogatório ter acabado sentiu-se a vontade para sair, porém uma voz o impediu.

  — Como você não tem lugar para ir poderia ficar no quarto de hospedes.

Disse Isabela ao olhar para o marido o vendo aprovar a ideia, Estéfani não demostrou uma reação específica e enquanto a Harison apenas demostrou não gostar muito da ideia.

  — Eu não quero ser um problema para vocês....

  — Problema seria você dormir na rua — Disse Isabela — você pode ficar aqui até ao menos encontrar um lugar em que possa ficar...

Obrigado pelo apoio!
Daniel se deixou converser, e no fim acabou aceitando a proposta.


Asas de demônioWhere stories live. Discover now