capítulo 6,

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  Murmúrios.
  Daniel os ouvia quase sussurrantes enquanto vários olhares estavam sobrepostos sobre ele, alguns seguidores deram um pequeno passo para trás trêmulos pelo que aconteceu ao seu líder, enquanto os outros apenas pareciam orar.

  Uma onda de choque foi intensa e Daniel pode sentir uma pressão obscura, um dos seguidores cujo o rosto permanecia escondido sobre um capuz demostrou sentir uma grande agonia, fortes dores pareciam invadir o próprio corpo e num último grito veio o silêncio, Daniel o encarava, o seguidor que antes gritava rasgou o capuz revelando intensos olhos negros e um sorriso avermelhado se formando sobre o rosto do seguidor.

  Vendo ao seu redor Daniel pode ver que os seguidores o encarava como algum besta hostil. O seguidor cujo os olhos negros e um sorriso aterrador aproximava-se de Daniel, o mesmo alongou as asas negras demostrando estar pronto para a luta, porém, na primeira investida contra Daniel o mesmo o segura de forma brutal pelo pescoço e o joga violentamente contra o chão. Tocando na testa do seguidor com o dedo indicador e pressionando um pouco os olhos logo volta ao normal, o sorriso que parecia ter se congelado sobre a face desapareceu.

  — Você é corajoso invocando um demônio para dentro de si — Disse Daniel apertando o pescoço do seguidor — prova de que está disposto a se sacrificar pelos ideais.

  — M... E... Me... Ma... Mat... Mate...

  — Não se preocupe — Respondeu naturalmente — eu irei te matar mas antes...

  Daniel estalou os dedos e em questão de segundos todos os seguidores presentes tiveram suas vidas ceifadas, o único sobrevivente assistiu todos os seus irmãos e irmãs morrerem.

  — Por que queriam invocar o Lúcifer?

  Daniel perguntou porém soltando o pescoço para que pudesse responder as perguntas.

  — Não sei....

  Em um pequeno movimento Daniel quebrou o braço do último seguidor vivo o fazendo gritar com a dor.

  — Respire fundo e mantenha a calma, há muitos ossos em um corpo humano, então irei perguntar novamente, por que queriam invocar o Lúcifer?

  — Tudo bem! Tudo bem eu falo...

  — Isso é som para os meus ouvidos.

  — O nosso líder queria ser o governante do novo inferno que planejava criar, acreditava-se que libertando Lúcifer poderia tornar essa ambição em realidade.

  O seguidor o olhou, o suor descia sobre seu rosto como se estivesse com calor, o corpo tremia enquanto segurava firmemente o braço quebrado em uma falha tentativa de suportar a dor, Daniel o olhava com um certo divertimento e o seguidor que antes o encarava agora sentia medo.

  — Tudo bem — Respondeu engolindo um seco — Queríamos governar o mundo, criar um novo inferno na terra... E a maneira mais simples seria libertando Lúcifer de seu exílio imposto pelo próprio pai.

  O seguido conversou, porém demostrando orgulho e sem arrependimento. Daniel encarou friamente, sua expressão mostrara tamanha raiva ao perder-se em pensamentos sádicos imaginando as coisas que a seita fizera.

  — Quanto?

  — Quantos o que?

  O seguidor perguntou pela primeira vez sentindo-se confuso.

  — Quantas pessoas vocês sacrificaram?

  — Três crianças puras recém nascidas, e duas jovens virgens banhado na água sagradas. O ritual pedia isso como sacrifício...

  — Está me dizendo que... — Daniel segurou novamente o pescoço do Seguidor, seus dentes rangiam demostrando tamanha raiva sobre o que escutara — sacrificou crianças para um propósito doentio?

  O seguidor mau aguentava falar, suas veias pulsavam violentamente enquanto enxergava nos olhos de Daniel a própria morte, algo que o fez esquecer totalmente o braço quebrado.

  — Por... Po... Por quê... Liga????

  — Responda-me — disse Daniel aproximando o rosto do seguidor para mais perto de si —Onde você mantém os prisioneiros?

  — Na... Na última sala daquele corredor... — Respondeu apontando com os olhos — O que fará comigo?

  — É uma ótima pergunta.

  Daniel respondeu. Com o punho cerrado acerta um soco no estômago do Seguidor o deixando com falta de ar e em seguida acerta outro soco na cara o fazendo perder completamente a consciência.

                       . .. ... .. .

  Algumas lâmpadas estavam quebradas e algumas que funcionavam deixava o corredor pouco iluminado, algumas paredes havia estranhas marcas satânicas, marcas as quais nunca havia visto antes. Um barulho havia ecoado pelo lugar, porém não poderia aparecer assim com as asas amostras.

  De princípio pensou em corta-las, mas no fim das contas acabou por desistir da ideia. E foi pensando em como esconde-las que a própria pele começou a arder, as asas pareciam queimar e por mais que tentasse suportar a dor, uns ruídos ainda escapava de seus lábios, as penas das asas negras colavam sobre a própria pele deixando algumas manchas vermelhas em seu contorno. Quando enfim a dor parou Daniel notou que as asas havia se transformado em tatuagens que se estendiam de suas costas até algumas penas parecerem sobre o pescoço.

  Sua visão estava ficando turva, como se tivessem drenado toda a sua energia, usando as paredes como apoio continuou a caminhar, chegando até a porta da ultima cela o abre e vê duas pessoas inconsistente, com a pouca energia que lhe resta se aproxima e os examina. Algo estava drenando eles, roubando suas forças, e num ato de bom samaritano os ajuda removendo a força que os mantinham ali.

  Daniel olhou para a palma da mão sentindo-se tonto, sua respiração começou a ficar pesado e perdendo todos os sentidos desmaiou ali próximo aos prisioneiros que havia ajudado.

Asas de demônioWhere stories live. Discover now