Capítulo 5,o culto

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As vozes invadiam sua mente enquanto o próprio corpo se comportava de forma diferente, uma energia o chamava, e isso fazia seu corpo desaparecer ao poucos.

- Mas que... - Daniel fez uma pausa ao analisar o que poderia estar acontecendo, seus braços e pernas estavam desaparecendo diante dos próprios olhos e a energia que sentia puxá-lo parecia cada vez mais forte - Será que...

Ao dar-se por conta, Daniel encontrava-se em uma sala em que havia pessoas encapuzadas. O cheiro da praia que sentia antes desapareceu e o vento gélido havia sido substituído por um súbito calor.

De princípio se sentiu confuso sobre o ocorrido, até que por fim perceberá um desenho sobre seus pés feito com sangue, pista mais que suficiente para notar que estava no meio de um grupo satanista.

- Finalmente - disse um cara encapuzado, porém vestia um manto roxo escuro e sobre sua testa havia um desenho de uma cruz de cabeça para baixo e sobre a palma da mão um pentagrama - todos os meus reforço, tantos sacrifícios enfim serão compensados... Finalmente consegui invocar o Príncipe das Trevas, o Senhor do Inferno, Lúcifer....

Daniel o encarou, seu olhar sereno passou pelos outros seguidores e notará que duas pessoas estavam sendo mantidos prisioneiros, aparentavam ser um casal de adolescentes.

- Eu não sou Lucífer - respondeu friamente, porém o seu invocador percebeu que em sua voz transmitia raiva. Daniel demostrou um sorriso ao sussurrar no ouvido do líder do culto - Sou pior que ele.

Quando os seguidores ouviram que o que estava em suas presenças não era o Lúcifer, começaram a se questionar e a murmurarem entre si do porque a invocação não ter dado certo.

- Como ousa... - disse o invocador, porém baixo o bastante para que apenas Daniel pudesse escuta-lo - como ousa aparecer aqui? Todo este culto, todos os sacrifícios e mortes foram feitos para que Lúcifer pudesse sair de sua prisão e viesse governar este mundo poluído!

A voz do invocador se elevou fazendo com que seus seguidores ficassem em silêncio, havia raiva e menosprezo, porém Daniel parecia se divertir com a frustação.

- De fato o mundo está poluído, e são poluído por seres patéticos como vocês - Disse Daniel soberbamente dirigindo-se até o centro do salão, todos o olhavam, uns com medo... E outros com raiva - mas enfim, vocês não queriam invocar um demônio? Permita-me mostrar como se faz.

Daniel olhou fixamente para o invocador, seus olhos que era um castanho claro foi totalmente tomado por uma tonalidade de cor diferente, um vermelho que se destacava na escuridão, e com isso o invocador começou a sentir fortes dores internos, como se seus ossos estivessem se partindo e sua carne sendo dilacerada de dentro para fora.

Seus gritos mostrava aos seus seguidores o quão ruim era, gritos intensos que ecoava por todos os cantos do estabelecimento, até que por fim uma feição demoníaca da criatura se revelou, cujo os dentes e garras eram pontiagudas e afiadas, o invocador já não possuía mais vida, porém Daniel via a alma de seu invocador, que ao segura-lo pelo pescoço demostra um olhar vazio, cujo ainda permanecia vermelho.

- Não deveria ter elevado a voz contra mim - disse Daniel para a alma que mostra uma expressão perturbada - poderia lhe enviar para o inferno, mas me surgiu uma ideia muito melhor.... Devorar a sua alma.

A alma do invocador demostrou pavor, algo que não sentia fazia tempo e ao ouvir tais palavras vindo de alguém que nem mesmo conhecia mas que demostrou do que era capaz o fazia temer. Daniel vendo-o soltou uma gargalhada, como se fosse apenas uma brincadeira.

- Não irei te devorar, estou apenas brincando - disse Daniel entre risos, quando o invocador por fim acalmou-se vira sobre a face de Daniel que algo pior o aguardava - Mas ele vai.

Daniel apontou para o ser demoníaco que o havia matado momentos antes, e lançando a alma para o demônio ambos desaparecem em uma fumaça negra abaixo do solo.

Asas de demônioWhere stories live. Discover now