37 | vivian

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Não sei quando peguei no sono, mas acordei exasperada quando a imagem de Hall surgiu

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Não sei quando peguei no sono, mas acordei exasperada quando a imagem de Hall surgiu. Eu nunca tive um sonho "erótico" antes, e graças a deus eu consegui acordar antes de algo acontecer – no sonho. Minha mãe sempre me disse que eu falo dormindo, imagina se eu começasse a gemer o nome dele? Deus me livre.

Pelo visto, ele não tinha conseguido dormir, já que quando me debrucei sobre a cama pra me certificar que ele não havia escutado algo que eu poderia ter dito, ele estava deitado de bruços e com os olhos abertos.

─ Desde quando você sonha comigo? ─ eu tinha certeza de que o meu rosto todo estava vermelho. ─ Eu juro que te ouvi dizer "me fode, Hall". Eu ainda não estou louco ao ponto de ouvir coisas, Ronnie, então é melhor você confessar.

O que eu tinha a perder, afinal?

─ É, sonhei. E daí? ─ volto a me deitar, encarando o ventilador girar no teto.

─ E o que aconteceu? No sonho. ─ arregalo os olhos e volto a me debruçar na cama, olhando para ele. ─ O que?

─ Eu não vou te contar! ─ ele cerra os olhos e se senta no chão.

─ Por que não? ─ ele cruza os braços.

─ Porque não! ─ retruco. ─ É uma coisa.. pessoal.

Ele ri, se aproximando da cama.

─ Me conta, vai... ─ sua voz saiu baixa e rouca, como em um sussurro, e eu tive que forçar as minhas pernas a se fecharem.

Isso não vai acontecer.

Eu tô com os hormônios à flor da pele, subindo nas paredes há dois meses, mas isso não vai acontecer.

Bryce se levanta e se senta no colchão, um pouco mais para baixo de onde eu estava.

─ Eu não vou te contar, Bryce. ─ cruzo os braços abaixo do busto, decidida.

Eu só me lembro de que estava, praticamente, seminua ao seu lado quando o vendo do ventilador arrepiou minhas coxas nuas. A camiseta se levantou mais quando eu cruzei os braços, e ele notou.

─ No seu sonho... ─ Bryce se virou contra mim, segurando minhas pernas com uma mão e, com a outra, fazendo carinho no interior das minhas coxas. ─ Eu te tocava assim?

Isso não vai acontecer.

─ Sim... ─ respondo relutante.

A mão esquerda dele sobe alguns centímetros, alcançando a minha calcinha azul bebê.

─ E assim? ─ me perco no meio das sensações, murmurando apenas "uhum" como resposta.

Sem mexer a sua mão esquerda, ele se ajoelha e solta as minhas pernas, levando essa mesma mão até o meu pescoço, o apertando levemente. Fecho os olhos, em êxtase.

─ E assim, Vivian? ─ ele sussurra, com os lábios quase colados nos meus. Mais nenhuma palavra é dita a partir do momento em que eu dou o último passo.

Seus lábios praticamente me devoravam, enquanto a sua mão começou a agir. Hall me puxou para o seu colo, sem interromper o beijo e, muito menos, o seu movimento com as mãos.

Isso vai acontecer.

Arfo contra a sua boca quando a sua mão, que antes apertava o meu pescoço, puxa e aperta minhas nádegas violentamente, sabendo que aquilo deixaria marcas no dia seguinte.

Hall estava relutante em pegar pesado, do jeito que sempre fez, provavelmente por sentir a saliência da minha barriga contra a sua, mas cada pensamento desse se dissolveu quando meus dedos envolveram o volume na sua cueca.

Eu já não estava mais em mim. A Vivian que jurou nunca mais encostar nesse homem lindo, gostoso, sarado e inteligente? Ela tá dormindo agora.

O único momento em que nos separamos foi para ambos nos despirmos completamente, e então ele me penetrou. O Bryce cuidadoso estava de volta e, honestamente, isso estava me irritando.

Era eu quem estava por cima, portanto, eu estava no comando das coisas. Seus olhos se arregalaram quando eu mexi o quadril com mais força, mas ele não argumentou contra. Suas duas mãos apertavam minha cintura, e agora ele me induzia aos movimentos mais rápidos.

─ Caralho... ─ ouço ele murmurar.

Encosto minha testa no seu peito, controlando minha respiração e abafando os meus gemidos. Eu não ia gostar se todos soubessem do que está acontecendo agora. Só eu e ele sabermos já me causa vergonha por um ano inteiro.

Quando eu já estava exausta demais para continuar subindo e descendo como estava fazendo, deixei que ele comandasse agora, mas isso apenas o fez diminuir a velocidade.

─ Tá com dó, Bryce? Me fode direito, caralho! ─ falo em seu ouvido.

Eu nunca cometi um erro tão grande quanto esse.

Para dizer uma coisa como essa, é preciso estar preparada para uma surra de pau, para dizer do modo mais claro possível. E eu não estava.

Agora Bryce estava sobre mim, meus calcanhares estavam apoiados em seus ombros e eu tive que apertar minha mão sobre a boca para não gritar como uma gata no cio.

Eu estava com as duas mãos cobrindo a boca, forçando os meus olhos a ficarem abertos, sustentando o seu olhar de luxúria sobre mim. Não sei quanto tempo se passou, mas quando minhas pernas tremeram e meus olhos se fecharam com força, eu atingi o meu limite.

Hall também não demorou muito. Provavelmente, me ver tão vulnerável sob ele apenas agilizou as coisas, e ele se desfez dentro de mim. O estrago já estava feito, afinal, eu não tinha moral pra reclamar.

Com um sorriso mais do que satisfeito, Hall passou a calcinha de volta pelas minhas pernas, a camiseta pelos meus braços, vestiu a própria cueca e fez menção em voltar para o chão, mas o impedi.

─ Dorme comigo.

Eu estava indo contra todos, exatamente todos, os meus princípios, mas como eu já disse, o estrago já estava feito.

Ele não contestou. Se deitou de bruços ao meu lado e sequer demorou cinco minutos para cair no sono, respirando pesadamente.

Levantei um pouco a camiseta que eu vestia e coloquei a mão na barriga, sorrindo levemente. Eu, definitivamente, ainda não gostava muito da ideia de um ser humano depender de mim para quase tudo por dezoito anos, mas estava começando a me acostumar com ela.

Vou estar mentindo se disser que nunca imaginei, ou até mesmo sonhei, com uma família. A minha família. Eu, Bryce e nossa garotinha ou garotinho correndo de um lado para o outro. Cacete, quando foi que eu comecei com essa merda?

Ainda com a mão na barriga, volto a observar Bryce em seu sono profundo, e sorrio involuntariamente.

Eu já tinha certeza, desde que descobri estar gerando uma criança no meu ventre. Eu tinha certeza, só não queria admitir. Admitir era como causar uma catástrofe, uma catástrofe dentro de mim, e isso não seria bom. Nem um pouco.

Mas, novamente, o que eu podia fazer? Exatamente, nada.

Reconhecer o óbvio não significava que, no dia seguinte, ele fosse me pedir em casamento e passaríamos a dividir uma casa com um jardim lindo, uma piscina grande e um quarto para o bebê. Reconhecer só iria, no mínimo, tirar um enorme peso das minhas costas.

Eu não podia mais guardar isso pra mim.

Observo a serenidade em que ele se encontrava, suspirando algumas vezes enquanto dormia, com a expressão despreocupada e livre de qualquer linha de expressão.

─ Porra, como eu te amo...

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𝗠𝗢𝗠'𝗦 𝗕𝗢𝗬𝗙𝗥𝗜𝗘𝗡𝗗. Where stories live. Discover now