SETEMBRO DE 1836,
"AINDA NÃO, SAM."
Ridícula.
Aquela situação era simplesmente ridícula.
Agora Dean acreditava que Sam era algum tipo de louco ciumento. Mas Sam tinha gostado de ouvir o duque dizer aos outros que eles eram namorados e não apenas amantes, algum tipo de satisfação o preencheu ao ouvir aquilo.
Sam tinha certeza que precisava concluir a maldita investigação logo, mandar um relatório para Calvin que provasse que Dean não era a pessoa que diziam pelo reino e colocar um fim naquelas mentiras. Sam precisava contar para ele sobre sua verdadeira identidade e o que fazia ali em Boyce Castle, e então precisaria torcer para que ele não estivesse tão enganado quanto à fama do Filho do Diabo e que Dean pudesse perdoá-lo.
Ele ficara apenas observando enquanto Dean e seus homens jogavam poker, Sam nunca fora bom em jogos e havia perdido uma pequena fortuna aos dezoito anos tentando se tornar bom em apostas. Aqueles homens riam, conversavam e se insultavam como uma família, nenhum deles pareciam ser os mesmos que andavam pelos corredores do castelo durante o dia, até mesmo Dean estava mais sorridente, mas talvez tudo isso fosse graças à bebida que tomaram, aquele jogo era regado à conhaque e uísque caro.
Apesar disso, os passos de Dean não vacilaram quando eles começaram a subir os degraus do castelo, cada vez mais perto dos aposentos do duque e da promessa que fazia o corpo de Sam formigar.
E se prepare para a sua punição que virá depois, quando estivermos à sós, Dean dissera ao encontrar Sam no escritório do porão. O que aconteceria daquela vez? Sam queria mesmo outra punição? Talvez não...
- Onde pensa que vai? – a mão de Dean segurou o pulso de Sam quando eles chegaram à porta do quarto do duque e Sam tentou seguir para seu quarto.
- Para o meu quarto. – Sam falou, encontrando o olhar negro do duque no escuro. O leão espreitava por trás daqueles olhos e fez Sam se arrepiar ainda mais.
- Temos algumas coisas para acertar. – Declarou ele, a voz em um sussurro alto. – Uma regra foi quebrada esta noite, Sr. Smith, e eu não costumo deixar isso passar.
- Eu... – Sam engoliu em seco. – Pensei que não me chamasse mais assim.
Dean abriu a porta do quarto.
- Só quando é impertinente. – falou ele. – E você foi impertinente esta noite, Sr. Smith.
Sam passou por ele e entrou no quarto, aquela voz e aquele olhar do duque o tinham convencido, ele queria a punição que Dean pudesse ter em mente para ele. Mais uma vez, o leão ia à caça, mas a presa estava tão ansiosa pela captura quanto o leão.
A porta foi fechada e Sam ouviu o clique da tranca, não havia escapatória.
Apenas algumas velas no quarto estavam acesas, mas a lareira iluminava o ambiente com intensidade. O fogo era de pouca importância para o aquecimento quando Sam tinha o olhar do Filho do Diabo sobre si enquanto Dean caminhava lentamente na sua direção.
- O que eu farei com você, Sr. Smith? – Dean indagou, parando muito próximo de Sam, as mãos unidas atrás das costas.
Muitas coisas, por favor! Sam pedia em pensamentos.
- Me punirá? – sugeriu ele.
- E como, exatamente, acha que eu farei isso? – Dean indagou, a voz baixa e grave, sua respiração se misturando à de Sam.
Sam engoliu em seco, sua excitação estava crescendo e seu pau começava a protestar contra o aperto das calças. O que quer que Dean tivesse em mente, era melhor que Sam estivesse nu logo.
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O amor do agente
Historical FictionLivro 5 da série Os Hildegart. Determinado a colocar um fim no seu período trabalhando como espião para a Coroa de Egleston, Samuel Hildegart aceita sua última missão em um castelo localizado em um ducado costeiro com ilhas paradisíacas perfeitas p...