33 - Trinta e três

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TERCEIRO DIA EM BUSAN [...]

Com a indicação de seus homens Jeon marcou encontro com um novo fornecedor de armas, segundo suas fontes o cara possuía contato direto com mafiosos de outros países e isso interessava muito o moreno. Depois de se arrumar ele deixou a filha e Jimin em uma loja no centro da cidade onde os dois iriam comprar artigos de balé.

O mafioso dirigiu até um bar na parte mais pobre da cidade. O lugar não tinha boa aparência mais estava cheio de pessoas, todas estranhas. Isso deixava Jungkook em alerta, entrou, caminhou ao balcão e pediu uma bebida perguntando ao garçom sobre o gerente. Código usado para falar com o fornecedor, depressa o funcionário do lugar apontou para uma abertura mostrando um corredor por onde o moreno devia seguir, explicou que no final do mesmo haveria uma porta, marrom de madeira.

Chegou, bateu e aguardou permissão para entrar.

— Entre, entre logo. — Ouviu a voz autorizar.

— Ah! Deve ser o gerente — Jungkook falou de costas enquanto fechava a porta. — Me disseram que tem bons contatos... — Encarou o homem.

— VOCÊ? Você é o famoso Jeon Jungkook... O mafioso perigoso, aquele que não tem piedade de ninguém. — Tinha certa curiosidade e desdém em sua voz.

— Então, é assim que me descrevem nas ruas? — Sorriu debochado. — Posso me sentar? — Não esperou pela resposta, sentou jogando o corpo no sofá de couro. — Perigoso, impiedoso, gostei. — Apoiou os cotovelos sobre os joelhos encarando o homem a sua frente, sorrindo de lado.

— Contam vantagens, histórias que agora não tenho certeza se são reais. — Foi irônico. — Devo acreditar? — Tentou soar desafiador.

— Bom, não acredito nas coisas que ouço na rua, tenho muito trabalho pouco tempo para fofoca. — Ironizou. — Mas, sou homem suficiente pra' não pagar pra' ver. Se é que me entende. — Encostou suas costas no encosto de forma calma cruzando suas pernas.

— Concordo Jeon! Confesso que estou admirado, um simples homem com eu pertencendo à mesma família que um mafioso temido como você. — Debochou. — Sem contar outras coisas em comuns, gostos que temos. — Sorriu malicioso arqueando a sobrancelha.

— Engano seu. — A voz saiu alta e séria. — Primeiro não misturo negocio com família, segundo você não é nada meu. — Levantou de vagar caminhou até o rapaz. — Taemin não é mesmo? — Viu o homem assentir. — Espero que não esteja falando do Jimin. — Segurou o pescoço do homem o apertando com força. — Sou um pouco territorialista me entende, sobre os boatos que ouviu. Dou um concelho. — O encarou. — São falsos, aqueles de quem precisei ensinar uma lição. Acredite, eles não contariam histórias na rua, são fieis como cães domesticados. — Apertou um pouco mais. — Tome cuidado com suas palavras. — Soltou o rapaz.

— Sim, cof cof. — Tossiu massageando o pescoço. — Entendi, Senhor Jeon. Peço perdão pelo mal-entendido. — Retratou-se assustado. — Vamos aos negócios? — Sugeriu.

— Mande nesse número quanto quer pelos seus contatos, quero saber de onde são e a mercadoria que possuem. — Jogou um de seus cartões sobre a mesa. — Mandarei um dos meus homens analisar sua proposta, ver se vale a pena. — Abriu a porta. — Dinheiro não é problema.

— Se for pelo que disse sobre Jimin, me perdoe, senhor Jeon. — Ficou de pé preocupado. — Vamos conversar, podemos chegar a um acordo.

— Ora, tá' louco pra' ser meu cachorro! Mais preciso pensar bem se quero ter negócio com pessoas do seu nível. — Analisou o outro a sua frente com desdém. — Uma hora você vai encher a porra do meu saco, e vou ter que te matar e sabe depois daquele teatro ridículo de ontem — Riu.

O MAFIOSO E O PROFESSOR DE BALLETWhere stories live. Discover now