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Ruggero

"Se você se tornar um pouco mais atento, você encontrará o amor, a
luz, o riso por toda parte."

"Sua vida vai continuar vazia se você conhecer apenas as coisas que
podem ser compradas e vendidas. Aquilo que não pode ser comprado é
sagrado".

Meu cérebro recitava este pensamento de Osho
ao mesmo
tempo em que minha boca namorava os lábios carnudos de karol
Algo extraordinário estava acontecendo comigo, porque aquela
mulher, especial pelo simples fato de ter carregado a minha criança no ventre,
começava mover um espaço importante dentro de mim.
Agora, ela estava montada em mim, com o traseiro nas minhas coxas,
os joelhos no chão e calcanhares para trás. Os lábios macios encantavam
minha boca com um beijo calmo e longo.
- Quer tudo, princesa?
- Tudo é muito. Ponha-se no seu lugar... - sussurrou uma
provocação e investi a língua entre seus lábios em um beijo mais exigente.
- Seu gosto doce me excita - consegui dizer entre o beijo.
Mordisquei seu lábio, deslizando as mãos sobre suas costelas por baixo do
tecido, tracejando dobrinhas que não estavam ali há quatro anos.
- Por que não me ligou, Ruggero?
- Quando?
- Lá no iate. Pediu o contato e não me ligou.
- Você não deixou o número. - Dei de ombros.
- Faz isso com todas, não é? - Virou o rosto, fugindo do beijo.
- Isso o quê? Pedir o contato? - Ignorou a pergunta. - Peço. Se
uma mulher chama a minha atenção, merece atenção.
- Cafajeste! - Tentou se levantar, mas impedi.
- Hey, calma. Só estou sendo sincero. - Dois beijos foram deixados
no dorso de suas mãos. - Fiquei fissurado lá no iate, mas até você aparecer
com um pedaço de mim, não passava de uma noite satisfatória com uma
garota meiga e inteligente.
- Você nem se lembrou de mim. - Riu meio entristecida.
- Está desabafando ou cobrando?
- Por que eu cobraria? Não tínhamos nada. - Sacudiu os ombros.
- Só estou meditando. Porque, enquanto eu não passava de uma noite
satisfatória e esquecida na memória, você se fazia presente em tudo. Eram os
seus olhos que me encaravam nas madrugadas, que me faziam levantar,
acreditar e não desistir dos meus sonhos. Não tive como me esquecer de
você, não totalmente.

- Karol ... - Respirei fundo. De repente, desejei partilhar os
momentos perdidos e estar lá com elas. - Isso foi a coisa mais linda que eu
poderia ouvir... - consegui sussurrar, precisando dizer essas palavras em
voz alta. Ela me olhou sisuda e acariciei seus lábios. - Fomos amantes
naquele iate, mas quando acordei, você não estava lá para fazer história.
Se algo estiver ao seu alcance, desfrute. Quando se for, deixe que se
vá com o coração cheio de gratidão.
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- Mas deixei meu número. Até dois e-mails.
- Se você está dizendo, acredito. Mas não tinha nada lá.
- Deixei perto da sua mão, Ruggero. - Mostrou-se ressentida, meio
embargada.
- Anjo, quando acordei, não tinha nada. Eu teria enviado rosas e um
convite. Vem aqui. - Inclinei meu peito e deixei a cabeça dela descansar ali.
- Podemos discutir depois?
- Você comeu o papel. Por isso não estava lá.
- Sim, provavelmente - concordei. - Meu sono é estranho, você
sabe.
Nunca aconteceu algo do tipo, mas não queria desgaste emocional
com coisas obsoletas. Principalmente naquele grau de excitação em que eu
me encontrava. Estava louco para estar dentro dela.
Karol ficou calada durante um momento e esfreguei o nariz no
aroma fresco que exalava de seus cabelos.
- Nunca vou dormir com você, Ruggero. Pode querer me comer
durante... - Hesitou, perdida em sua quase inocência. - Você... Você
precisa de um psicanalista.
- Oh, anjo... - Segurei o riso na garganta e puxei sua blusa na
direção da cabeça. - Tinha que ser assim. Não vamos brigar com o destino.
Joguei a peça para longe e meus olhos admiraram os seios que
saltaram livres.
Porra! Eram perfeitos! Fartos, lisos, com os mamilos duros de tesão.
- Tão lindos - murmurei, hipnotizado, e seus olhos seguiram meus
polegares, que se espalharam sobre as aréolas rosadas em movimentos
circulares.
Belisquei de leve e vi sua respiração acelerar. Os olhos verdes esmeralda
cintilaram envoltos em algo que se assemelhava à urgência e timidez. Seu
delicado quadril pegou ritmo, ondulando em uma postura elegante e esguia.
Foi fácil imaginar um lencinho naquele pescoço e um quepe preso aos
cabelos lisos. Ela rechaçava erotização relacionada à sua profissão, tinha
deixado claro, mas meu cérebro ficava meio rebelde quando trabalhava em
parceria com outra parte mais impulsiva.
- Como vai ser? - indagou, jogando o pescoço ligeiramente para o
lado, os olhos quase fechados.
- Um completo tesão...
Mergulhei meu rosto entre o volume das carnes e deslizei a língua no
vale de separação, reconhecendo o terreno, subindo. Circulei o mamilo
esquerdo, envolvendo-o entre meus lábios.
- Não. Como vai ser depois de hoje? - Ofegou.
- Só curte, princesa.
Suguei a aréola devagar e depois com mais força. Karol arfou e
gemeu baixinho, sentindo meus dentes em sua carne, liberando o cheiro puro
de excitação.
Algumas tragadas foram suficientes para me deixar louco. Segurei sua
nuca, investi suavemente contra os lábios e afastei meu rosto para chegar ao
lugar certo. Queria provar daquele mel gostoso que invadia meus sentidos.
Segurei no cós da calça que cobria seu corpo, mas estacionei ao flagrar uma
ligeira cicatriz horizontal.
- Cesariana? - indaguei quando ela colocou os joelhos no chão.
- Sim. - Mordiscou os lábios. - O seu pacotinho saiu com três
quilos e novecentas gramas.
- Caramba. - Sorri meio bobo, deslizando a ponta do polegar ali,
indo e voltando. - Gordinha.
- Eu sinto cócegas! - Soltou uma gargalhada abafada e segurou
minhas mãos.
A cascata cheirosa escorregou na lateral do pescoço, enfeitiçando
tudo. Mulher linda do caramba!
- Shhh! - repreendi a agitação. - Tudo bem. Não vou tocar. -
Ergui a cabeça e beijei sua boca macia. - Agora, levanta e fica quietinha.
Vou lamber a boceta rosada que você tem entre as pernas.
Karol corou, mas lutou para se manter natural.
- Acho que não vou conseguir ficar tão quieta - sussurrou. -
Vamos acordar Belinha de qualquer maneira.
- Você é comportada. - Usei o mesmo tom. - Eu me lembro. Uma
gatinha manhosa.
Além de corada, ela se mostrou ofendida. Isso me fez rir. Era tão
peculiar ver aquele mulherão constrangido.

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Gente eu estou sempre lendo os comentários deixados aqui em cada capítulo e vou falar é impossível não rir com cada
Surtada de vocês
Fico muito feliz que estejam gostando 

armadilha ou destino ? ( Terminada)Where stories live. Discover now