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P.O.V Sina Deinert

O barulho da fazenda acordando despertou-me e, tenho certeza que meu garoto não demoraria a vir me chamar. Quando Chase completou um ano, decidi que queria viver longe da agitação de Toronto, meus pais concordaram, então, nos mudamos para a fazenda deles no interior da cidade, era muito tranquilo e Chase adorava o lugar.

— Mamãe. – o pequeno garoto, apareceu nos pés da grande cama.

— Chase. – sorrio, colocando-o na cama, o mesmo que não perdeu tempo em se colocar debaixo das cobertas.

— Vovô disse que me levará para ver o jogo hoje. – Chase era apaixonado por basquete, e como na fazenda evitamos deixá-lo ligado a meios eletrônicos, não tínhamos nenhuma tevê, então, meu pai o levava para a cidade para ver alguns jogos.

— Não sei. – ele fez um bico enorme, me olhando com seus incríveis olhinhos brilhosos.

— Mamãe! – ele soltou mais como um lamento, o puxei para mim. — É a final da temporada. – ele disse animado. Como um garoto de cinco anos entendia tão bem sobre esportes?

Chase é viciado em basquete desde pequeno e, querendo ou não eu entedia, já que seu pai não era diferente.

— Por isso mesmo, sabe que não gosto de você na cidade, ainda mais em dias que sei que a cidade vira um caos. – ele estava quase chorando e, por Deus, como eu odiava ver Chase chorando. — Tudo bem! – ele abriu o sorriso mais lindo que já vi, envolvendo meu pescoço com seus bracinhos.

— Obrigada, mamãe!

Quatro anos antes...

— Shiu, meu amor. – pedi, vendo que Chase estava agitado e não parava de chorar.

— Dói. – ele resmungou apontando para sua barriga. Chase desde pequeno, sempre teve cólicas muito fortes, a pediatra disse que isso logo para e eu espero que logo mesmo, pois odeio vê-lo chorando.

— Venha. – estendi meus braços, pegando ele no colo. — Vamos tomar um banho quente. – limpei seu rosto  molhado pelas lágrimas. Chase sempre se acalmou na hora do banho, desde seu primeiro banho.
                               

(…)

— Chase, não saia do lado de seu avô. – ele assentiu, segurando em sua mão meu celular que dei à ele. — Sabe como fazer, né?

— Sim, é só arrastar que estarei ligando para mamãe. – sorri, beijando sua testa.

— Amo você! – ele ergueu o pescoço, como sempre fazia quando queria beijo, me abaixei até ele, esfregando meu nariz ao seu.

— Amo você!

Chase sempre foi muito carinhoso e isso era uma de suas qualidades, ele nunca foi uma criança difícil de lidar e eu agradecia por isso todos os dias.

— Tudo bem, Sina, deixe eles irem. – era sempre assim, eu odiava ficar longe de meu menino.

— Tudo bem. Pai, não corra. – pedi, fechando a porta do carro.

— Sina, relaxe. –assenti. Recebi um beijo na testa dele e vi o carro partir.

— O que foi, filha? – me virei para minha mãe.

— Estou sentindo algo ruim sobre isso. – ela desviou o olhar do meu, me confirmando. — O que estão escondendo?

— Nada, vamos entrar. – ela me abraçou e entramos. Tinha algo errado e os três estavam me escondendo e eu não gostava nem um pouco disso.
             
P.O.V Noah Urrea

Last Love | NoartWhere stories live. Discover now