Liberta

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Andamos por alguns minutos. Kakashi disse que ira procurar um lugar não muito movimentado para comermos. Ele disse que não gostava de muito tumulto, mas acredito que não fosse isso. Eu era sua prisioneira, então, ele queria um lugar menos movimentado para não correr o risco de me perder de vista.

Andamos mais um pouco desde então, até que entramos em um restaurante pequeno. E bastante vazio.

Kakashi- O que gosta de comer? -- perguntou, gesticulando para que eu me sentasse em uma mesa em nossa frente.

S/n- Qualquer coisas que seja comestível -- respondi, simplesmente.

Kakashi emitiu uma pequena risada e assentiu para mim.

Logo fomos atendidos. A princípio, eu havia pedido lamen, mas eles não serviam naquele estabelecimento. Então, optei por uns bolinhos de arroz. Kakashi pediu costeleta de porco grelhada. Eu, sinceramente, achei que ele fosse mais sofisticado no quesito comida, mas acho que estava errada.

Não trocamos muitas palavras. Mas era normal, afinal, nós nos conhecemos a algumas horas atrás. E ainda por cima, eu era prisioneira de Konoha. Era mais que compreensível que ele não ficasse de papinho comigo.

Assim que terminamos de comer, Kakashi pagou a conta e nos dirigimos para fora. Olhei para os dois lado da rua que se estendia diante de nós e depois para ele. Ficamos ali parados por algum tempo. Kakashi parecia pensar para onde iriamos a partir dali. E pelo visto, ele não tinha ideia.

Kakashi- Bom... é... você... quer tomar um banho? -- perguntou, completamente desajeitado.

S/n- Já que vou passar a noite naquela cela, acho que seria viável.

Kakashi- Minato disse que poderia tomar banho em sua casa. Tudo bem por você?

S/n- Eu... aluguei uma casa aqui. Hoje cedo. Acho que eu poderia me banhar lá. Tudo bem?

Kakashi- Ah, claro. Mas terei que te acompanhar até lá.

S/n- Eu estou ciente disso...

¤¤¤

Chegamos em meu pequeno cantinho em Konoha. Tão vazio e tão oco que qualquer som que fazíamos um eco era emitido. Bom, eu tinha acabado de chegar, não havia nada ali além de minhas roupas e alguns móveis velhos. Kakashi reparou em cada canto. Reparou tanto que até me envergonhei. Será que ele tinha me achado pobre demais? Ou não ligasse para essas coisas. Não sei.

Deixei ele sentado em minha cama, já que não havia sofá naquele biongo, e fui me banhar. Não demorei muito. E para evitar contragiementos, levei minhas roupas para o banheiro, para me trocar lá.

Sai do banheiro já pronta. Tão limpa e cheirosa que não parecia que meu destino seria um cela. Mas no fundo, eu agradeci por aquilo. Ficar ali era uma chance de me aproximar da elite de Konoha, que me permitiria descobrir logo seus planos. Bom, isso se Tobirama não descobrisse para quem eu trabalho...

Afastei meus pensamentos e fiz um gesto para Kakashi, demonstrando que já estava pronta. Sem trocar nem uma palavra sequer, Kakashi me guiou novamente para mimha cela no prédio do Hokage. Para minha surpresa, Tobirama já estava lá, a nossa espera.

Ele não disse nada sobre terem me libertado -- mesmo que por pouco tempo. -- Apenas olhou de cara feia para Kakashi, que deu de ombros. Provavelmente Tobirama iria o reclamar depois. E me trancafiaram mais uma vez na cela. Tobirama dispensou Kakashi, disse que ele poderia ir para casa dormir. Que passaria a noite comigo.

Kakashi se despediu de mim com um aceno, e Tobirama grunhiu para ele. Como se quisesse passar o recado para não ter simpatia comigo e me tratar como uma prisioneira de verdade.

Entre Hokages e Uchihas +18Onde histórias criam vida. Descubra agora