Dominick é um cara tranquilo e que está sempre disposto a ajudar alguém. Mas não se engane, apesar do bom coração, Dom não costuma levar desaforo pra casa. Tem sempre uma resposta na ponta da língua quando alguém tenta pisar nele. Dom trabalha como...
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Abro a porta do Honda e me instalo no banco do passageiro, me inclinando para beijar Dom rapidamente. São seis em ponto e, como havia prometido que faria, ele veio me buscar na agência.
ㅡ Como foi seu dia? ㅡ questiona, colocando o carro em movimento.
ㅡ Tranquilo ㅡ resmungo. ㅡ Só tive que finalizar um design que estava criando e ajudar a Júlia com um outro projeto.
ㅡ Júlia? ㅡ Dom ecoa, me olhando de canto.
Sorrio fraco, levando a mão até a sua, que descansa no câmbio, e fazendo um carinho no dorso da mesma.
ㅡ Uma dos dois designers que trabalham comigo ㅡ explico. ㅡ Não precisa ter ciúmes. Até porque ela namora.
ㅡ Então, se ela não namorasse, eu deveria ter? ㅡ Ele brinca, erguendo uma sobrancelha.
Nego com a cabeça, me inclinando e beijando seu ombro.
ㅡ Já falei que ninguém além de você me interessa ㅡ ressalto.
ㅡ Acho bom ㅡ diz ele, em tom divertido.
Ficamos em silêncio por todo o trajeto até a minha casa. Ele concentrado em dirigir e eu absorto em pensamentos.
ㅡ Você vai ter que voltar em casa pra buscar a Alina? ㅡ questiono ao sair do carro. ㅡ Digo, mais tarde, quando for pra boate?
ㅡ Não. Jean ficou de passar lá em casa pra levar ela ㅡ Dom responde, fechando e acionando o alarme do carro.
ㅡ Acho que eu nunca vi o Jean tão feliz quanto ele está agora ㅡ falo, segurando sua mão e seguindo com ele para a entrada da casa.
ㅡ Ele é afim da Alie há um ano já. Ela que demorou pra dar uma chance ao cara, mesmo gostando dele por todo esse tempo também.
ㅡ E por que ela demorou? ㅡ indago, curioso.
ㅡ Ela tinha receio. Tipo, na cabeça dela, o fato dos dois serem de classes sociais diferentes os impediam de ficarem juntos ㅡ Dom explica, parando à minha frente.
ㅡ Besteira isso ㅡ resmungo. ㅡ Jean nunca ligou pra essas merdas.
ㅡ Eu sei que não ㅡ assente. ㅡ E foi por isso que conversei com ela e aconselhei que desse uma chance a ele.
ㅡ Que bom que ela te ouviu ㅡ falo, sorrindo de canto.
ㅡ É. Na verdade, ela topou dar uma chance ao Jean se eu desse uma a você.
Franzo o cenho, abrindo a porta de casa e deixando ele passar primeiro.
ㅡ Como assim? Se bem me lembro, a primeira vez em que ela topou sair com ele, a gente nem sonhava em ter nada ㅡ argumento.