45 | Três velas.

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Babi on

Victor: Podemos comer naquele restaurante de macarrão que inaugurou semana passada, a minha mãe disse que é o melhor macarrão que ela já comeu. 

Arthur; por mim pode ser. - ele coloca a mochila nas costas. 

Babi: Tenho que falar com a minha mãe primeiro. 

Arthur: ela já deixou. - ele diz é eu olho pra ele. - antes que me pergunte, eu peguei o número dela no grupo do colégio. E mandei pra ela se o Victor podia levar você para almoçar, e ela disse que sim, mas você tem que estar na sua casa às 19h00 da noite. 

Babi; então tá. 

Hoje eu não sei o que deu no professor de português que passou um monte de coisa no quadro. E eu estava copiando ( ainda ) eu nunca fiquei para trás, mas hoje eu fiquei. Eu odeio fazer as coisas mal feitas, então eu ainda estou copiando as tarefas que o professor passou no quadro. 

Os outros alunos já tinham saído, e eu estava sozinha na sala, mas o Victor e o Arthur apareceram me chamando pra almoçar com eles. Eu expliquei que agora não podia e se eles quisessem poderia já ir. Mas aí os dois disseram que não estava com pressa e que eu poderia terminar. 

Arthur: caralho... o coringa está famoso!

Victor: estou? 

Arthur: sim, olha o perfil que eu criei pra você, aquele que eu postei aquela montagem. Tem mais de 15 mil seguidores. 

Victor: ah, é falando nessa maldita montagem. Apaga essa merda Arthur, as pessoas estão me chamando  de " pai das galinhas ". 

Arthur: é um apelido fofo!

Victor: em que mundo é fofo? Porque nesse planeta não é! 

Arthur: vamos pensar pelo lado bom, você se tornou mais popular. Quero dizer, você já era popular, MASSS agora você se tornou mais popular. 

Babi; eu não consegui entender o seu raciocínio. Como a pessoa já é popular vai se tornar mais popular ainda? 

Arthur: Babizinha não faça perguntas que nem a NASA vai conseguir responder. 

Victor: apaga a montagem Arthur, é já aproveita e apaga o perfil também. 

Arthur: não. - ele responde que o Victor arqueia a sobrancelha.

Victor: não? 

Arthur: não, sabia que deu muito trabalho para fazer a montagem? Perdi 2 horas da minha vida fazendo essa maravilha. 

Victor: Arthur. 

Arthur: sim? 

Victor: corre. 

Arthur: por que? 

Victor: Porque eu vou correr atrás de tu é se eu pegar o celular, eu vou apagar a montagem é a merda desse perfil. 

Arthur: você não teria coragem... - ele para assim que vê o seu melhor amigo correndo na sua direção. - não, você teria coragem sim! AAAAAH SOCORRO! BABI!!!

Os dois começaram a correr pela sala.

Victor: me dê esse celular seu babaca! 

Arthur: nunca. - Ele estava correndo em círculos e o Arthur acabou batendo o seu dedo mindinho na cadeira. - AAAAAAAAA. - ele gritou e acabou perdendo o equilíbrio e caiu no chão e soltou o celular. 

Victor: ah peguei. - ele desbloqueia a tela e entra no insta. - pronto, já apaguei. 

Arthur: você sabe que eu posso fazer outra montagem é criar outro perfil né seu idiota? 

Victor: oh. - ele colocou o celular em cima da mesa. - eu não pensei por esse lado. 

Arthur: idiota. 

Victor: babaca. 

Arthur: otário. 

Victor: corno. 

Babi: pronto, já acabei. 

Arthur: maravilha, vamos almoçar. Estou morrendo de fome. Vamos no restaurante de macarrão mesmo? 

Victor: yes.

Coloquei os meus cadernos e o meu estojo na mochila e saímos da sala. Quando estávamos perto do carro do Victor, eu disse:

Babi: Eu vou atrás. 

Arthur: não, eu que vou atrás. 

Babi: fui eu que falei primeiro. 

Arthur: eu sou mais velho que você. 

Babi: foda-se. 

Victor: vocês sabiam que o normal é brigar por quem vai na frente né? Não é quem vai atrás. 

Arthur: isso é coisa antiga meu amigo, estamos no século XXI, quem ainda briga por quem vai na frente? Tem 18 anos na cara mas a alma é de uma pessoa de 60 anos. 

Babi: vamos fazer assim, agora eu vou atrás é na volta você vai atrás. Pode ser? 

Arthur: Pode, é um bom acordo. 

Victor: Vocês não são normais. 

Arthur: pessoas normais são muito chatas, é mais legal aquelas pessoas que têm parafusos a menos. 

Victor: Eu prefiro pessoas normais. 

Babi: não prefere não, olha você tem o Arthur como melhor amigo. E o Arthur está longe de ser uma pessoa normal. 

Arthur: nossa, eu estou ofendido. 

Babi: perdão. 

Victor: Vamos parar desse papo um pouco normal e vamos para o restaurante logo. 

Babi: viu até você não é normal. 

Victor: Babi. 

Babi: Tá bom, estou entrando no carro. 

(...)

Babi: nossa, que lugar gigante meu pai. 

Arthur: por que esses lugares tem ser tão altos? Estou me sentindo tão pequeno nesse lugar. 

O restaurante era um lugar muito bonito, era um lugar confortável para ir almoçar com os amigos ou com a família ou ir lá mesmo só pra conversar. 

Victor: Vamos sentar ali. - ele aponta para uma mesa e quatro cadeiras. 

Fomos até a mesa e sentamos ali, o Arthur fez o Victor sentar do meu lado. Tinha uma rosa em cima da mesa e duas velinhas. 

Arthur: será que é fogo de verdade? 

Victor: coloca a mão aí, se queimar é de verdade. 

Não demorou muito para o garçom trazer os cardápios. 

Arthur: eu acho que vou pedir arroz com um bife acebolado e batata frita. 

Víctor: você está em um restaurante que tem mais de 100 tipos de macarrão, por que diacho você vai comer arroz? 

Arthur: não sei, estou com vontade de comer arroz. Macarrão não é uma das minhas comidas favoritas. - ele dá ombros. 

Babi: meu Deus é tanta opção de macarrão que estou ficando doidinha.

Arthur: eu acho que com arroz as frutas, eu vou pegar esse macarrão também. Ele me chamou tanta atenção. 

Depois de tantos minutos, falamos os nossos pedidos para o garçom que pegou o cardápio e depois de 5 minutos trouxe uma coca cola e um suco de limão pra mim. 

Arthur: Vocês repararam uma coisa? 

Victor: o que? 

Arthur: tem três velas aqui nessa mesa. 

Babi: tem somente dois Arthur. 

Arthur: não... essas duas. - ele pega as velinhas. - é eu. - Ele aponta pra si mesmo e depois sorri. 

●●●
Continua...

𝙌𝙐𝙀𝙍𝙄𝘿𝙊 𝘿𝙄𝘼𝙍𝙄𝙊, 𝑏𝑎𝑏𝑖𝑐𝑡𝑜𝑟 ✓Where stories live. Discover now