Capitulo XIV

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O verdadeiro amor é o fruto maduro de toda uma vida.
Alphonse de Lamartine

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Como se o peito estivesse se rasgando por sentir tanta aflição, Heitor murmurava desesperadamente por está imerso em outro maldito pesadelo. Seu temor era  algo que somente ele  sentisse, mas os  múrmuros de clemências era compartilhado com a sua família,  durante toda a noite no qual somente com o raiar do sol todos era libertados.

Uma alma machucada, sangrando e pedindo socorro. Um homem no qual para salvar muitos, viu outros morrerem e o próprio se sacrificou em prol da sua patente.

Não era tão preciso está no mesmo quarto que a jovem estrangeira Sophia estava para sofrer junto. Deitado ao lado da pessoa que estendeu a mão, compadecido com sua lástima vida. Ela não sabia como ajudá-lo só que desejava de qualquer forma mostrar sua súbita gratidão e principalmente o seu amor secreto, pelo capitão.

Com cuidado com uma delicadeza que ela possuía. Sophia tirou Felícia do lado de Heitor que não notou o movimento brusco da moça, pois foi rápida, talvez o extinto materno ajudou na missão. Como melhores amigas, pediu que a bebê compreendesse o momento que assim como ela ouvia os gemidos agudos e aflitos do nobre. Era assustador como estava soando frio e murmurando ordens como se estivesse em guerra com seus soldados.

Elogiando sua pequena por ter sido madura suficiente para sua idade, Sophia depositou um beijo na testinha da pequena e acaricio seu narizinho, fazendo ela sorrir. Um momento terno entre mãe e filha, foi interrompido pelas batidas na porta do quarto e uma voz serena anunciou está entrando. Marquesa Maria era sem dúvida a mulher que só de olhar para russa a deixava intimidade. Tal beleza, elegância e compostura de nobre, causava desconforto em Sophia, que era apenas ainda uma senhorita com uma criança nos braços. Temia pela marquesa a julgar por isso, então sempre se mantinha o mais longe o possível e lógico que sendo uma Kingston de sangue, alma e sobrenome, Maria já tinha notado como a russa corria dela.

Duas mulheres tão iguais de almas e diferentes de hierarquia, agora estavam frente a frente com as mesma expressões de preocupação por causa do mesmo homem. Ironia da vida talvez, mas duas almas tão amigas e duas mulheres tao distantes. Sophia se auto titulava, inferior à marquesa conhecida como senhora Kingston.

Ruborizada por está inapropriada e no quarto do sobrinho da senhora a sua frente. Sussurrou suas explicações e tremeu bem notável quando Maria se aproximou e suspirou achando a estrangeira de fato, belíssima.

— Está noite serei a guardiã-Maria se pronunciou sorrindo — Peço que seja sábia, querida. És muito bem-vinda nesta casa e será recompensada-Tocou a fase de Sophia que ficou surpresa com o gesto, porém, não entendeu a parte sobre a "recompensa."

— Marquesa, posso soar grosseira, mas deixo claro que não quero dinheiro algum do vosso sobrinho.

Maria tirou os olhos dela e olhou para Heitor que agarrou os lençóis e gritou ríspido as palavras do seu habitual ao comandar seus homens. MATEM TODOS! Uma guerra de fato só que era algo agora particular, somente entre um homem e seus demônios.

— Não estou falando de dinheiro, querida. Se deseja fortuna, me peça, te darei.

— Desculpa, 'milady'-Sophia abaixou a cabeça envergonhada e como Heitor fez uma vez, Maria ergueu seu queixo, educadamente.

— A recompensa virá em forma de atos. Não compramos amor e tão pouco lealdade. Por geração em geração o nosso sobrenome sempre será respeitado pela nossa honra. Reciprocidade sempre será o símbolo da nossa família e o amor a base dela. Confie em mim querida, és muito mais que uma simples hóspede nesta casa. Seu valor não foi ostentato por si e sim visto em seus olhos.

UMA CARTA DE AMOR Where stories live. Discover now