cap 04 - pov Bruno

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Assim que abri meus olhos, me arrependi amargamente de ter acordado, pois a ressaca estava forte e a minha cabeça estava a ponto de explodir, não sabia o que fazer com isso, mas mesmo assim resolvi tomar um remédio e correr para o banho. Acordei cedo pois tinha uma reunião com os meus patrocinadores e acabei ficando por lá, não fazia sentido voltar para casa. Depois de passar um bom tempo mexendo no celular, decido dar uma volta para desopilar e coincidentemente encontrei uma quadra que parecia estar aberta.

  Escutei uns barulhos de bola, então eu creio que já havia alguém ali e então resolvi checar com os meus próprios olhos. Assim que entro na quadra, vejo uma mulher do outro lado da quadra arremessando bolas na sexta de basquete, resolvi me aproximar. Na medida que eu ia de encontro à ela, notei os seus pequenos detalhes e que já a conhecia. 

Ela estava descalça, com os pés um pouco sujos, uma calça social escura e uma camisa de cetim clara aberta e ensacada na calça, seus cabelos eram longos e castanhos, sendo mais claros nas pontas. Antes de me perder nas curvas dela, notei a sua habilidade em jogar basquete, mesmo sendo baixinha. Após errar uma cesta, a bola veio rolando até os meus pés e eu a segurei. Então, resolvo ir falar com ela mas sou surpreendido com uma bolada no peito.

-Você é bem agressiva, né Pamela? Não esperava isso de você  -perguntei sorrindo para que ela não pensasse que fosse sério, pois eu já a conhecia-

-Desculpa, eu tomei um susto e... -disse ela nitidamente nervosa antes de ser interrompida por mim-

  Conversamos um pouco e entre um xingamento e outro, ela tomou a bola da minha mão e aquilo me pareceu ser tão espontâneo e leve. Jogamos bastante e confesso que foi bem engraçado. Faziam dias que eu não me divertia daquele jeito, acho que a correria e pressão do dia a dia nos fazem pesar mais.

Corremos um pouco e acabamos suando, por isso ela se sentou no chão, me espantando um pouco. A roupa e os acessórios que ela vestia, me faziam criar um estereótipo quase que automático e esse pré-julgamento que criei, não condizia com as ações dela, o que me deixou mais intrigado.

Eu sentei ao lado dela e consegui ver uma cicatriz atrás do seu pescoço. Ela  rapidamente notou e acabou fazendo com que os nossos olhos se encarassem e as minhas bochechas corassem. Perdi alguns segundos a olhando porém tudo acabou quando ela se levantou nas pressas e olhando para o relógio.

-Você já vai?

  Perguntei meio confuso e só entendi quando ela começou a explicar. Pamela calçou os seus sapatos, pegou suas coisas e eu não pude deixar de cumprimentá-la antes disso:

-Foi um prazer te conhecer

Estiquei a mão e ela logo apertou e sorriu, se virando e indo em direção ao corredor. Eu gostaria de tê-la chamado para outra conversa ou algo do tipo, mas sinto que amarelei, tomara que eu tenha outra chance.

𝘖𝘪𝘪𝘪 𝘨𝘦𝘯𝘵𝘦,  𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲 𝘷𝘤𝘴 𝘵𝘦𝘯𝘩𝘢 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘦𝘵𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘪𝘳𝘢̃𝘰 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘱𝘰𝘷𝘴 𝘥𝘦𝘭𝘦
𝘷𝘰𝘵𝘦𝘮 𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦𝘮, 𝘢𝘤𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘴𝘶𝘨𝘦𝘴𝘵𝘰̃𝘦𝘴, 𝘹𝘰𝘹𝘰❤︎

𝑵𝒐𝒔𝒔𝒐 𝒍𝒆𝒈𝒂𝒅𝒐 - Bruno RezendeWhere stories live. Discover now