Sem dúvidas existem diversos tipos de dores, a dor da perda, a dor do abandono, a dor da solidão e tem a dor de acreditar que você não é capaz.
Sollaria Fells Slovan jamais imaginou que de todas as dores do mundo ela fosse sentir duas de uma vez, a...
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Quando amanheceu no dia seguinte eu estava ansiosa para poder trabalhar, nem que seja por pouco tempo já que logo ter que fazer esforço seja algo que eu irei evitar, eu havia conversado com Meggie e ela aceitou que eu fosse somente caixa nesse próximo mês, pois era primordial que eu me mantesse bem, para não correr o risco de perder meu bebê.
Eu havia acordado cedo, ja tinha tomado banho e estava nesse momento secando meus cabelos, estava vestida com um body preto ombro a ombro de manga comprida, uma saia azul que ia a um palmo acima do joelho de tecido grosso, e de meia calça preta grossa por baixo, estava de bota de salto preta de veludo que me deixava ainda ma alta que eu já sou.
Não passei muita maquiagem, apenas um hidratante, delineador e rimel, um batom vermelho matte que me deixava com um ar maduro, e eu adorava essa nova eu que me encarava no espelho, em cima da cama deixei um sobretudo grosso preto, então após terminar de secar o cabelo sai do quarto com o casaco e minha bolsa onde havia tudo que eu precisava.
Subi até a cozinha onde encontrei Charlie e Bella tomando café silenciosamente, lhes desejo bom dia e me sento pegando um pouco de suco.
Foi um café da manhã silencioso, então me despedi dos dois quando deu meu horário e saí da casa após por o casaco indo até meu carro que tinha correntes nas rodas devido a neve recente que ainda tinha na pista.
Durante o caminho fui cantarolando algumas músicas que tocavam na rádio e dirigindo de vagar, evitar um acidente era minha prioridade no momento.
Quando cheguei ao hospital eu suspirei nervosa, desliguei o carro e peguei minha bolsa, após sair e ligar o alarme sigo até as portas duplas do lugar, já na entrada onde ficava um balcão onde duas mulheres atra de computadores e enormes pilhas de pastas conversavam animadamente sobre um tal doutor bonitão ─ palavras delas não minhas ─ quando me veem sorriem simpáticas.
── Bom dia, no que posso ajudar?
── Bom dia, na verdade em nada, meu primeiro dia na lanchonete, bom com licença e tem um bom dia ── aceno para as duas que acenam de volta voltando a conversar me fazendo rir.
Segui pelo corredor até o elevador que iria me levar até o segundo andar onde ficava meu novo trabalho, eu apertei o botão e quando as portas iam se fechar uma mão as impediu, logo depois entrou um homem, alto, forte que cheirava a colônia masculina cara, tinha seus cabelos loiros penteados para trás e muito maravilhoso, juro que fez minhas pernas amolecerem por alguns segundos.
Eu notei seus olhos presos em mim, senti quando ele me analisava, não sei se por nunca ter me visto ali ou pelo fato de eu estar ficando nervosa dentro de um elevador com um homem, pois minhas mãos começaram a suar, meu coração acelerou e minha respiração ficou pesada, e por mais bonito que ele fosse eu só queria sair daquele lugar o mais rápido possível.
── A senhorita está bem? ── eu senti meu corpo tremer quando ele tocou no meu braço me fazendo me encolher pro lado oposto dele que o fez arquear a sobrancelha.
