Freedom

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Liberdade...

Ser-se livre não é fazermos aquilo que queremos, mas querer-se aquilo que se pode

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Ser-se livre não é fazermos aquilo que queremos, mas querer-se aquilo que se pode.
Jean-Paul Sartre

Supus que meu pedido seria rápido para ser realizado tendo em vista que sou um dos melhores arquitetos do país, entretanto demorou duas semanas até finalmente eu receber o projeto, um dos motivos de eu ter demorado a começar foi à baba, não era eu que escolhia, nem mesmo Eun, era a própria Lina e estranhava todas; foi demorado, até finalmente ela gostar de uma e assim facilitar a minha vida.

Hoje seria meu primeiro dia de volta e eu me sinto como se fosse meu primeiro dia de aula no ensino médio, ou na faculdade. Minha ansiedade estava tão grande que quase não dormi, torcendo para que amanhecesse logo para enfim seguir meu antigo cronograma; é claro, haveria mudanças. Eu deixava para colocar a minha blusa por último por que tentava usar a bombinha até não dar mais e ainda a levaria para o trabalho já que consigo sentir precisamente quando minha filha está com fome.

- Bom dia príncipe. - tomei um susto com o abraço por trás de Eun, eu estava tão imerso em meus pensamentos que nem o vi chegar.

- Bom dia amor. - me virei de frente para ele o beijando da forma mais carinhosa possível, eu estava tão feliz que se ele quisesse naquele momento tentar algo eu não reclamaria, mas ele não tentou, talvez para não se atrasar para o trabalho. - Está a anos usando gravatas e ainda não aprendeu como dar um nó certo. - falo enquanto retiro o nó que ele fez começando a refazer em seguida.

- lembra-se do nosso casamento? Você ajeitando minha gravata na frente do juiz. - relembrou tirando um sorriso de meu rosto.

- você sabe o quanto sou perfeccionista, ela estava como essa, muito errada. - falo rindo e o puxando para mais um beijo. - agora está gato o suficiente para atrair olhares de todo o hospital. - proferi. - hum! Será que devo embolar essa gravata de novo? Imagina o quanto de ômegas ficam olhando para você o dia inteiro. - brinco e recebo mais um beijo.

- realmente recebo muitos olhares e muitas propostas também, meus pacientes me amam. - entrou na brincadeira. - contudo eu sempre deixo muito claro a todos eles que meu coração só pertence a uma pessoa, a pessoa que carrego o nome em minha aliança diariamente. - proferiu extremamente carinhoso e eu me afastei quando vi Jun se juntar a nós.

- então está dizendo que me ama? - indaguei mesmo sabendo claramente a resposta.

- preciso dizer com todas as letras? 10 anos de casados e você ainda duvida - falou rindo e indo em direção à geladeira enquanto eu abria o armário para pegar o cereal de Jun.

Fiquei esperando pela babá que chegou por volta das oito da manhã, me despedi da minha filha e deixei todas as instruções necessárias para ela fazer um bom trabalho. Decidi usar o carro, antigamente eu gostava muito de ir de metrô, mas eu não queria demorar.

Quando cheguei, senti os pelos de meu corpo arrepiar ao saber que finalmente eu estava de volta, entrei na recepção sendo cumprimentado pelas meninas que trabalhavam ali e entrei no elevador, morria de saudades da minha sala onde na maioria das vezes eu passava o dia.

- Senhor Cha, seja bem-vindo de volta. - a alfa me cumprimentou com um abraço. - pensei que só voltaria daqui a um mês e meio. - proferiu.

- eu não durei muito tempo nessa vida de pai, sabe como é, choro para todo lado. - respondi tirando alguns sorrisos dela.

- nem me fale, ficar em casa faz com que eu ame ainda mais trabalhar, eu amo os meus filhos, mas eles são um saco. - falava enquanto andava comigo até minha sala.

- Lina por pouco não me enlouqueceu. - ri. - então o projeto, tem a pasta aí? Pelo visto nosso querido chefe não ira aparecer hoje, provavelmente já deixou tudo preparado. É meu primeiro projeto desde o nascimento de Lina estou tão ansioso e que ele seja digno de um prêmio. - expressei entrando na minha sala, bem decorada e espaçosa.

- deixou tudo comigo, realmente é um projeto de sorte, tendo em vista que o proprietário não tem muita ideia do que ele quer, só sabe que quer algo digno de colocá-lo em uma capa de revista. - falou, revirando os olhos em seguida.

- já o conheceu? - perguntei e ela balançou a cabeça em concordância. - como ele é? Por favor, não acabe com a minha alegria me dizendo que é um babaca. - pedi, na verdade quase implorei.

- Na verdade eu não prestei tanta atenção em seu interior não e sim o exterior, ele é o cara mais 'sexy' que eu conheci. - mordeu o lábio inferior me fazendo ter uma rápida crise de risos. - vá ria de mim, é porque não o viu, o cara é ex-jogador de futebol americano que sofreu uma lesão, uma coisa assim, agora ele está entrando do ramo empresarial e quer uma propriedade digna de seu status. - contou.

- traduzindo, um babaca. - resumi. - bom ele me dando o controle criativo, ficarei satisfeito, tenho certeza que a casa que criarei será invejada por todos. - eu estava confiante, uma coisa que eu tinha certeza é que eu era incrivelmente bom no que eu fazia e se o tal jogador quer uma casa pelo, a qual as pessoas falem, darei-lhe, só espero que no processo ele não tire minha paciência.

- bom é um projeto grande, então o deixarei trabalhar, nos vemos mais tarde. - se despediu e eu parei para analisar as informações.

Eu precisava de uma ideia de como criar o projeto, precisava de um pouco mais detalhes. Reconhecer o terreno para escolher a equipe certa.

- Olá, bom dia, espero não estar incomodando. - iniciei educadamente.

- quem é que liga essa hora? Ainda é madrugada. - proferiu e eu revirei os olhos. - eu não tenho seu número salvo, onde conseguiu. - perguntou. Paciência Jimin é seu primeiro dia de volta.

- É quase 10, senhor. - falei baixo. - enfim, me chamo Cha Jimin, serei o seu arquiteto. - proferi calmo. - queria marcar uma reunião com o senhor ainda essa semana, para discutir suas preferências e assim montar um projeto que atenda seus desejos.

- certo, bom, tenho alguns eventos importantes essa semana, mas creio que sexta-feira podemos nos encontrar. Passarei meu endereço e nos encontraremos sexta à tarde.

Pensamentos impuros - Pjm ABOWhere stories live. Discover now