Alma Gêmea

Decisões

Como prometido estou de volta, lamento todo o tempo que estive ausente, quem acompanha-me à mais tempo sabem que convivo com a depressão e a ansiedade, felizmente a medicação que estou a fazer, está a correr bem, a fazer efeito e eu sinto-me bem melhor, sinto-me de volta motivado e cheio ideias.

Tal como eu disse no meu perfil, os capítulos anteriores foram todos revistos, sofrendo uma ou outra alteração, Boa Leitura.

  André

Acordei meio assustado, como se por momentos tivesse esquecido tudo e então as lembranças dos últimos acontecimentos voltavam a mim, e mais uma vez eu estava estarrecido não sabia o que pensar sobre, a porta então abre-se e o silêncio que havia na sala ao contrário da minha mente termina.

Francisco entra com outros dois médicos, vinham pelos vistos com o intuito de observar-me.

Francisco- Finalmente acordaste, vão embora, voltem mais tarde.

Eles saíram da mesma forma que entraram em silêncio.

André- Como estou?

Francisco- Honestamente não sei, tudo em ti é estranho não devias de ter essas dores todas, esse sofrimento, nada faz sentido, nem esse teu aneurisma.

André- Mas o que aconteceu exactamente?

Francisco- Tu começaste a gritar de dor, do nada começas a chamar o Diogo ao ponto de ele que estava no corredor conseguir ouvir-te e forçar a entrada dele no quarto, então começas a pedir pela tua filha a perguntar onde ela estava e então desmaias, não te lembras?

André- Não recordo de nada após conversar com a Helena. Onde estão todos?

Francisco- Lá fora e o ambiente está de cortar à faca, ninguém quer ir-se embora todos querem falar contigo.

André- Por favor isso não, não quero ver nenhum deles agora.

Francisco- Mas posso deixar a tua mãe entrar certo?

André- Não ela também não por favor.

Francisco- Porquê?

Passei os minutos seguintes contando como estava triste com a atitude do Diogo e com tudo o que a Helena dissera.

Francisco- Será que tudo isso é verdade?

André- Não sei, mas também não estou preparado para descobrir, diz a eles que pedi para irem embora que preciso de descansar e que amanhã falo com eles.

Francisco- Sim talvez seja o melhor, descansa que eu daqui a pouco já volto.

Estava perdido nos meus pensamentos parte de mim, queria criar um plano de fuga, já imaginava eu a sair disfarçado do hospital e apanhar um comboio para outra cidade e começar do zero longe desta loucura toda, porém não o podia fazer, não podia fugir, ou será que podia.

Francisco volta a entrar no quarto desta vez já sem a sua vestimenta e acompanhado do Eduardo.

Eduardo- Então como te sentes? Já sei que estás metido num sufoco.

André- Nem me fales, parece que tudo está diferente, só queria tudo dando certo, porém parece difícil.

Francisco- Já sabes o que irás fazer?

André- Sinceramente não, preciso de escutar a minha mãe entender toda essa história, e se realmente a Helena estiver grávida de mim irei assumir, agora quanto ao Diogo não sei, estou cansado desse chove não molha desse medo todo, não suporto mais, não quero viver escondido.