Alma Gêmea

Um Novo Recomeço

André

Tal como prometi a Helena, eu fui buscar o meu filho, era assim que eu o via, e assim que vi o pequeno rosto angelical, eu soube ele era o Guilherme, era ele.

Eu nada falei com Diogo, depois dele dizer me que a culpa era minha nós nem conversamos e agora eu chego a casa com uma criança, o que ele ia pensar, será que ia aceitar.

Mesmo que ele não o fizesse nada ia me separar deste pequeno ser o meu pequeno Gui, o meu milagre, o meu pequeno anjo.

Peguei ele e chamei um táxi, antes ainda tentamos ver a Helena para que ela pudesse despedir se, no entanto disseram que a mesma nem quis olhar para ele.

Por mais maldades que ela tenha feito acredito que não seja fácil, abdicar de um filho.

Enquanto o motorista ia até á casa da minha mãe, eu estava com receio da reação das pessoas, a esta minha decisão, mas nada importava.

Diogo

Os últimos dias haviam sido bastante atribulados, e assustadores, observar a minha alma gémea naquela cama de hospital sem reagir, era desesperador, eu precisava dele de volta.

Todos os dias sussurrava lhe ao ouvido pedindo perdão pelo que disse, a culpa não foi dele, nunca foi dele e pedia para voltar para nós.

Daniela apesar de tudo o que tinha acontecido, estava bem ela disse que mesmo nos momentos em que teve mais medo, sabia que tudo ia ficar bem, recordo-me tanto dessa conversa.

Flash Back On

Diogo - Filha tu não precisas de esconder, podes falar com o papa como te sentes é normal teres tido medo estavas sozinha.

Daniela- E tive papa, tive muito medo, ele era assustador, mas eu nunca estive sozinha.

Diogo- Como assim?

Daniela- O meu mano esteve sempre comigo, ele protegeu me, foi ele que nos ajudou papa.

Mano, como assim, será que ela imaginava alguma coisa.

Diogo- Mas tu não tens irmão amor.

Daniela- Mas vou ter ele prometeu me e pediu me para ser uma boa irmã mais velha.

Flash Back Off

Na altura tudo me parecia tão irreal, no entanto agora estávamos todos a aguardar que o André voltasse, não só para casa como com um filho.

Eu entendi logo de quem seria a criança, e sei que a mesma não tem culpa da mãe que tem, não sei nem o que pensar, neste momento quero apenas o ver e o abraçar, falarmos com calma.

Todos estavam ansiosos para o ver, o Francisco e o Eduardo trouxeram logo várias coisas para o bebé dizendo que era necessário, eu quero que fiquemos bem, mas não sei como um novo filho dele pode ajudar nisso.

Daniela apertava a minha mão ansiosa ela só falava no tal irmão, eu não a quero desiludir, não quero desiludir ninguém.

Assim que ele abre a porta, iam gritar surpresa, mas ele fez sinal para não fazerem barulho.

Os meus olhos enchem se de lágrimas, não sabia explicar se era por o ver a ele, se era por aquele pequeno ser nos seus braços, se seria por tudo isso.

O olhar dele se cruzou com o meu e assim como eu ele tinha os olhos cheios de lágrimas.

Fernanda pediu licença e pegou o menino levando ele para o quarto sendo acompanhada de Daniela.