Capitulo 2

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JOSH BEAUCHAMP

Todos nós entramos no pátio principal atrás da diretora, que caminhava em passos até rápidos para a idade dela, eu já estava com o violão nas costas de Lamar, juntamente com os meninos que haviam deixado os presentes num canto do local já com o nome das meninas, devido a uma lista que a diretora havia enviado para um dos meninos por E-mail durante o café da manhã.

Havia pelo menos 20 meninas ali comendo e conversando, dona Clara pegou uma panela e uma colher , virou para nós e nos encarou com um pequeno sorriso sem graça.

-Sugiro que cubram os ouvidos agora mesmo meninos - Disse a senhora segurando as coisas na altura do peito.

Rapidamente todos nós fizemos o que ela pediu exceto Lamar que a encarou franzindo a testa.

-Por quê temos que fazer isso? - Ele perguntou e eu o encarei arregalando os olhos imediatamente tapando meus ouvidos.

Dona Clara pareceu não prestar atenção, apenas ergueu a panela batendo a colher no alumínio com força fazendo Lamar chiar cobrindo os ouvidos e o falatório das garotas acabar e olharem em nossa direção.

-Entendi e anotei para a próxima! - Reclamou Lamar fazendo careta.

-Meninas, prestem atenção um momento, por favor! Hoje temos visitas especiais dos meninos, terminem rápido o café e sigam para o pátio principal, por favor - Pediu a diretora largando a panela e encarando Lamar - Eu avisei para cobrir os ouvidos Morris, agora me sigam para o pátio principal, por favor.

Tudo bem era errado dar risada de um cara que era praticamente meu irmão, mas todos começaram a rir e seguimos por outro corredor...

Quando ouvimos vozes.

-Estão ouvindo isso também ou sou só eu? - Perguntou Noah franzindo a testa encarando a lacuna do corredor - Isso são gritos?

-Está vindo de um quarto reservado que temos aqui - Respondeu Clara apontando para o pequeno lance de 5 degraus.

-Porque mantem alguém num quarto separado? Dona Clara o que está acontecendo?-questionei andando na direção das escadas ouvindo os gritos se intensificarem e de alguma forma isso estava me machucando de um jeito estranho.

Simplesmente ignorei o falatório dos meninos e Dona Clara em minhas costas e rapidamente segui para a direção do som.

Eu sabia que deveria ser delicado -ou pelo menos tentar fazer isso- mas empurrei a porta com força e a cena a minha frente me causou um misto de sensações

Eu estava com pena da pequena menina jogada no chão tentando se proteger, sinto o ódio das garotas que estavam sobre ela lhe agredindo e puxando seu cabelo.

Meu coração se partiu com o som do choro dela.

-QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO? - Gritei dando um soco na porta para chamar a atenção daquelas aberrações nojentas.

Funcionou.

As garotas rapidamente se colocaram de pé num pulo assustado me encarando, e, por mais que tivesse com muita vontade de joga-las contra a parede simplesmente as empurrei não me importando em ser rude ou por uma dela ter reclamado por bater a cabeça no pé da cama, agachei e a menina se encolheu tentando se afastar do meu toque.

Meu Deus, o que fizeram com ela?

-Naum, por favor moço, naum faz dodói em mim, a Ny plomete que se compota e naum chola maizi, por favor... - disse a menina começando a chorar mais que antes.

Que? Qual é, era óbvio que eu não a machucaria!

Ela por si só já havia me encantado com toda aquela fragilidade e ao mesmo tempo uma espécie de brilho que eu não sabia explicar de onde vinha, mas seus cabelos cacheados, pele morena, olhos escuros e seu jeito de falar mesmo sendo estranho a primeiro momento só aqueceu o meu coração como fogo se alastrando e ganhando espaço e formas colossais.

Então, numa atitude que pegou até eu mesmo de surpresa rapidamente tirei meu blazer do terno preto jogando sobre ela já que as roupas dela haviam sido praticamente destruídas pelas garotas que agora eram tiradas do quarto pelos meninos em nossas costas, mas ignorei o que acontecia a minha volta porque não era importante.

Aos pouquinhos ajoelhei na frente da menina e mesmo ela se encolhendo ainda mais para tentar se afastar do meu toque, me inclinei devagar, e cuidadosamente, a peguei no colo, ouvindo um gemido de dor em resposta.

Que merda aquelas coisas desprezíveis haviam feito com ela porra?

-Olha pra mim pequena, por favor. Meu nome é Josh, Josh Beauchamp, e eu juro que não vou te machucar então não precisa ter medo, mas preciso saber onde está doendo, tudo bem? - Falei tirando o cabelo dela do rosto apoiando a cabeça dela entre a curva do meu pescoço e o ombro - Por favor, fala.

-Minha cabecinha tá dodoizinha moço e minha baliguinha também - Gemeu a menina em meus braços - Por favoi não bliga com eu.

-Não, nunca faria isso pequena, está tudo bem agora, aguenta firme só mais um pouquinho e eu prometo que você vai ficar bem - Pedi com a voz doce e um pequeno sorriso.

Graças aos céus isso pareceu tranquiliza-la porque ela deu um pequeno sorriso tímido.

-Joshua, nós temos uma enfermaria no andar de....- Começou Dona Clara em minhas costas, mas eu simplesmente levantei e a ignorei.

O que exatamente ela estava pensando?

-Bailey? - chamei já do lado de fora do cômodo.

-Estou aqui irmão, do que precisa? - Disse Bailey do meu lado já com uma mochila rosa na mão e eu franzi a testa o encarando - O que foi Josh? Eu te conheço idiota, já liguei para o nosso motorista e ele chega aqui em 10 minutos e avisei a conjunta medica do hospital e as meninas foram levadas para a Direção e as outras diretoras já estão cuidando do castigo delas.

Dona clara me encarou pedindo desculpas com o olhar e mesmo estando com muito ódio percebi que pelo menos para ela eu devia explicações.

-Dona Clara, eu vou levar a menina imediatamente para o meu hospital particular se não se importar - Falei num tom mais amigável possível - Eu quero muito estar errado, mas acho que machucaram a barriga dela e talvez a cabeça.

-O nome dela é Any Gabrielly Rolim Soares, e eu nunca a vi confiar em ninguém daqui, muito menos uma presença masculina desde que ela se sinta confortável, você pode leva-la, mas vai precisar dos documentos dela e tem algo que precisa saber a respeito da condição dela, tudo bem?- Perguntou Dona Clara com a expressão séria me entregando uma pasta rosa - Esses são os documentos dela, a recepção do hospital vai precisar disso.

Condição dela? Tudo bem agora além de confuso eu me sentia um pouco assustado também.

-Tudo bem Dona Clara, mas preciso que a senhora entre no carro com a gente e conversamos sobre o que quiser no hospital -falei ainda com a menina no colo que novamente gemeu em meu peito e reprimi um palavrão em protesto a isso - Shhh! Fica calma pequena, vai ficar tudo bem, eu estou com você agora.

Comecei a caminhar em direção a saída com a menina nos braços e os meninos a minha volta me encarando de um jeito estranho.

-O que foi agora? - Perguntei franzindo a testa.

Não houve resposta.

Eles eram malucos com certeza.

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1221 palavras

Bem assim akdjakakka

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Bem assim akdjakakka

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Me: 12 😗

Daddy? Yes, your Daddy! (ADAPTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora