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L I L I  R E I N H A R T

ㅡ Depois ele me deixou em casa e foi só isso. ㅡTerminei de contar tudo, não detalhadamente para o Casey. Estamos aproveitando que a lanchonete está vazia para conversamos um pouco.

ㅡ Não teve nem um beijinho sequer? ㅡPerguntou esperançoso.

ㅡ Não, Casey. Eu e Cole somos amigos. Apenas isso, para de ver coisa onde não tem.

ㅡ Pensei que nem amigos vocês eram. Isso é um bom passo. ㅡRevirei meus olhos, vendo o moreno entrar pela porta da lanchonete.
Ajeitei meus óculos e limpei minha garganta.

ㅡ Oi, Casey. ㅡEle cumprimentou meu amigo, que apenas sorriu. ㅡ Como você está, Lili?

ㅡ Bem... e você? ㅡIndaguei timidamente, passando minha mão por meu pescoço.

ㅡ Maravilhosamente bem.

ㅡ O que vai querer?

ㅡ Você... ㅡSussurrou.

ㅡ Oi? ㅡPedi para que ele repetisse, não posso ter escutado corretamente.

ㅡ Você pode me trazer um hambúrguer com batatas fritas? ㅡSenti meu rosto esquentar, engoli em seco e anotei seu pedido.

ㅡ Eu levo para você daqui à pouco.

ㅡ Ok, vou ficar na mesa sete. ㅡE então ele saiu.
Balancei minha cabeça e fui preparar o pedido dele.
Pedi para que Casey entregasse, e depois de insistir muito, ele fez isso para mim.

ㅡ Por quê não quer olhar para ele?

ㅡ Nada, Casey. Eu só estava com preguiça de ir deixar o pedido na mesa dele. ㅡMenti, me apoiando no balcão e coçando meu queixo.

ㅡ Se eu não fosse seu melhor amigo, juraria que está falando a verdade. Mas tudo bem, não vou insistir.

ㅡ Eu e Margaret já chegamos, vocês já podem ir embora se quiserem. ㅡIza entrou falando na cozinha. Ela e Margaret ficam no turno da noite.

ㅡ Vamos trocar de roupa. ㅡCasey avisou.
...

ㅡ Não vai comigo? ㅡPerguntei curiosa.

ㅡ Não. Jordan vem me buscar.

ㅡ Que legal! Ok, então nos vemos amanhã. ㅡO dei um breve abraço e comecei a caminhar.
Quando dobrei a esquina, quase infartei ao ver uma moto parar do meu lado. Já estava quase entregando minha mochila, até que Cole tirou o capacete, sorrindo como se não tivesse me assustado agora.

ㅡ Juro por Deus que minha alma saiu do corpo. ㅡFalei estática, o fazendo rir alto.

ㅡ Desculpa, não era minha intenção.

ㅡ Tudo bem. De quem é essa moto?

ㅡ Essa belezinha aqui é do meu pai, gosto de usar ela de vez em quando. Já andou de moto? ㅡNeguei. ㅡ Sério?

ㅡ Sim, existem muitas coisas que eu não fiz ainda, Sprouse.

ㅡ Vem cá, deixa eu colocar o capacete em você. Vamos dar uma volta.

ㅡ Hm... não sei não...

ㅡ Vai mesmo me deixar na mão? ㅡFez uma cara que seria impossível de negar qualquer pedido que ele fizesse.

ㅡ Ok. Eu vou. ㅡSuspirei derrotada e me aproximei, tirei meus óculos e Cole colocou o capacete em mim.
Sentei na garupa e abracei a cintura dele.
Ele acelerou e então saímos pelas ruas de Nova York.
Sorri ao sentir o vento no meu rosto, foi como na praia.
É a mesma sensação de liberdade. Impressionante.

Passamos por lugares que nunca tinha visto antes, mesmo morando aqui desde que nasci, conheço poucos pontos turísticos.

Senti o perfume de Cole e meu coração disparou, é tão bom. Me lembra um dia chuvoso, deitada em uma cama macia, abraçada com ele e olhando a lua pela janela.
Um pensamento estúpido, mas inevitável.

Ele parou na frente de um barzinho elegante.
Desci da moto e depois de fazer o mesmo, Cole tirou meu capacete.

ㅡ Aceita um chocolate quente, madame? ㅡPerguntou sorridente.

ㅡ Eu adoraria. ㅡEle estendeu seu braço em minha direção, entrelacei o meu com o dele e entramos no estabelecimento.
O moreno fez o pedido, insistiu para pagar e eu cedi. Isso pouco me importa.
Saímos ainda de braços cruzados e nos apoiamos no parapeito de uma ponte próxima dali.

ㅡ O que achou de hoje? ㅡSprouse indagou.

ㅡ Eu realmente gostei. Um dos melhores dias da minha vida. ㅡRespondi sincera.

ㅡ Me sinto lisonjeado.

ㅡ Isso é muito bom. ㅡMostrei minha bebida.

ㅡ Eu sei, por isso te trouxe aqui. Tá tudo realmente bem com você?

ㅡ Sim, por que está perguntando isso?

ㅡ Só quero que saiba que pode confiar em mim, a partir de agora pode me contar tudo que te chatear. ㅡRespirei fundo.

ㅡ Você tem contato com sua mãe?

ㅡ Minha mãe morreu durante meu parto. ㅡOlhei para ele, que continuou a encarar seu copo.

ㅡ Eu sinto muito. Eu só queria saber como se sentia. Mas você é como eu.

ㅡ Sua mãe também morreu?

ㅡ Não sei... Julie Reinhart... é uma viciada, me abandonou quando eu tinha apenas três anos.

ㅡ Deve ter sido realmente difícil se acostumar com isso. E o seu pai?

ㅡ Ele vive para tentar entende-la. Tenho medo que ele acabe consigo mesmo por causa disso.

ㅡ Talvez ele só esteja tentando achar uma razão. Sabe, é foda aceitar a realidade.

ㅡ Mas e você? Não vive sozinho, certo? A moto é do seu pai.

ㅡ Sim... nossa  relação e um pouco difícil, eu o amo muito, mas ele me pressiona pra caralho, quer que eu seja como ele, e isso está fora dos meus planos.

ㅡ Mostra pra ele quem você é de verdade, Cole. Essa decisão é sua, e ele não pode interferir. O futuro é seu, deve fazer algo que ama, e não viver uma vida amargurada apenas para agradar seu pai. Nunca será um homem bem sucedido e feliz se fizer isso.

ㅡ Você tem razão. Nunca tive coragem de confrontá-lo antes.

ㅡ O que você deseja fazer, afinal?

ㅡ Você vai ficar surpresa. ㅡEle deu uma pequena pausa. ㅡ Eu gosto de pintar.

ㅡ Sério? Que legal! Imagina só uma galeria só sua. Com vários quadros lindos e conhecidos. ㅡNós rimos juntos. ㅡ Eu quero ser a primeira a conhecer a galeria.

ㅡ Será você, afinal é a primeira que sabe disso. ㅡSorri, sentindo meu estômago borbulhar.
São as famosas borboletas.
Cole me deixa assim.

...

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