❝ 𝕮𝔥𝔞𝔭𝔱𝔢𝔯 𝕾𝔢𝔳𝔢𝔫𝔱𝔢𝔢𝔫 ❞

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Atônita e assustada com tudo aquilo que estava na sua frente. Erwin estava todo sujo de sangue na boca, nas mãos, nas suas roupas, o animal parecia quase ser sido dilarecado por ele, não, ele realmente estava dilacerado, uma cena grosesta que não sairia de sua mente tão cedo.

O homem ficou um pouco surpreso de todas as pessoas que poderiam encontrá-lo naquele estado justamente fora a última pessoa que ele não queria que visse aquilo.

- [nome]... - ele silabou um pouco atordoado com a expressão de horror que estava estampada em seu rosto - eu.. eu posso te explicar... - ele se levantou tentando tocá-la mas fora rejeitado rapidamente o deixando bastante surpreso com aquilo

- Como assim... explicar isso?... - ela resmungou num tom raivoso - Você 'tá coberto de sangue de um bicho morto e ferrado no meio do jardim e você quer que eu entenda isso da forma mais natural possivel? - ela levantou dois oitavos da voz - Você é um maníaco ou algo pior? Hein, me responda Erwin! Responde! - e vociferou a última palavra o fazendo se arrepiar, era a primeira vez que havia visto raiva genuína em si

- Vampiro... - ele comentou tentando manter a calma - Eu sou um vampiro [nome].

Ela arregalou ainda mais os olhos com aquilo, ele havia enlouquecido era isso o que queria dizer, queria bater nele o expulsá-lo, chamar a polícia, mas ela apenas conseguiu rir, não uma risada de piada infame mas uma risada dolorosa de negação, uma risada da qual poderia sentir as lágrimas escorrerem sem parar pelo seu rosto.

- Isso só pode estar sendo um pesadelo e eu ainda não acordei. - ela ofegou o vendo tentar limpar os resquicios sanguíneos com a água da fonte - Então todas as vezes que a gente saía pra jantar ou tomar café...

- Eu vomitava tudo. - erwin admitiu cansado encarando seu reflexo manchado na água cristalina - Odiava o gosto da comida humana, mas com o tempo aprendi a disfarçar minhas emoções e reações, aprendi a ser uma casca de ser humano.

- Como você fez comigo também? - ela rosnou se aproximando e o virou bruscamente - Admita que estava me usando pra ser o seu prato principal mais tarde, anda seu maldito admite isso! Eu não sou nada além de comida pra você! - ela vociferou chutando e batendo em seu peito se negando a chorar naquele instante o deixando ainda mais irritado

- Isso nunca ocorreu na minha cabeça! Entenda de uma vez isso! - ele gritou com ela pela primeira vez a deixando um pouco assustada, segurando firmemente seus braços como se fosse uma crianca pequena que estava apenas fazendo birra - Tudo o que eu fiz foi pro seu bem, pra que voce pudesse se lembrar da sua vida passada comigo Silena! - e rosnou o nome alto demais a vendo ficar com uma expressão neutra no rosto de repente

- Entendi... - ela resmungou de forma fria - Ficou perto de mim porque se lembra da esposa morta. - sorriu sarcástica o vendo arregalar os olhos - Se "apaixonou" por mim porque eu lembro a esposa morta... - e riu mais ainda sentindo seu coração esmiuçar lentamente com aquele nome - Disse que passaria o resto da vida comigo só porque eu lembro a porra da sua esposa morta! - ela gritou a última parte do mantra já irada e desiludida com tudo

- É foi por isso mesmo! É isso que quer que eu admita? Sim! Eu fiquei com você por causa da minha esposa morta! - Erwin rosnou limpando o rosto nervosamente, já estava cansado de fingir - Eu iria te fazer uma de nós assim que você recobrasse da sua memória e então teria uma vida mais significativa que essa merdinha de vida de humana! - e então seu rosto foi esbofeteado pela mão dela, e então outro tapa do outro lado do rosto

- Você é um egoísta de merda mesmo! Acha mesmo que eu trocaria a vida que eu tenho pra ficar a eternidade ao seu lado? - ela gritou com toda a fúria dentro de si - Nunca, eu prefiro deixar de existir a viver com você desse jeito! - uma lágrima caiu do seu lado do rosto - Você disse que queria amar mais intensamente comigo, mas agora entendo que você não pode fazer isso porque você tem um outro amor ai dentro do seu coração... e essa pessoa não sou eu. - ela terminou sentindo tudo o que construíram juntos, as memórias, os momentos planejados para o futuro sendo desmoronados como um castelo de areia contra a maré da praia, ajeitando sua postura ela se virou para dentro de casa - Espero que não me procure mais Erwin, porque eu não quero ser fadada a ser um tampa buraco de ninguém... - sentenciou arrancando o anel que tanto reluzia e largou sobre a mesa, indo para o quarto antigo fazer suas malas

Erwin apenas ficou ali parado, de joelhos, encarando suas mãos ainda com resquícios de sangue já seco e marcas de animais sobre os pulsos sentindo a vista embaçar pouco a pouco com as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos agora sem brilho algum sobre as iris celestes dele, [nome] terminou de organizar tudo em suas malas e arrancou o colar de esmeralda que ele havia lhe dado mais cedo

- Não quero carregar esse peso novamente... - resmungou consigo mesma se referindo ao presente que segundo ele, ela havia lhe dado em outra vida.

Caminhando para fora da casa com as malas ao seu enlaço ela ligou rapidamente para Mikasa aonde apenas pediu para buscá-la rápido e esperou firme sem virar um segundo sequer.

O homem se levantou com uma dor imensa em seu peito, e caminhou a passos pesados para fora da casa aonde ela estava entrando no carro e mal deu tempo que ele a chamasse de volta mas não conseguiu, ele apenas viu as duas saírem rapidamente dali o deixando sozinho em sua 'casa' agora mais vazia do que nunca.

No carro de Mikasa ela finalmente se permitiu chorar no banco de trás, Mikasa tampouco disse alguma coisa pois sabia que no momento certo ela lhe confiaria os segredos, [nome] chorou como nunca havia chorado apenas na morte de sua mãe, e agora na morte do seu primeiro e único amor.

Já na casa escura, Erwin pegou o anel sobre a mesa soluçando alto por deixar sua amada partir novamente mas de uma forma ainda mais dolorosa que da primeira vez, pulando para o teto da casa ele apertou o anel envolto em sua palma sobre o peito, temendo que isso apenas fosse um grande pesadelo novamente mas abrindo os olhos e percebendo que aquela era a dolorosa realidade e que ele não podia mudar mais nada, havia a perdido, suas lagrimas, seu amor, seus amigos, ele havia perdido tudo novamente, compreendo que aquele era seu fatídico destino.

Viver sozinho por toda a eternidade

















Notas




Opa, alguém pediu um capítulo cheio de depressão e casal sofrendo? Não, então errei o pedido kkkkk

Mas calma que a mãe concerta as coisas matei vocês de tanta raiva que vocês se acostumaram

Ah e tem mais 3 caps pra terminar a história ? beijo fui

𝐀𝐍𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐋𝐎𝐕𝐄 , erwin smith.Onde histórias criam vida. Descubra agora