2 - TORMENTA

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Draco P.O.V 

ANTES, NO CÉU.

Minha função aqui é manter a ordem, proteger os portões do céu, e verificar as almas antes que elas passem aos portões. Eu tenho essas funções por meu pai confiar mim suficientemente, mas minha função assim que fui criado, o qual Deus me colocou numa posição de querubim da guarda, um cargo de destaque em relação às demais criaturas celestes.

Deus ao expulsar, o que dizem: "seu filho preferido". Lúcifer, que aos olhos do pai era perfeito, sábio, belo e formoso, de vívido resplendor e reluzente. 

Ele me criou, talvez por sentir falta do filho querido, ele me fez. Me colocou pra ocupar o lugar dele, sei que se não fosse por isso eu não existiria, e não tenho nada para cometer blasfêmia contra meu pai. Sou grato, e um servo fiel. 

Dizem que todos anjos são iguais, o que não é verdade, no meu caso seria por eu ser a cópia de Lúcifer, como seu irmão gêmeo não idêntico. Tenho asas de ave, como uma pomba branca que simboliza a paz das mais belas plumagens, um halo bem brilhante e dourado acima da cabeça, que combina com meus olhos âmbar, eu diria uma beleza delicada, emanando um forte brilho. 

Não é porque eu sou um anjo que eu sou o braço direito de Deus, muito menos por ser filho, o anjo que digamos ser seu braço direito é Uriel o filho que se mantem ao lado de deus em cada situação. Um trabalho difícil na minha opinião, ser o porta-voz de Deus, e dono das decisões junto dele.

Eu não tenho interação nenhuma com humanos, apenas com suas almas quando vem pro céu ao darem seu último suspiro e perderem seu fôlego de vida. Poderia dizer ser uma função cansativa se eu tivesse as mesmas necessidades de um humano, eu não como, não bebo e nada mais, seja lá o que for o que os humanos fazem. 

- Mas, Jesus, as vezes me sinto exausto! 

- Chamou? _ falando no filho de Deus, ele aparece.

- Jesus apaga a luz! Que susto! 

- Mas aqui não tem energia e nem apagadores.

- Não é isso, eu só me assustei, esqueci que não posso mencionar seu nome em vão senão você aparece. _ antes que eu terminasse de falar, ele some. 

Aparentemente poucas almas andam subindo, não sobem como antes, não existem tantos fieis como antigamente. Eu ouvi uma conversa de Uriel e Gabriel uma vez, dizendo que não são os fieis a Deus que estão se afastando e sim as próprias igrejas com ideias controvérsias e hipócritas sobre amar ao próximo dentro da igreja, mas quando estão lá fora o apedrejam como antigamente se apedrejavam os condenados a crimes. Não sei bem o que eles queriam dizer com isso, mas me parece algo sério.

- Draco! _ a voz angelical de Gabriel me chama.

Noto suas vestes azuis como o céu, ele vem até mim rápido como um raio, sua velocidade só era vista por deus, seus cabelos médios e escuros voam angelicalmente, ele segura sua trombeta, percebo que ele veio como o mensageiro de Deus e não como meu irmão.

- Sim, anjo Gabriel! _ faço prontidão em respeito. 

- O pai quer ver você! _ seu semblante angelical muda, para um olhar de profunda escuridão e desprezo. 

- Sabe do quê, se trata? Estou cumprindo minhas funções.

- Não poderei adiantar o assunto, é melhor ir rápido, eu cuido dos portões. 

Caminho até o trono celestial, onde a sala era de um branco que poderia cegar até mesmo divindades como nós. - Mandou me chamar, pai? _ Ajoelho perante seus pés. 

SKY - DRARRYWhere stories live. Discover now