Contra o Ego

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Essa foi uma das one-shot's que eu mais amei escrever nessa vida, de verdade. Me inspirei na cena de Vingadores quando o ******* ******* luta contra *** *****.

Bem, vão entender sem spoiler ou ficar boiando, mas bora lá. 

Betagem por: @imthatbluesky (user do spirit)

Capa da mídia por: @maluzinha9021 (user do spirit)

Parceria com o KatsukiProject do Spirit. 

[...]

Sinopse: Bakugou é o melhor no que faz, com certeza. Havia seu próprio sadismo na forma como matava, mas escolher esse destino o trouxe amarguras imensuráveis que agora rasgavam seu peito dia após dia.

Ele se dispõe a voltar no tempo em uma experiência incerta, somente para matar o homem que o seduziu com as mordomias do submundo. Entre cálculos equivocados, a realidade com a qual Katsuki se depara não é nada do que poderia considerar natural ao seu olhar sedento por sangue.


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Mais uma noite se arrastava em meio a cidade enegrecida pela poluição. A perversidade que inundava àquelas ruas sujas e se espremia entre as vielas do bairro pobre se alastrava ainda mais conforme as horas se imbuíam pela madrugada.

Bakugou caminhava sem medo pelo asfalto rachado, lançando olhares demoníacos aos insanos que se prestavam a caminhar igualmente tranquilos pela região. Sempre fora conhecido por todo o lugar e sua fama deixava-o praticamente intocável. Não havia uma alma sequer capaz de bater de frente com o assassino mais renomado do submundo.

Seu destino era incerto desde que viu seu mundo desmoronar sem que pudesse impedir. A morte do seu melhor amigo era um fato que lhe atormentava a cada segundo que passava respirando e enchendo seus pulmões de ar. Tudo por consequência dos seus atos e da sua soberba. Nesta noite, em suma, sua incerteza já não era tão lânguida e seus objetivos mostravam-se claros como as águas cristalinas onde jogava os corpos após assassinatos.

Ele prosseguia furioso, tragando o cigarro que jazia entre seus dedos enquanto a outra mão permanecia dentro do bolso do longo sobretudo preto. Qualquer movimento suspeito o faria tirar a faca para um golpe certeiro, mas pelo visto dessa vez não haveria derramamento de sangue em meio a sua jornada.

Sua experiência já vinha de anos e ele se orgulhou destes feitos cruéis por todo esse tempo. Ele sabia o quanto podia ser perigoso estar nesse contexto e não se incomodava com o risco iminente da morte lhe observando no aguardo do primeiro deslize. Bakugou estava bem como assassino e se via bem sucedido pela primeira vez em sua vida. Infelizmente, ele se viu igualmente miserável quando seus inimigos souberam usar a astúcia para lhe tirar algo que valia mais do que sua própria vida.

O loiro joga fora o cigarro que já não passava de um filtro queimado e entra no estabelecimento suspeito na esquina da rua principal. O dono daquele hotel – que, na verdade, nunca passou de um covil para os mercenários e suas tramas envolventes – estava apoiado sobre o balcão folheando as páginas de um jornal que tinha uma manchete sangrenta na primeira página: a chacina que Bakugou havia feito ao descobrir a recente morte de seu melhor amigo.

O homem de cabelos ruivos e olhos azuis incandescentes apenas encara o mais novo visitante por alguns segundos antes de dar de ombros, ignorando profusamente as orbes escarlate que faíscam em sua direção por poucos segundos. O homem sabe o que ele é e o que está fazendo ali, mas o que diz respeito aos frequentadores do local não é da sua conta e ele preferia que continuasse assim.

Bakugou sobe as escadas para chegar de uma vez no último andar, caminhando com passos largos e pesados fazendo o piso velho de madeira ranger sob seus pés. As paredes com respingos de sangue seco já estão com a tinta descolando do concreto. Tudo é muito mal cuidado, e isso não faz diferença alguma, no final das contas. Katsuki tem apenas um foco e o primeiro passo para ele está logo na última porta do longo corredor fedorento.

KiriBaku It's RealOnde histórias criam vida. Descubra agora