KiriBaku It's Real

Treino Intensivo - Parte 2

Não, ainda não é o hot. 

Gosto de bateria, queria imaginar o Bakugou tocando bateria.

Sou leiga e não sei tocar bateria, então se eu errar algo me julguem kkkkkkk

É isto. 

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Alguns dias já haviam se passado desde que Bakugou havia dito aquela frase para Eijirou, mas surpreendentemente – vulgo "meu deus, como pode ser tão lerdo" – o ruivo não tinha entendido muito bem a conotação daquele pedido.

Desejar o amigo? Com certeza ele o deseja, almeja que um dia essa amizade seja algo mais. A ingenuidade o faz nem ao menos perceber os olhares sugestivos de Bakugou, este que deixa o tempo dizer se Kirishima deixará de ser burro ou não.

Aquela playlist de treino estava sendo escutada pelo ruivo não somente dentro da academia, ele procurava compreender o que a eletrônica poderia significar para que Bakugou o dissesse uma coisa daquelas. Socar outra coisa ao som disso? Ele continuava perplexo enquanto nós, fujoshis e fudanshis, batemos com a mão na cara pela frustração em acompanhar tal situação.

Agora o grupo se encontrava reunido na sala de música onde havia diversos instrumentos usados para a apresentação do primeiro ano. Eles não tinham muito o que fazer naquela semana, as aulas tinham sido suspensas por um tempo enquanto os docentes se preparavam para missões externas e a ociosidade trouxe à tona a ideia de irem até os instrumentos para passar o tempo.

Eijirou não tinha muito dom para música, mas apreciava estar junto com os amigos e quando viu a bateria ali inutilizada por um bom tempo, lembrou-se que Bakugou sabia tocar muito bem – mal imagina que não é somente bateria que o loiro sabe tocar com maestria. Apesar de não saber fazer música, Kirishima gostava de rock e sabia que seria legal ver tal coisa acontecendo.

- Ei Baku, toca pra mim? – O ruivo pergunta com inocência, apontando para o instrumento no fundo da sala. Mina, Sero e Kaminari estavam vendo o objeto a qual ele se referia, por isso não viram tanta maldade. Já Katsuki, engasga com a própria saliva ao pensar que o amigo finalmente tinha caído por terra com sua proposta, ainda que estivesse propondo algo obsceno em um momento inusitado.

- Ta doido, porra? Como diabos eu vou... – Bakugou começa a falar se virando para ele com as bochechas em chamas, mas logo ele percebe sua própria confusão. Sua expressão incrédula se torna uma irritada e ele suspira balançando a cabeça em negação. Não, Kirishima ainda não entendeu que ele queria dar. – Tsc. Que seja... – Ele fala caminhando até o instrumento e se senta no banquinho depois de pegar as baquetas que estavam em um balde próximo.

- O que vai ser dessa vez? Podia ser System, né? – Sero comenta sentando-se encostado na parede atrás da bateria enquanto Mina e Kaminari se sentam próximos a ele de pernas cruzadas, ficando na lateral do instrumento. Bakugou resmunga um pouco cogitando a sugestão, mas conecta o celular nos alto falantes para que possa escutar a música nos fones e ao mesmo tempo fazer com que ela soe para os outros presentes.

Eijirou se senta em uma cadeira, colocando o encosto para frente e sentando-se de pernas abertas sobre a mesma, deixando seus braços cruzados em cima do apoio para colocar o queixo sobre o antebraço. O loiro acaba por escolher uma música que ele prefere de outra banda, sua expressão sempre contraída pela raiva está taciturna e ele respira profundamente afastando o celular para deixa-lo em cima da caixa de som antes de dar início a melodia.