Primeiro encontro

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Carrie não está tentando me impressionar

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Carrie não está tentando me impressionar. Isso ficou bem claro quando ela abriu a porta e eu dei de cara com a sua figura habitual de calça jeans e jaqueta. Isso é bom. A maioria das garotas com quem eu saio, senão todas, estão tentando sempre me impressionar. E quando a gente se esforça demais, acabamos esquecendo do mais importante: sermos nós mesmos. Eu, sinceramente, não quero sair com uma garota que é feita de aparências. Quero conhecer todas as suas qualidades, assim como seus defeitos. Ser perfeito quase nunca é sinal de coisa boa. 

A ruiva é uma mulher durona. Eu sei que o jogo está contra mim aqui, quando obviamente sou eu quem está tentando impressionar. Nada fere mais o ego de um cara do que uma mulher que o vê como o bife de carne menos atraente do rodízio. Comparação horrorosa, eu sei, mas eu sei que Carrie seria capaz de virar vegetariana só para não ter o desprazer de me dar uma mordida — outra comparação horrorosa. 

Eu só quero provar que sou um cara legal. Isso soa presunçoso, mas não é isso que estou tentando ser. Mas sei que preciso causar uma boa primeira impressão nesse encontro de hoje, visto que Carrie claramente não se impressiona fácil. Eu tenho um grande desafio pela frente e apenas três encontros que precisam ser extremamente produtivos. 

Espero que o que eu planejei para essa noite agrade essa mulher ranzinza. 

Minha moto está nos esperando no estacionamento. 

— Isso é mesmo sério? — Carrie resmunga, parada ao lado da Royal Enfield. — Vamos congelar em cima dessa moto. 
Paro por um momento. É, de fato, ela tem razão. Talvez eu devesse ter pegado o carro de Jace emprestado. 

— Relaxa, ruiva — abro um sorriso. — Você pode me abraçar durante a viagem. Eu esquento você. 

Ela me lança um olhar ácido. 

— Você está adorando tudo isso, né? 

Bom, não posso negar. 

— Apenas estou dando uma solução óbvia — passo uma perna sobre a Royal e giro a chave na ignição. — Sobe aí, ruiva. 

Ela bufa, bate o pé no chão em um gesto birrento e solta um grunhido rápido antes de montar atrás de mim — sem malícia, por favor, porque nesse caso eu prefiro estar atrás dela, não o contrário. 

Ficamos parados no mesmo lugar por um tempo. 

— Que merda você tá esperando? — questiona ela, irritada. 

— Estou esperando você se segurar — respondo. — Eu não mordo, viu? — Lanço um sorriso por cima do ombro. — Bom, a menos que você queira, aí podemos conversar a respeito. 

Os olhos dela acendem como chamas no inferno, um breve aviso para o perigo iminente. 

— Você vai ter que nascer de novo pra eu deixar você encostar essa boca em mim, seu idiota — e, ranzinza, ela passa os braços ao redor do meu corpo. 

A aposta • COMPLETO Where stories live. Discover now