capítulo XIV

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Já havia algum tempo que estava esperando o namorado, mesmo sabendo que tinha chegado cedo demais, por culpa da sua ansiedade. Não conseguia parar de ficar olhando a cada minuto para vê se reconhecia um rosto por ali.

- Relaxe Hinata. Ele não vai fugir. - A rosada tranquilizou, vendo a inquietação da amiga.

- Fala isso porque o seu já está aqui - respondeu emburrada.

- E se acabando de comer - Sakura e Naruto estavam "se conhecendo" nada muito sério. E o loiro havia chegado cedo e já estava comprando comida para o grupo em uma vendinha próxima a elas.

- Veja Hinata. - Apontou para o lado oposto da amiga, com a cabeça. - Não é o sasuke?

- Onde? - Virou-se ao local indicado, enquanto observava um uma silhueta familiar de aproximar.

- Desculpe pelo atraso. - Se desculpou enquanto beijava a testa da namorada. - Tive alguns imprevistos. - O sinal foi claro. Ele explicaria para Hinata mais tarde.

- Tudo bem - Segurou a mão dele - tem um templo que quero ir, desejar boa sorte para a nossa exposição

- Ah, é mesmo! - Sakura anima-se e puxa Naruto pela camisa para junto do grupo - Eu tenho que ir pelas provas finais também! Todo ano faço

- você é inteligente, por que para para provas? - o "namorado" da rosada pergunta com a boca cheia.

- fé e inteligência são patamares diferentes e minha mãe acredita muito nisso! Então, eu também. - Explicou simplista.

- Vamos, vocês dois! - Hinata chama alto indo na frente com namorado - Também quero orar para que sua mãe continue saudável - Ela conta baixo sendo sincera

Ele sorri fraco, mesmo não sabendo tudo sobre o que ele passava, a mesma sempre o ajudava indiretamente a se sentir bem, ele a amava cada vez mais, como alguém poderia o fazer tão bem?

- Não acredito muito em orações. - Comentou o Uchiha. Enquanto acompanhava a Hyuga até o grande templo.

- Mas deveria. Minha família sempre foi muito religiosa, principalmente a minha mãe. - Pausou. - Ela contava que quando era menina, desejava que Kami a desse um marido bom e bonito.

- Tem certeza que ela não se confundiu? - Brincou sendo fuzilado pelo olhar da mais nova

- Sasuke! Não diga isso . - Reclamou Hinata

- Perdão, perdão - Ele olhava envolta enquanto os outros três acendiam uma vela.

Hinata fechou os olhos depois de acender a vela e segurou a mão do Sasuke, ela sussurrava algo baixo e tomou a atenção do seu namorado, estava concentrada apenas no que pedia, o mundo parecia sumir em sua volta.
Pensou no que pedir. Não havia nada nada em especial que desejasse, ou que já não tivesse. Na verdade nem acreditava muito naquilo pra começo de conversa. Porém ao notar o olhar curioso e esperançoso de Hyuga em si, ele não pode resistir.
Acendeu uma das velas e fechou os olhos, ciente que a namorada o observava.
Pela primeira vez na vida, desejou algo. A saúde de sua mãe, e que pudesse ficar pra sempre com Hinata.

- Bem, daqui a alguns minutos vai ter a queima de fogos. - Quando terminou, puxou a Hyuga pelo braço indo na frente do outro casal

- Não vamos esperar eles? - Resmungau meio envergonhada.

- E não poder te beijar toda hora? Estamos fugindo deles! - Sasuke brinca enquanto eles passavam correndo entre as pessoas que já caminhavam procurando um local para observar a queima.

- Aqui parece ser um bom lugar. - Comentou a mais nova, quando eles pararam em um canto afastado de todos, mas que tinha uma visão perfeita.

- Sabia que a lua me lembra você? - Disse enquanto observava a figura da lua cheia. - É brilhante, irradia luz por onde passa, e é mais bela quando observada de perto.

Ela sente seu coração saltar, como ele podia ser tão bobo?

- Não me fale algo tão fofo! Eu não saberei como responder! - Escondeu o rosto com as próprias mãos.

- Esse é o intuito, adoro sua expressão de "caidinha por mim" - Ele inclinou e a beijou, enquanto sentiam os lábios de um ao outro, as primeiras fagulhas brilharam no céu os fazendo inclinar a cabeça para observar.

Hinata se fascinava pelas cores radiantes no céu e Sasuke se fascinava com os olhos de sua amada refletindo tudo.
E quando um festival de corra invadiu o céu escuro, eles souberam que não tinha nada que poderia faze-los mais feliz, que a companhia um dos outro.
Não eram perfeitos, mas compensavam isso sendo o conforto um do outro.

A beijou de baixo da bela vista, com a certeza de que finalmente era amado e amava pela mesma proporção. De que faria aquilo durar por muito tempo.

Porquê o amor não se nasce em carros Donde viven las historias. Descúbrelo ahora