Medo
Desespero
Apreensão
Beatriz Gasly se sente dessa forma ao ter que sair do Brasil às pressas. Ela tem um passado perturbador que a persegue constantemente, fazendo com que ela se sinta coagida. Beatriz nunca saiu da sua zona de conforto, e ao se...
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Estou morrendo para deixar você saber
Como estou progredindo
Eu não chorei quando você foi embora de primeira
The Neighbourhood - Daddy Issues
— Mais um desses CEO'S cheios da grana. — Lindsay diz divertida e me encara, logo desfazendo a sua expressão de felicidade. — O que foi, Bea? Está sentindo algo? — Pergunta preocupada e se aproxima, colocando a mão sobre a minha.
— Dor de cabeça, muita dor de cabeça. — Resmungo fazendo uma carranca por conta dos barulhos de buzinas. Lindsay apoia a minha cabeça em seu ombro e acaricia os meus fios curtos, levando-me para sentar no banco que tem em frente à avenida.
— Não tem como sair daqui agora, o carro está travado e não há nem possibilidade de manobrar ele em meio a esse tanto de veículo. — Lindsay reclama tomando um pouco do seu sorvete e assinto, passando a mão sobre a minha testa. — Heitor vem para essa consulta? — Questiona brincando com os meus fios de cabelo e levanto o meu olhar em sua direção, observando os seus olhos escuros.
— Sim, ele chega amanhã, provavelmente. — Respondo abrindo um pequeno sorriso. Sinto saudade dele, mesmo sabendo que devo espantar esse sentimento que ainda cerca o meu coração.
Converso com Heitor pela maior parte do dia, até mesmo quando ele está todo compromissado. Ele vem demonstrando ser um ótimo pai, já que procura sempre saber sobre o meu bem-estar e do bebê.
Essa semana tenho consulta com o obstetra e ele diz que faz questão de vir para o primeiro ultrassom, o que me surpreendeu muito.
Minha ex-sogra avisou que Heitor jogou todas as garrafas de bebidas fora, desde as mais baratas até as mais caras. Ele começou a frequentar um grupo de apoio a alguns dias e pelo que ela me disse, ele veio demonstrando mudança, já que o mesmo não anda uma pilha como andava nos últimos meses.
— Ele está mostrando que mudou mesmo. — Lindsay diz parecendo feliz por ele e assinto com a cabeça, orgulhosa. — Heitor será um ótimo pai para esse bebezinho. — Conta contente e passo a mão em minha barriga, sentindo o meu peito se alegrar.
— Ele vai! Heitor irá voltar a ser o homem bom de sempre, tenho fé nisso. — Digo passando a mão em meu rosto e encaro a avenida, observando o trânsito voltando a fluir normalmente. — Acredito que agora conseguiremos voltar para casa sem passar horas no trânsito. — Aviso e ela assente, se levantando junto comigo.
Caminhamos em direção ao seu carro com passos tranquilos, ouvindo o caos que é a cidade de Nova Iorque. Lindsay para em frente à porta do passageiro e a abre para mim, direcionando-me um lindo sorriso em seguida. Sento-me no banco do passageiro e coloco o cinto, observando Lindsay se acomodar ao meu lado com um lindo sorriso.